BBB 25 termina com finalistas menos seguidos da história do programa
Renata, Guilherme e João Pedro somam juntos apenas 2,7 milhões de seguidores — menos que qualquer Pipoca das finais do BBB 23 e 24


Top 3 do BBB 25 é o menos popular do reality
O BBB 25 termina nesta terça-feira (22/4) com um dado emblemático: os três finalistas da edição somam, juntos, menos seguidores no Instagram do que qualquer campeão da fase de Camarotes do programa. Renata Saldanha (1,1 milhão), Guilherme Vilar (1 milhão) e João Pedro Siqueira (635 mil) totalizam 2,735 milhões — número muito inferior aos registrados individualmente por Davi Brito, campeão do BBB 24, que alcançou 8,6 milhões de seguidores ainda dentro da casa, e por Amanda Meirelles, vencedora do BBB 23, que terminou a edição com 2,9 milhões.
Comparação cruel com BBB 23 e 24
Além de Amanda, o Top 3 do BBB 23 tinha Aline Wirley com 2,2 milhões e Bruna Griphao com 4,8 milhões de seguidores. Como as duas eram Camarote, vale citar os 3 milhões de Larissa Santos em 4º lugar, Pipoca mais acompanhada daquela edição, que até então detinha a pior audiência da história do reality. O BBB 25 superou esse recorde negativo, fechando com apenas 16 pontos na Grande São Paulo, três a menos que o BBB 23.
Também vale destacar que todos os finalistas do BBB 24 encerraram a edição com números expressivos nas redes sociais. Davi Brito (8,6 milhões), Isabelle Nogueira (4 milhões) e Matteus Amaral (3,3 milhões) somaram 15,9 milhões de seguidores no Instagram — mais de cinco vezes o total combinado de Renata, Guilherme e João Pedro no BBB 25. Alane Dias, que terminou em 4º lugar, chegou a 4,3 milhões, e Beatriz Reis, 5ª colocada, acumulou 4,6 milhões. Ambas também superaram sozinhas a soma dos três finalistas da atual temporada.
Até os odiados do BBB 19 fizeram mais sucesso
A comparação mais próxima ao fracasso dos participantes da edição atual é com o BBB 19, frequentemente apontado como a pior temporada do programa. Mesmo naquele cenário, os finalistas apresentaram desempenho superior nas redes. A campeã Paula von Sperling terminou com 1,9 milhão de seguidores, enquanto o vice Alan Possamai somou 1 milhão e Carol Peixinho, 3ª colocada, fez 1,7 milhão. Juntos, os três tiveram 4,6 milhões de seguidores — quase o dobro do que acumulam os finalistas do BBB 25.
Na época, o resultado do BBB 19 abriu uma crise, que fez a produção repensar o formado, criando a categoria dos Camarotes. Com isso, o programa se reinventou e voltou a atrair o público. Desta vez, porém, a Globo não demonstra preocupação nem interesse em melhorar.
Discurso da Globo contrasta com desinteresse do público
Diante da rejeição histórica dos participantes, a direção da Globo mantém um discurso desconexo com a realidade. Amauri Soares, diretor executivo da TV e dos Estúdios Globo, declarou que o BBB 25 “deu supercerto”, justificando a avaliação com base no alcance do programa nas redes sociais. “A audiência é muito consistente, e o buzz que ele gera é no nível de 96% de tudo o que se discute. Esse Big Brother é superdebatido nas redes sociais”, disse Soares, citando o X (antigo Twitter) e o TikTok.
O argumento, no entanto, entra em choque com os dados reais de engajamento. Os números do Instagram — a principal vitrine de popularidade dos participantes — demonstram uma apatia inédita do público com os finalistas da edição. Os dados também indicam que o volume de repercussão no X foi alimentado majoritariamente por críticas ao programa e por torcidas organizadas, cuja base é pequena, mas altamente ativa. Isso explica a disparidade entre o barulho gerado nas redes e a baixíssima conversão em seguidores reais.
Falta de popularidade compromete futuro do formato
O engajamento mínimo nos perfis dos finalistas mostra que o público tradicional do reality se afastou da temporada. A aposta da Globo em métricas digitais como justificativa para manter o atual modelo — centrado na ação das torcidas — não se sustenta diante de números tão baixos. Em vez de representar influência popular, o BBB 25 terminou refém de bolhas digitais com alcance limitado, mas barulhento o suficiente para distorcer a percepção da Globo sobre o impacto real do programa.