Caso Gabi Jacinto: o que a situação da ‘esposa troféu’ pode ensinar sobre união estável

Influenciadora, que ficou popular ao registrar uma vida sustentada pelo parceiro, engravidou e foi convencida a aceitar uma união estável com regime de separação total de bens. Gabi Jacinto e o parceiro Reprodução/Instagram A influenciadora digital Gabriella Jacinto, que ficou popular nas redes sociais ao compartilhar sua rotina como "esposa troféu", voltou a viralizar na última semana ao contar que seu parceiro, o empresário Rando Thiago, a convenceu a registrar uma união estável depois que ela engravidou. O detalhe que chamou a atenção foi que o parceiro da influenciadora optou por um regime de separação total de bens. Gabriella e Thiago vivem juntos há alguns anos, conforme ambos mostram nas redes sociais. Segundo ela, Thiago a "tirou da vida de CLT" e a transformou em uma "esposa troféu" — termo que descreve mulheres que não trabalham e são sustentadas pelo marido. Com a gravidez, a influenciadora afirma que seu marido — e uma outra pessoa, que ela não esclarece quem é — quiseram registrar o relacionamento. "Hoje eu vou falar com vocês uma coisa muito séria porque eu já influenciei vocês a quererem ser esposa troféu. Eu e meu marido tivemos que ir ao cartório, porque depois que eu fiquei grávida eles quiseram imediatamente fazer uma união estável", conta a influenciadora. Mas mesmo com o registro da união estável sob o regime de separação total de bens, Gabriella pode ter direito à divisão de patrimônio em caso de separação, conforme explica a advogada Miriane Ferreira. LEIA MAIS Éder Militão x Karoline Lima: como deve ser a pensão alimentícia de um pai milionário? Quebrar celular, negar dinheiro para coisas básicas, assinar documentos em nome de outro: saiba identificar os sinais da violência patrimonial Assédios, salários menores e crescimento profissional limitado: a rotina e os desafios das mulheres no mercado financeiro União estável pode ser reconhecida antes do registro formal Antes da assinatura de um documento que formaliza a união estável, um casal pode viver junto nesse tipo de relacionamento sem a oficialização no cartório, construindo patrimônio ou família juntos. Em caso de separação, um dos parceiros pode recorrer à Justiça para reconhecer a união estável e solicitar a divisão de bens. O regime padrão definido pela legislação brasileira é a comunhão parcial de bens. Esse regime determina que todo o patrimônio adquirido por qualquer uma das partes após o início do relacionamento deve ser dividido entre os dois. "Se há indícios de que o casal vivia como marido e mulher, apresentando-se socialmente como um casal e demonstrando intenção de constituir família, é possível ingressar com uma ação para o reconhecimento retroativo da união estável. Isso ocorre frequentemente quando uma das partes deseja reivindicar direitos patrimoniais", explica Miriane. Para reconhecer a relação e ter direito à divisão de bens no período, a advogada explica que é necessário ingressar com uma ação judicial de reconhecimento e dissolução de união estável cumulada com partilha de bens, fornecendo provas concretas da relação, como:

Mar 22, 2025 - 10:05
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Caso Gabi Jacinto: o que a situação da ‘esposa troféu’ pode ensinar sobre união estável

Influenciadora, que ficou popular ao registrar uma vida sustentada pelo parceiro, engravidou e foi convencida a aceitar uma união estável com regime de separação total de bens. Gabi Jacinto e o parceiro Reprodução/Instagram A influenciadora digital Gabriella Jacinto, que ficou popular nas redes sociais ao compartilhar sua rotina como "esposa troféu", voltou a viralizar na última semana ao contar que seu parceiro, o empresário Rando Thiago, a convenceu a registrar uma união estável depois que ela engravidou. O detalhe que chamou a atenção foi que o parceiro da influenciadora optou por um regime de separação total de bens. Gabriella e Thiago vivem juntos há alguns anos, conforme ambos mostram nas redes sociais. Segundo ela, Thiago a "tirou da vida de CLT" e a transformou em uma "esposa troféu" — termo que descreve mulheres que não trabalham e são sustentadas pelo marido. Com a gravidez, a influenciadora afirma que seu marido — e uma outra pessoa, que ela não esclarece quem é — quiseram registrar o relacionamento. "Hoje eu vou falar com vocês uma coisa muito séria porque eu já influenciei vocês a quererem ser esposa troféu. Eu e meu marido tivemos que ir ao cartório, porque depois que eu fiquei grávida eles quiseram imediatamente fazer uma união estável", conta a influenciadora. Mas mesmo com o registro da união estável sob o regime de separação total de bens, Gabriella pode ter direito à divisão de patrimônio em caso de separação, conforme explica a advogada Miriane Ferreira. LEIA MAIS Éder Militão x Karoline Lima: como deve ser a pensão alimentícia de um pai milionário? Quebrar celular, negar dinheiro para coisas básicas, assinar documentos em nome de outro: saiba identificar os sinais da violência patrimonial Assédios, salários menores e crescimento profissional limitado: a rotina e os desafios das mulheres no mercado financeiro União estável pode ser reconhecida antes do registro formal Antes da assinatura de um documento que formaliza a união estável, um casal pode viver junto nesse tipo de relacionamento sem a oficialização no cartório, construindo patrimônio ou família juntos. Em caso de separação, um dos parceiros pode recorrer à Justiça para reconhecer a união estável e solicitar a divisão de bens. O regime padrão definido pela legislação brasileira é a comunhão parcial de bens. Esse regime determina que todo o patrimônio adquirido por qualquer uma das partes após o início do relacionamento deve ser dividido entre os dois. "Se há indícios de que o casal vivia como marido e mulher, apresentando-se socialmente como um casal e demonstrando intenção de constituir família, é possível ingressar com uma ação para o reconhecimento retroativo da união estável. Isso ocorre frequentemente quando uma das partes deseja reivindicar direitos patrimoniais", explica Miriane. Para reconhecer a relação e ter direito à divisão de bens no período, a advogada explica que é necessário ingressar com uma ação judicial de reconhecimento e dissolução de união estável cumulada com partilha de bens, fornecendo provas concretas da relação, como: