Bolsonaro apresenta defesa contra denúncia da PGR no STF
Argumentos do ex-presidente estão reunidos em 130 páginas; defesa quer ouvir 13 testemunhas

A defesa de Jair Bolsonaro apresentou ao STF, há pouco, os argumentos do ex-presidente para refutar as acusações da PGR sobre o plano de golpe de Estado. O ex-presidente sustenta que não ordenou, não assinou nem comandou plano algum contra o sistema democrático brasileiro.
“No fim do dia e da História, o Peticionário é aquele que não assinou nenhum decreto e não ordenou qualquer ação violenta para restringir ou impedir o exercício de um poder, bem como não tentou depor o governo constituído depois dele”, diz a defesa de Bolsonaro.
“Apesar das muitas insistências mencionadas no depoimento de Mauro Cid, o Defendente foi aquele que, ainda no início de dezembro, ordenava a transição de governo ao mesmo tempo que recusava qualquer violência ou qualquer ação ilegal”, segue a defesa de Bolsonaro.
Os defensores do ex-presidente solicitam que o julgamento seja realizado no plenário da Corte e não na Primeira Turma do tribunal e argumentam que não tiveram acesso completo a provas do inquérito da Polícia Federal, o que configura, na visão dos defensores, “cerceamento de defesa”.
A defesa de Bolsonaro tem 130 páginas e lista ainda 13 testemunhas para serem ouvidas sobre diferentes pontos da defesa.
“Na remota hipótese desse Col. Supremo Tribunal Federal entender pelo recebimento da denúncia, o que se admite por dever de ofício, o Peticionário provará sua inocência por meio da oitiva das testemunhas de defesa abaixo arroladas, em caráter de imprescindibilidade, na forma da lei, requerendo-se, desde já, sejam pessoalmente intimadas”, diz a defesa do ex-presidente.