Câmara já custou R$ 2,1 bilhões aos brasileiros em 2025
Num espaço de 126 dias, foram 38 sessões deliberativas no ano -- a última delas para aprovar o texto que amplia o número de deputados no país

A caminho de ampliar seu tamanho e, consequentemente, o peso de seu custo para o contribuinte brasileiro, a Câmara já custou, neste ano, 2,1 bilhões de reais aos pagadores de impostos desta esquina sofrida da América Latina.
Custando tanto os cofres públicos, a Casa aprovou, neste ano, o Orçamento da União uma obrigação trazida de 2024 pelas excelências — e só.
Num espaço de 126 dias, as excelências realizaram apenas 38 sessões deliberativas no ano.
Olhando para o trabalho das comissões, o país acompanhou uma série de espetáculos deprimentes, que misturam violência física com falta de educação. Num tempo em que os mandatos são usados — com honrosas exceções — para lacrar nas redes sociais e não para legislar a favor do país, os parlamentares finalmente decidiram trabalhar nesta semana.
Como? Aprovando um projeto que acelera a tramitação da proposta destinada a ampliar as atuais 513 cadeiras da Casa. A proposta votada nesta terça elevar o número de mandatos a 531. O custo anual estimado é de 64,6 milhões de reais.
A discussão surgiu com a determinação do STF, em 2023, para que a Casa atualizasse a distribuição de cadeiras por estado de acordo com dados populacionais de cada unidade da federação. Pela decisão, a mudança seria feita sem ampliação de vagas, mas isso levaria alguns estados a perderem cadeiras para outros. A saída, então, está sendo discutida à custa do contribuinte. Mais deputados, mais gabinetes, mais verbas parlamentares, mais apartamentos funcionais e benefícios de auxílio moradia… A conta é longa — e salgada.