Anthropic desafia governo dos EUA em processo contra o Google

A Anthropic, uma startup de IA, solicitou a um tribunal federal que rejeitasse uma proposta do governo dos Estados Unidos que impediria o Google de investir em startups de IA como forma de corrigir sua monopolização ilegal no mercado de busca online. As informações são da Bloomberg.

Em um processo judicial apresentado na semana passada, a startup de IA argumentou que uma medida que obrigasse o Google a encerrar seu relacionamento com a Anthropic prejudicaria tanto a empresa quanto a concorrência no setor.

O Google investiu cerca de US$ 3 bilhões na Anthropic, que também conta com o apoio da Amazon.

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Detalhes do processo contra o Google

• O Departamento de Justiça dos EUA e um grupo de estados propuseram mudanças significativas nas operações do Google, incluindo a venda forçada do navegador da companhia, o Chrome, após um juiz federal concluir que a empresa monopolizava ilegalmente os mercados de busca online e anúncios de busca.
• A proposta também impediria o Google de adquirir, investir ou colaborar com empresas que controlam informações de busca de consumidores, como os produtos de IA.
• A Anthropic, com sede em São Francisco, afirmou no processo que a venda forçada do Chrome beneficiaria desproporcionalmente concorrentes muito maiores da empresa, como OpenAI, Meta e, ironicamente, o próprio Google, que por meio da sua subsidiária DeepMind, desenvolve o modelo de linguagem IA Gemini.

A Anthropic é mais conhecida por sua linha de modelos de linguagem Claude, que competem diretamente com os modelos da OpenAI. A empresa tem arrecadado grandes somas para sustentar o crescimento de suas capacidades computacionais e se manter competitiva na corrida pelo avanço da IA.

A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) expressou preocupações sobre esses investimentos, incluindo os da Microsoft na OpenAI.

Em um relatório de janeiro, a FTC afirmou que essas empresas exigem que parte dos investimentos em startups de IA sejam destinados a seus próprios produtos e serviços, o que pode consolidar dados valiosos sobre o desenvolvimento de chips, treinamento de modelos e construção de data centers dentro das grandes empresas de tecnologia.

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