Como a causa do autismo pode estar relacionada a ácidos graxos no cordão umbilical

Pesquisadores da Universidade de Fukui, no Japão, podem ter dado um grande passo para descobrir a causa do autismo. Um estudo realizado por cientistas revelou uma ligação entre ácidos graxos no sangue do cordão umbilical e o risco de desenvolvimento do transtorno do espectro autista (TEA). A pesquisa, que envolveu 200 crianças, pode abrir novas […]

Mar 3, 2025 - 14:18
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Como a causa do autismo pode estar relacionada a ácidos graxos no cordão umbilical

O estudo sugere que os níveis de diHETrE no sangue do cordão umbilical podem prever o risco de autismo, com implicações para intervenções futuras.

Pesquisadores da Universidade de Fukui, no Japão, podem ter dado um grande passo para descobrir a causa do autismo. Um estudo realizado por cientistas revelou uma ligação entre ácidos graxos no sangue do cordão umbilical e o risco de desenvolvimento do transtorno do espectro autista (TEA). A pesquisa, que envolveu 200 crianças, pode abrir novas possibilidades para a prevenção e diagnóstico precoce da condição.

Ácidos graxos e sua relação com o autismo

Os pesquisadores investigaram amostras de sangue do cordão umbilical e analisaram a presença de ácidos graxos poli-insaturados (AGPI), observando sua correlação com os sintomas do TEA. Durante as análises, uma substância específica, chamada diHETrE, se destacou como um possível indicador da gravidade do autismo.

Os resultados mostraram que níveis mais elevados desse composto estavam associados a dificuldades nas interações sociais das crianças. Por outro lado, os níveis mais baixos de diHETrE pareciam estar ligados a comportamentos repetitivos e restritivos, características comuns no TEA.

Estudo aponta diferenças de gênero e novas possibilidades para prevenção

O estudo também revelou que a correlação entre diHETrE e os sintomas do autismo foi mais pronunciada em meninas do que em meninos. Isso sugere que o impacto desse composto pode ser diferente dependendo do sexo da criança.

Além disso, os pesquisadores sugerem que a medição dos níveis de diHETrE no momento do nascimento pode se tornar uma ferramenta importante para prever o risco de uma criança desenvolver autismo. Para além do diagnóstico, os cientistas propõem que a modulação do metabolismo do diHETrE durante a gestação poderia ser uma estratégia para prevenir traços do transtorno. No entanto, destacaram a necessidade de mais estudos para confirmar essas hipóteses.