Boletim Focus: mercado reduz estimativa de inflação e de crescimento da economia em 2025

Números foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (24). Para 2026, entretanto, o mercado financeiro elevou a projeção de inflação de 4,48% para 4,50%. Os analistas do mercado financeiro reduziram a projeção de inflação e também para o crescimento da economia neste ano. As projeções, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras na última semana, constam do relatório "Focus" divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central (BC). Banco Central aumenta taxa básica de juros para 14,25%, maior patamar desde governo Dilma ➡️ Para a inflação de 2025, a estimativa do mercado passou de 5,66% para 5,65%. Mesmo com a leve redução, a expectativa continua bem acima do do teto da meta, que é de 4,5%. ➡️Para 2026, a expectativa de inflação subiu de 4,48% para 4,50%. ➡️Para 2027, a expectativa continuou em 4%. ➡️Para 2028, a expectativa permaneceu em 3,78%. A partir de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo é de 3% – e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. Pelo sistema de metas, o BC tem de calibrar os juros para tentar manter a inflação dentro do intervalo existente. Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, o BC já está mirando na expectativa de inflação calculada em 12 meses até meados de 2026. Desde janeiro, a inflação acumulada em doze meses é comparada com a meta e com o intervalo de tolerância. Se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC terá de escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos. Com o estouro da meta de inflação de 2024, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou carta ao ministro Haddad no início de janeiro – creditando o resultado a fatores como a forte atividade econômica, a queda do real e os extremos climáticos. O BC também admitiu recentemente que a meta de inflação pode ser novamente descumprida em junho deste ano, ao completar seis meses seguidos acima do teto de 4,5%.

Mar 24, 2025 - 13:00
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Boletim Focus: mercado reduz estimativa de inflação e de crescimento da economia em 2025

Números foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (24). Para 2026, entretanto, o mercado financeiro elevou a projeção de inflação de 4,48% para 4,50%. Os analistas do mercado financeiro reduziram a projeção de inflação e também para o crescimento da economia neste ano. As projeções, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras na última semana, constam do relatório "Focus" divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central (BC). Banco Central aumenta taxa básica de juros para 14,25%, maior patamar desde governo Dilma ➡️ Para a inflação de 2025, a estimativa do mercado passou de 5,66% para 5,65%. Mesmo com a leve redução, a expectativa continua bem acima do do teto da meta, que é de 4,5%. ➡️Para 2026, a expectativa de inflação subiu de 4,48% para 4,50%. ➡️Para 2027, a expectativa continuou em 4%. ➡️Para 2028, a expectativa permaneceu em 3,78%. A partir de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo é de 3% – e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. Pelo sistema de metas, o BC tem de calibrar os juros para tentar manter a inflação dentro do intervalo existente. Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, o BC já está mirando na expectativa de inflação calculada em 12 meses até meados de 2026. Desde janeiro, a inflação acumulada em doze meses é comparada com a meta e com o intervalo de tolerância. Se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC terá de escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos. Com o estouro da meta de inflação de 2024, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou carta ao ministro Haddad no início de janeiro – creditando o resultado a fatores como a forte atividade econômica, a queda do real e os extremos climáticos. O BC também admitiu recentemente que a meta de inflação pode ser novamente descumprida em junho deste ano, ao completar seis meses seguidos acima do teto de 4,5%.