Brasileiro é preso nos EUA por esquema de contrabando de migrantes
O homem, identificado como Flávio Alexandre Alves, conhecido como "Ronaldo", foi apontado como um dos líderes de um grupo, responsável pela entrada irregular de centenas de pessoas no país

O Departamento de Justiça estadunidense (DoJ, sigla em inglês) informou que um brasileiro foi preso nos Estados Unidos acusado de atuar em um grande esquema de contrabando de migrantes. O homem, identificado como Flávio Alexandre Alves, conhecido como “Ronaldo”, foi apontado como um dos líderes de um grupo, responsável pela entrada irregular de centenas de pessoas no país.
Ele foi preso em Worcester, no estado de Massachusetts. De acordo com o DoJ, ele havia respondido por contrabando de pessoas no Distrito Central da Califórnia, em 2004, e foi deportado em fevereiro de 2005, mas estava morando, novamente, de maneira ilegal no país.
Alves está respondendo por “conspirar para trazer estrangeiros e transportar estrangeiros dentro dos Estados Unidos com o propósito de ganho comercial ou financeiro em violação à lei”. Ontem, ele se apresentou à Corte federal de Worcester.
O departamento informou, ainda, que “Ronaldo” fazia a redistribuição dos imigrantes ilegais dentro do país, comprando as passagens de avião para eles e repassando, também, dinheiro para outros “coiotes” — como são chamadas as pessoas que fazem esse trabalho de ajudar imigrantes ilegais a entrar nos EUA — no México.
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“Além disso, escritórios da HSI de Pitsburgo, Harrisburg e Filadélfia, apoiados por outras agências parceiras, detiveram quatro indivíduos associados à organização de contrabando de estrangeiros por violações administrativas de imigração”, acrescentou o DoJ.
Operação Hacórnia
A Polícia Federal (PF) também deflagrou nesta quinta-feira (27/3) a segunda fase da Operação Hacórnia, em cooperação com a agência estadunidense Homeland Security Investigations (HSI), para combater a imigração ilegal para os EUA. Ao todo, 16 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva foram cumpridos nos estados do Maranhão, Minas Gerais, Rondônia, Distrito Federal e Espírito Santo.
Iniciada em 2022, a operação visa desarticular uma organização criminosa que realizava o processo de imigração ilegal de brasileiros, em sua maioria maranhenses, para os Estados Unidos. Através da troca de informações entre a PF e a agência norte-americana, foi descoberto que o grupo atuava no Brasil, no México e nos EUA.
“Os investigados aliciavam moradores de diversas cidades maranhenses, organizando a travessia ilegal por meio de rotas na América Central. As vítimas pagavam valores elevados para realizar a viagem, muitas vezes assumindo dívidas com juros abusivos. A investigação identificou centenas de vítimas, incluindo crianças e adolescentes, além do uso de empresas de fachada para lavagem de dinheiro”, informou a PF em nota.
Com ações coordenadas e executadas simultaneamente, para impedir a fuga dos investigados e garantir a preservação das provas, a Justiça Federal decretou o bloqueio de aproximadamente R$ 14 milhões de bens e ativos dos integrantes do grupo e mais de 50 policiais federais agiram no cumprimento dos mandados.
*Estagiário sob a supervisão de
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