Cansado de “ficar preso” ao seu telefone? Experimente estas aplicações e liberte-se do scroll diário

Verifique o seu telemóvel e fique a par de quanto tempo o utiliza em média por dia. Os resultados provavelmente irão surpreendê-lo, porque muitas vezes não nos apercebemos do tempo que passamos a navegar na internet ou nas redes sociais.

Abr 18, 2025 - 15:49
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Cansado de “ficar preso” ao seu telefone? Experimente estas aplicações e liberte-se do scroll diário

Alguns telefone permitem limitar o tempo de utilização de aplicações específicas, outros informam o número de vezes que desbloqueia o seu telefone por dia e há até alguns que deixam o seu telefone “burro”.

Verifique o seu telemóvel e fique a par de quanto tempo o utiliza em média por dia. Os resultados provavelmente irão surpreendê-lo, porque muitas vezes não nos apercebemos do tempo que passamos a navegar na internet ou nas redes sociais, saltando de um conteúdo para outro sem qualquer propósito específico.

Mas o que se pode fazer para reduzir a utilização do nosso dispositivo?

A psicóloga Gabriela Paoli — que publicou o livro “Chaves para o Uso Saudável da Tecnologia em 2020” — reviu as principais recomendações e partilhou-as com o jornla espanhol, El País.

Primeiro, tome consciência da quantidade de tempo que passa no telefone todos os dias e depois tome algumas medidas, começando por pequenos passos: limitar o tempo de utilização da aplicação, desativar notificações, estabelecer tempos de inatividade e espaços “não negociáveis” — por exemplo, o quarto — ou ativar o modo de focagem.

Embora possa parecer contraditório, a tecnologia em si pode ajudar-nos a atingir o nosso objetivo de utilizar menos o telemóvel. Na verdade, os telefones já vêm com ferramentas concebidas para este fim. Os Android, por exemplo, têm um espaço chamado Digital Welfare, onde é possível limitar a utilização de cada aplicação individualmente ou silenciar as notificações na hora de dormir. A título de curiosidade, permite ainda criar dois perfis: um pessoal e um profissional, com configurações diferentes entre eles. Por exemplo, não seria notificado sobre mensagens pessoais do WhatsApp durante o horário de trabalho, nem sobre e-mails profissionais fora de horas.

Já os iPhones têm o Screen Time, que tem funcionalidades muito semelhantes: bloqueia aplicações e notificações durante os períodos em que pretende evitar utilizar os seus dispositivos; e definir um limite de tempo para uma categoria de aplicações (por exemplo, jogos ou redes sociais) e para aplicações individuais.

Além disso, existem muitas outras aplicações de terceiros que adicionam gamificação à equação, tornando mais fácil passar menos tempo no telefone.

Assim, o Forest transforma o tempo de desconexão do telemóvel em árvores virtuais que crescem quanto mais tempo se fica sem o utilizar, mas que murcham se abandonar a aplicação; O Detox Digital propõe desafios (não utilizar o telemóvel durante 2 horas, 2 dias, etc.) que, se não forem cumpridos, são penalizados com uma pequena taxa; e o Activity Bubbles substitui o papel de parede por um preto, ao qual são adicionadas bolhas sempre que o smartphone é desbloqueado.

Aplicações como o Minimalist Phone no Android ou o Dumb Phone no iOS vão um passo mais além, mudando completamente o aspeto do telefone, removendo ícones, fundos, etc. As aplicações aparecem numa lista por nome, ordenadas alfabeticamente e sem nada que chame a atenção. A teoria é que, por ser menos apelativo e tão minimalista que quase não há opções, é menos utilizado. É exatamente a mesma coisa que David Broncano mostrou em La Resistencia e que fez do programa uma tendência, embora a aplicação que utiliza se chame Dumbify.

É precisamente aqui que ganham destaque os chamados dumbphones: os telemóveis que não têm ligação à internet e, por isso, impedem a instalação de aplicações e a utilização das redes sociais. Portanto, são utilizados apenas para fazer chamadas, receber chamadas e enviar SMS.