Banco Mundial vai liberar US$ 12 bilhões para a Argentina; objetivo é impulsionar reformas econômicas
O pacote de apoio representa 'um forte voto de confiança nos esforços do governo para estabilizar e modernizar a economia', afirmou o banco em um comunicado. Bandeira da Argentina Unplash O Banco Mundial anunciou um pacote de apoio de US$ 12 bilhões - ou R$ 70 bilhões - para a Argentina. Segundo a agência de notícias Reuters, o objetivo é apoiar as reformas econômicas e impulsionar as medidas do governo para promover a criação de empregos. "O pacote foi desenhado para apoiar reformas que continuem a atrair investimentos privados e reforcem as medidas implementadas pelo governo nacional para promover a criação de empregos", disse o banco em comunicado. O documento afirma ainda que a medida é "um forte voto de confiança nos esforços do governo para estabilizar e modernizar a economia". De acordo com o planejamento da instituição, US$ 5 bilhões - ou R$ 29 bilhões - irá para o setor privado. Cerca de US$ 1,5 bilhão - ou R$ 8.8 bilhões - serão destinados à ampliação do acesso ao crédito. LEIA TAMBÉM Inflação argentina fica em 3,7% em março e cai para 55,9% em 12 meses Histórico de empréstimos mundiais No fim de março, já havia sido anunciado que o país latino negociava com o Fundo Monetário Internacional (FMI) um empréstimo de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 117 bilhões) por quatro anos para apoiar o programa de reformas econômicas do presidente Javier Milei. O acordo foi confirmado também nesta sexta (11). Esse empréstimo, que ainda precisa do aval do conselho do Fundo, permitirá a "recapitalização do Banco Central para ter uma moeda mais saudável e continuar o processo de desinflação", disse o ministro da Economia, Luis Caputo, em coletiva de imprensa. "É isso que nos permitirá, a partir de segunda-feira (14), acabar com o cepo cambial [controle de divisas] que tanto dano causou", acrescentou. O dólar "poderá flutuar dentro de uma banda móvel entre 1.000 e 1.400 pesos, cujos limites serão ampliados a um ritmo de 1% ao mês", detalhou o Banco Central em um comunicado. Nesta sexta-feira, o dólar oficial estava cotado a 1.097,50 pesos argentinos, enquanto o "blue" (informal) estava em 1.375 pesos por dólar. Com isso, segundo o BC argentino, será possível: eliminar o dólar diferencial para exportadores; retirar as restrições cambiais para pessoas físicas [não jurídicas]; permitir a distribuição de lucros a acionistas estrangeiros a partir dos exercícios financeiros iniciados em 2025; e flexibilizar os prazos para o pagamento de operações de comércio exterior. Do total do empréstimo, o FMI desembolsará US$ 15 bilhões (R$ 88 bilhões) para livre disponibilidade em 2025. O ministro Caputo havia manifestado o desejo de que o Fundo liberasse um desembolso inicial superior a 40% do acordo, para pagar obrigações com o próprio FMI e fortalecer as reservas do Banco Central em meio a uma corrida contra o peso. Em meio às turbulências financeiras internacionais provocadas pela política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é esperada na segunda-feira a visita a Buenos Aires do secretário do Tesouro Scott K.H. Bessent. O secretário viaja ao país sul-americano para oferecer seu "apoio total às audaciosas reformas econômicas da Argentina", informou um comunicado de sua pasta. PIB da Argentina tem queda de 1,7% em 2024, primeiro ano de Javier Milei


O pacote de apoio representa 'um forte voto de confiança nos esforços do governo para estabilizar e modernizar a economia', afirmou o banco em um comunicado. Bandeira da Argentina Unplash O Banco Mundial anunciou um pacote de apoio de US$ 12 bilhões - ou R$ 70 bilhões - para a Argentina. Segundo a agência de notícias Reuters, o objetivo é apoiar as reformas econômicas e impulsionar as medidas do governo para promover a criação de empregos. "O pacote foi desenhado para apoiar reformas que continuem a atrair investimentos privados e reforcem as medidas implementadas pelo governo nacional para promover a criação de empregos", disse o banco em comunicado. O documento afirma ainda que a medida é "um forte voto de confiança nos esforços do governo para estabilizar e modernizar a economia". De acordo com o planejamento da instituição, US$ 5 bilhões - ou R$ 29 bilhões - irá para o setor privado. Cerca de US$ 1,5 bilhão - ou R$ 8.8 bilhões - serão destinados à ampliação do acesso ao crédito. LEIA TAMBÉM Inflação argentina fica em 3,7% em março e cai para 55,9% em 12 meses Histórico de empréstimos mundiais No fim de março, já havia sido anunciado que o país latino negociava com o Fundo Monetário Internacional (FMI) um empréstimo de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 117 bilhões) por quatro anos para apoiar o programa de reformas econômicas do presidente Javier Milei. O acordo foi confirmado também nesta sexta (11). Esse empréstimo, que ainda precisa do aval do conselho do Fundo, permitirá a "recapitalização do Banco Central para ter uma moeda mais saudável e continuar o processo de desinflação", disse o ministro da Economia, Luis Caputo, em coletiva de imprensa. "É isso que nos permitirá, a partir de segunda-feira (14), acabar com o cepo cambial [controle de divisas] que tanto dano causou", acrescentou. O dólar "poderá flutuar dentro de uma banda móvel entre 1.000 e 1.400 pesos, cujos limites serão ampliados a um ritmo de 1% ao mês", detalhou o Banco Central em um comunicado. Nesta sexta-feira, o dólar oficial estava cotado a 1.097,50 pesos argentinos, enquanto o "blue" (informal) estava em 1.375 pesos por dólar. Com isso, segundo o BC argentino, será possível: eliminar o dólar diferencial para exportadores; retirar as restrições cambiais para pessoas físicas [não jurídicas]; permitir a distribuição de lucros a acionistas estrangeiros a partir dos exercícios financeiros iniciados em 2025; e flexibilizar os prazos para o pagamento de operações de comércio exterior. Do total do empréstimo, o FMI desembolsará US$ 15 bilhões (R$ 88 bilhões) para livre disponibilidade em 2025. O ministro Caputo havia manifestado o desejo de que o Fundo liberasse um desembolso inicial superior a 40% do acordo, para pagar obrigações com o próprio FMI e fortalecer as reservas do Banco Central em meio a uma corrida contra o peso. Em meio às turbulências financeiras internacionais provocadas pela política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é esperada na segunda-feira a visita a Buenos Aires do secretário do Tesouro Scott K.H. Bessent. O secretário viaja ao país sul-americano para oferecer seu "apoio total às audaciosas reformas econômicas da Argentina", informou um comunicado de sua pasta. PIB da Argentina tem queda de 1,7% em 2024, primeiro ano de Javier Milei