Alerta de mãe após adolescente quase morrer em acidente bizarro com carregador de celular que deixou o pescoço todo cheio de cicatrizes

Na madrugada de 30 de abril de 2024, Danielle Davis, uma mãe do estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, acordou com os gritos desesperados de seu filho, Rayce Ogdahl, de 16 anos. O adolescente, que minutos antes dormia tranquilamente, estava no corredor da casa segurando o pescoço, com marcas de queimaduras visíveis e expressão de pânico. “Ele me disse: ‘Fui eletrocutado’”, relatou Danielle, descrevendo a cena que mudou a rotina da família.

Rayce havia ido dormir com o celular conectado a um carregador, plugado em uma extensão ao lado da cama. O objetivo era garantir que o despertador tocasse no dia seguinte. Porém, ao se virar durante o sono, um detalhe inesperado entrou em cena: seu colar de metal, que ele usava diariamente, encostou nos pinos expostos do plugue do carregador. O contato criou um circuito elétrico completo, fazendo com que uma corrente perigosa percorresse o corpo do jovem.

“Ele estava consciente o tempo todo e sentia a eletricidade passando por ele”, explicou a mãe. Em questão de segundos, o adolescente viu faíscas saindo do próprio pescoço, enquanto uma dor intensa se espalhava por seu corpo. Apesar do susto, Rayce conseguiu chamar por ajuda, o que, segundo os médicos, foi crucial para sua sobrevivência.

Ao chegar ao hospital Integris Health Baptist Medical Center, os profissionais de saúde ficaram surpresos com a gravidade das lesões. O adolescente sofreu queimaduras de segundo, terceiro e até quarto grau ao redor do pescoço, em um padrão que reproduzia a forma do colar. Os especialistas alertaram que a corrente elétrica que o atingiu tinha amperagem suficiente para ser fatal. “Foi um milagre ele estar consciente e conseguir nos alertar”, disse Danielle, emocionada.

O acidente deixou marcas físicas e emocionais. As cicatrizes no pescoço de Rayce se estendem do queixo até a clavícula, lembrando diariamente o susto que quase custou sua vida. Desde o incidente, o jovem evita usar acessórios metálicos e tornou-se mais cauteloso com dispositivos eletrônicos. “Isso mudou a forma como ele enxerga até os hábitos mais simples”, contou a mãe.

Danielle decidiu compartilhar a história para alertar outros pais e adolescentes sobre riscos muitas vezes ignorados. Ela destacou que carregar celulares próximos à cama, principalmente com fios desgastados ou em extensões, pode ser perigoso. “Nenhuma mensagem ou notificação vale a pena deixar o telefone na cama. Um segundo de distração pode levar a um acidente grave”, enfatizou.

O caso também chamou atenção para o uso de extensões elétricas. Muitas pessoas não percebem que esses dispositivos, principalmente se velhos ou danificados, podem expor partes metálicas, criando riscos de choque. “Se possível, evite extensões. E sempre verifique se os plugues estão intactos”, recomendou Danielle.

Enquanto Rayce se recupera, a família reforça a importância de prestar atenção a detalhes cotidianos. O adolescente, que hoje retomou suas atividades escolares, carrega não apenas as cicatrizes, mas também a consciência de que pequenas escolhas – como tirar um colar antes de dormir ou desconectar um carregador – podem fazer toda a diferença entre a vida e a morte.

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