Após demora para sair, fumaça preta frustra expectativa de papa ser eleito na primeira votação do conclave
De terça-feira (6) para quarta-feira (7), o brasileiro Dom Jaime Spengler entrou na lista dos favoritos a papa, empurrado pelo apoio dos cardeais franciscanos. Começa o conclave para escolher o próximo Papa e 1º dia tem fumaça preta O primeiro dia de conclave terminou sem a escolha de um novo papa. William Bonner acompanhou, da Praça São Pedro, o momento em que a fumaça preta saiu da chaminé da Capela Sistina. Essa fumaça demorou para surgir na chaminé, a ponto de levar muita gente a achar que sairia uma decisão logo no primeiro dia. Seria um acontecimento espantoso porque isso ocorreu pela última vez no século 16. Os rituais da Igreja nesse primeiro dia de conclave estão na reportagem da Ilze Scamparini. O sol da manhã deu a Roma a luz ideal para o acontecimento que sensibiliza toda a capital italiana e o mundo - até os ateus. No Vaticano, foi uma manhã movimentada na Casa Santa Marta, onde estão hospedados os cardeais que participam da eleição do sucessor de Francisco. O papa que - através da nomeação de um colégio eleitoral mais amplo e diverso - trouxe para esse conclave a presença das periferias do mundo. Periferias que sempre viveram afastadas do poder de Roma. Guia do conclave: quando começa, quanto tempo deve durar, quantos cardeais participam e mais Na Basílica de São Pedro, entre 5 mil pessoas, um dos mais experientes prelados de Roma, o cardeal Giovanni Battista Re, de 91 anos, presidiu a cerimônia da manhã, evocando a ajuda do Espírito Santo: "Estamos aqui para implorar a sua luz e força, para que o papa eleito seja aquele de quem a Igreja e a humanidade precisam neste momento difícil e complexo da história”. Ressaltou que os cardeais eleitores se preparavam para um ato da mais alta responsabilidade humana e eclesial. Pediu que, na escolha do novo pontífice, deixassem de lado as questões pessoais e defendeu a união da Igreja, que, segundo ele, não é uniformidade, mas comunhão na diversidade. O conclave teve início nesta quarta-feira (7) Jornal Nacional/ Reprodução A brasileira Andressa Collet, jornalista do Vaticano, participou da missa e leu uma oração para os presentes. Na hora dos cumprimentos, Giovanni Battista Re deu um duplo parabéns ao italiano Pietro Parolin, que além de papável, irá conduzir o processo de votação. Concentrados na Capela Paulina, à tarde, os cardeais fizeram preces e, então, seguiram em procissão solene até a Sistina. Na entrada, o canto da Ladainha dos Santos, e a beleza dos afrescos, exerciam sobre cada um forte impacto emotivo. A primeira eleição de um papa ali foi no século 15. Os 133 eleitores, de 70 países e três pontificados, foram entrando e tomando os seus lugares. Por fim, o celebrante, Pietro Parolin. A fórmula do juramento estava em um pedestal, sob o Evangelho. Cada cardeal jurou respeitar a Constituição Apostólica, cumprir fielmente as obrigações de um papa e manter segredo sobre tudo o que se passar ali dentro. O conclave teve início nesta quarta-feira (7) Jornal Nacional/ Reprodução Entre eles sete brasileiros: Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo; João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília; Orani João Tempesta, do Rio de Janeiro; Sérgio da Rocha, de Salvador; Leonardo Steiner, de Manaus; Paulo Cezar Costa, de Brasília; e Jaime Spengler, de Porto Alegre, atual presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. De terça-feira (6) para quarta-feira (7), Dom Jaime entrou na lista dos favoritos a papa, empurrado pelo apoio dos cardeais franciscanos. Então, chegou a hora do "extra omnes" - todos fora. O convite aos não autorizados a abandonar a capela. As portas da Sistina se fecharam. Perto das 18h em Roma, 13h em Brasília, teve início o conclave. O tempo foi passando. Às 19h, hora local, nada de fumaça. Às 20h, também não. Provocando forte ansiedade de que o papa poderia ser eleito na primeira fumaça. Após demora para sair, fumaça preta frustra expectativa de papa ser eleito na primeira votação do conclave Jornal Nacional/ Reprodução Entre os cardeais eleitores, 108 foram criados por Francisco e nunca tinham visto uma eleição papal. Às 21h, 16h em Brasília, a fumaça preta foi ganhando o céu da praça. Era o sinal de que nenhum cardeal tinha obtido o mínimo de votos para se tornar o Sumo Pontífice – 89. Nesta quinta-feira (8), o fascinante ritual do conclave continua, com quatro votações previstas. Nos dias seguintes também, até que um dos cardeais consiga a maioria necessária de dois terços para se tornar o papa de Roma de número 267. Um papa que vai enfrentar grandes desafios, como as diferenças dentro da Igreja, as lutas contra as guerras, a dor dos feridos e dos rejeitados, o drama dos famintos e excluídos. LEIA TAMBÉM Conclave: quem são os favoritos para suceder o papa Francisco 'Extra omnes', ou 'Todos para fora': o momento em que a Capela Sistina é selada para o conclave; entenda a simbologia e veja VÍDEO Como surgiram os cardeais, que decidirão o futuro do comando da Igreja Católica Os memes do conclave: as brincadeiras em torno


De terça-feira (6) para quarta-feira (7), o brasileiro Dom Jaime Spengler entrou na lista dos favoritos a papa, empurrado pelo apoio dos cardeais franciscanos. Começa o conclave para escolher o próximo Papa e 1º dia tem fumaça preta O primeiro dia de conclave terminou sem a escolha de um novo papa. William Bonner acompanhou, da Praça São Pedro, o momento em que a fumaça preta saiu da chaminé da Capela Sistina. Essa fumaça demorou para surgir na chaminé, a ponto de levar muita gente a achar que sairia uma decisão logo no primeiro dia. Seria um acontecimento espantoso porque isso ocorreu pela última vez no século 16. Os rituais da Igreja nesse primeiro dia de conclave estão na reportagem da Ilze Scamparini. O sol da manhã deu a Roma a luz ideal para o acontecimento que sensibiliza toda a capital italiana e o mundo - até os ateus. No Vaticano, foi uma manhã movimentada na Casa Santa Marta, onde estão hospedados os cardeais que participam da eleição do sucessor de Francisco. O papa que - através da nomeação de um colégio eleitoral mais amplo e diverso - trouxe para esse conclave a presença das periferias do mundo. Periferias que sempre viveram afastadas do poder de Roma. Guia do conclave: quando começa, quanto tempo deve durar, quantos cardeais participam e mais Na Basílica de São Pedro, entre 5 mil pessoas, um dos mais experientes prelados de Roma, o cardeal Giovanni Battista Re, de 91 anos, presidiu a cerimônia da manhã, evocando a ajuda do Espírito Santo: "Estamos aqui para implorar a sua luz e força, para que o papa eleito seja aquele de quem a Igreja e a humanidade precisam neste momento difícil e complexo da história”. Ressaltou que os cardeais eleitores se preparavam para um ato da mais alta responsabilidade humana e eclesial. Pediu que, na escolha do novo pontífice, deixassem de lado as questões pessoais e defendeu a união da Igreja, que, segundo ele, não é uniformidade, mas comunhão na diversidade. O conclave teve início nesta quarta-feira (7) Jornal Nacional/ Reprodução A brasileira Andressa Collet, jornalista do Vaticano, participou da missa e leu uma oração para os presentes. Na hora dos cumprimentos, Giovanni Battista Re deu um duplo parabéns ao italiano Pietro Parolin, que além de papável, irá conduzir o processo de votação. Concentrados na Capela Paulina, à tarde, os cardeais fizeram preces e, então, seguiram em procissão solene até a Sistina. Na entrada, o canto da Ladainha dos Santos, e a beleza dos afrescos, exerciam sobre cada um forte impacto emotivo. A primeira eleição de um papa ali foi no século 15. Os 133 eleitores, de 70 países e três pontificados, foram entrando e tomando os seus lugares. Por fim, o celebrante, Pietro Parolin. A fórmula do juramento estava em um pedestal, sob o Evangelho. Cada cardeal jurou respeitar a Constituição Apostólica, cumprir fielmente as obrigações de um papa e manter segredo sobre tudo o que se passar ali dentro. O conclave teve início nesta quarta-feira (7) Jornal Nacional/ Reprodução Entre eles sete brasileiros: Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo; João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília; Orani João Tempesta, do Rio de Janeiro; Sérgio da Rocha, de Salvador; Leonardo Steiner, de Manaus; Paulo Cezar Costa, de Brasília; e Jaime Spengler, de Porto Alegre, atual presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. De terça-feira (6) para quarta-feira (7), Dom Jaime entrou na lista dos favoritos a papa, empurrado pelo apoio dos cardeais franciscanos. Então, chegou a hora do "extra omnes" - todos fora. O convite aos não autorizados a abandonar a capela. As portas da Sistina se fecharam. Perto das 18h em Roma, 13h em Brasília, teve início o conclave. O tempo foi passando. Às 19h, hora local, nada de fumaça. Às 20h, também não. Provocando forte ansiedade de que o papa poderia ser eleito na primeira fumaça. Após demora para sair, fumaça preta frustra expectativa de papa ser eleito na primeira votação do conclave Jornal Nacional/ Reprodução Entre os cardeais eleitores, 108 foram criados por Francisco e nunca tinham visto uma eleição papal. Às 21h, 16h em Brasília, a fumaça preta foi ganhando o céu da praça. Era o sinal de que nenhum cardeal tinha obtido o mínimo de votos para se tornar o Sumo Pontífice – 89. Nesta quinta-feira (8), o fascinante ritual do conclave continua, com quatro votações previstas. Nos dias seguintes também, até que um dos cardeais consiga a maioria necessária de dois terços para se tornar o papa de Roma de número 267. Um papa que vai enfrentar grandes desafios, como as diferenças dentro da Igreja, as lutas contra as guerras, a dor dos feridos e dos rejeitados, o drama dos famintos e excluídos. LEIA TAMBÉM Conclave: quem são os favoritos para suceder o papa Francisco 'Extra omnes', ou 'Todos para fora': o momento em que a Capela Sistina é selada para o conclave; entenda a simbologia e veja VÍDEO Como surgiram os cardeais, que decidirão o futuro do comando da Igreja Católica Os memes do conclave: as brincadeiras em torno da votação para definir próximo papa