Adeus, Google? Geração Z mudou a forma como se procura informação (e não é o ChatGPT que domina)

De acordo com um estudo recente divulgado pelo portal Statista, intitulado “Geração Z na Era da Informação Digital”, os GenZ (nascidos entre 1995 e 2010) estão a transformar o acesso, consumo e difusão da informação na era digital.

Fev 17, 2025 - 15:43
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Adeus, Google? Geração Z mudou a forma como se procura informação (e não é o ChatGPT que domina)
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Ao longo das últimas décadas, muito mudou na forma como se procura informação devido ao avanço tecnológico. No passado, o acesso ao conhecimento dependia principalmente de bibliotecas, enciclopédias e especialistas, passando, nos anos 90, a grandes motores de busca, como o Google, em que a informação se tornara acessível mais rapidamente, apesar dos desafios que acarretava em termos de fontes credíveis.

Mais recentemente, a inteligência artificial e os algoritmos personalizados revolucionaram ainda mais esta forma de beber conhecimento, oferecendo conteúdos adaptados aos interesses individuais de cada pessoa e tornando a procura por informação não apenas mais rápida, mas também interativa e dinâmica.

Com esta evolução, surge a questão: De que forma as gerações mais novas consomem informação? Mantém-se no Goggle?

De acordo com um estudo recente divulgado pelo portal Statista, intitulado “Geração Z na Era da Informação Digital”, os GenZ (nascidos entre 1995 e 2010) estão a transformar o acesso, consumo e difusão da informação na era digital.

Esta geração mudou as regras do jogo, obrigando as marcas a repensar as suas estratégias. Ao contrário das gerações anteriores que recorriam à televisão ou à imprensa, a Geração Z prioriza as redes sociais e o conteúdo audiovisual curto, deixando para trás o Google e preferindo o TikTok.

A televisão tradicional deixou de ser apelativa para esta geração, com apenas 17% dos jovens entre os 13 e os 24 anos a consumi-la regularmente e o conteúdo personalizado impera, pois os algoritmos das redes sociais permitem que apenas vejam o que realmente lhes interessa, tornando difícil para as marcas alcançar esta audiência sem estratégias precisas.

Além disso, o estudo revela que a Geração Z desconfia das marcas e prefere recomendações de criadores de conteúdo ou influencers, com 46% dos jovens a preferirem-nos em vez dos meios tradicionais.

Segundo estes dados, 46% dos jovens procuram primeiro nas redes sociais antes de recorrer ao Google, com o TikTok a liderar no que toca à descoberta de produtos, moda e tendências, ainda que o Google se mantenha uma referência quando o assunto são temas mais complexos, como finanças e educação.

Este fenómeno obriga as marcas a otimizarem a sua presença em plataformas como TikTok, Instagram e YouTube, onde a Geração Z realmente procura informação.

O consumo de notícias também evoluiu, com 60% dos jovens entre os 18 e os 24 anos a obterem informação através das redes sociais, enquanto os meios tradicionais perdem cada vez mais relevância. 

No que diz respeito à inteligência artificial, a GenZ integra-a no seu quotidiano, mas ainda não representa uma fonte primária de informação, sendo mais um complemento. Cerca de 66% utiliza-a para redação de textos e tarefas escolares e 53% para pesquisa de informação, embora confiem mais em resultados verificados por humanos.