‘Bridget Jones: Louca Pelo Garoto’ traz versão madura da protagonista sem perder o humor
O filme acompanhou as mudanças sociais e reinventou a forma de rir nas telas

Autêntica, desastrada e cativante, Bridget Jones conquistou gerações ao trazer uma protagonista imperfeita, mas cheia de carisma. Agora, a personagem retorna às telonas em 13 de fevereiro com Bridget Jones: Louca pelo Garoto, dirigido por Michael Morris. O filme reacende a nostalgia dos fãs ao mesmo tempo que apresenta novos desafios para a jornalista.
Na trama, Bridget se vê sozinha após a perda de seu marido, o amado Mark Darcy (Colin Firth). Mãe de duas crianças, Billy e Mabel, ela conta com o apoio dos amigos e até de seu ex, Daniel Cleaver (Hugh Grant), para criá-los.
Até que, cansada de viver o luto, decide retomar a carreira e mergulhar no universo dos aplicativos de relacionamento, o que resulta em um romance inesperado com um homem mais jovem. Ao mesmo tempo, desperta um interesse especial pelo professor de ciências do filho.
Além do retorno de Renée Zellweger no papel principal, o elenco conta com Leo Woodall e Chiwetel Ejiofor.
Se no primeiro longa Bridget era constantemente julgada por sua aparência, peso e estado civil, hoje, após anos de debates feministas e mudanças culturais, sua visão de mundo evoluiu.
“Os primeiros filmes são um reflexo de seu tempo, quando as mulheres enfrentavam pressões sociais enormes para se encaixar em determinados padrões. Isso ainda acontece, mas de formas diferentes”, explica Michael Morris. “Bridget não vai mais anotar seu peso no diário porque não é mais a mesma pessoa, e o mundo também mudou. Mas a sensação de inadequação e o caos da vida adulta ainda a acompanham – como acontece com todos nós.”
Mais madura, ela passa a priorizar seu bem-estar, mesmo que isso implique em decisões difíceis. “Todos temos medo da rejeição e de não conseguir realizar nossos desejos. Mas Bridget nunca desiste. Mesmo errando, ela se diverte no processo. Quando vemos isso nas telas, nos sentimos mais livres para abraçar nossas próprias imperfeições”, diz Renée.
Entrevista completa com o elenco de “Bridget Jones: Louca Pelo Garoto”
CLAUDIA: Como seres humanos, nós temos a necessidade de sentir amor ao longo da vida. Como a paixão afeta vocês e seus personagens?
Leo Woodall: Chiwetel disse uma coisa muito profunda outro dia. Muito verdadeira e muito única: o amor é tão essencial quanto a respiração. Todos nós carregamos essa paixão. Ninguém pode viver sem o amor, exceto Voldemort. Estamos tentando encontrar amor onde podemos.
Renée Zellweger: A busca pelo amor, como nós vemos através das experiências de Bridget Jones, é realmente identificável porque traz à tona nossas vulnerabilidades. Nós nunca sentimos que somos suficientes e que nós merecemos o amor que procuramos. Todo mundo se reconhece nessas experiências. Isso é parte da magia do porquê ela se mantém viva por gerações e segue sendo essa personagem acolhida por tantas pessoas.
Chiwetel Ejiofor: E Bridget ama em tantas direções diferentes. Há todos os tipos de amor: o amor de família, o amor de amigos, o amor romântico e amor para as crianças. Todos nós celebramos isso.
CLAUDIA: como público, senti que Bridget cresceu muito em relação ao autoamor. Renée, você também sentiu isso?
Renée Zellweger: Sim, com certeza! Acho que isso é algo que vem com a experiência e a vida. Quando você cresce, começa a aprender quando é hora de parar de atormentar a si mesma e o quão inútil esse exercício pode ser. Ela sempre encontra um caminho para se aceitar e forjar seu próprio caminho. E é por isso que ela é tão inspiradora para tantas pessoas.
CLAUDIA: E ela não é uma personagem feminino tradicional do cinema. Os filmes inspiraram as mulheres a mostrar seus próprios seres, em vez de tentar ser perfeitas?
Renée Zellweger: Nós nos reconhecemos em suas imperfeições, provavelmente mais do que tudo. Todos sentimos o autojulgamento, o medo de não conseguir, de se arriscar, de ser rejeitada, essas coisas da jornada humana. E ela nunca desiste, mesmo que esteja rindo de si mesma e se divertindo.
Mesmo no meio da bagunça da execução de um plano, ela ainda encontra a felicidade. Ela triunfa. E ela nunca desiste. E isso nos dá permissão de sermos imperfeitos também e de aceitar nossa autenticidade.
CLAUDIA: Se vocês guardassem um diário e fossem ler anos depois, qual conselho vocês dariam a si mesmos?
Chiwetel Ejiofor: Para me acalmar e para relaxar porque tudo vai ficar bem. Havia muito estresse nos meus anos de adolescência e quando estava beirando os vinte. Eu vivia com muito estresse, muita angústia – o que resultou em energia desperdiçada. Não ajudou em nada, só fez as coisas serem mais difíceis.
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