“Aceitei este desafio porque acredito profundamente no poder transformador das startups”, diz Claudia Schulz sobre se tornar CEO da Abstartups
Startupi “Aceitei este desafio porque acredito profundamente no poder transformador das startups”, diz Claudia Schulz sobre se tornar CEO da Abstartups A alta da taxa Selic e as guerras comerciais no cenário global demonstram um período desencorajador para as startups, principalmente aquelas em early stage e buscando investimentos. A desilusão do setor requer lideranças que estejam dispostas a enxergar o copo meio cheio. Claudia Schulz é uma delas. A executiva, que recém assumiu o cargo de [...] O post “Aceitei este desafio porque acredito profundamente no poder transformador das startups”, diz Claudia Schulz sobre se tornar CEO da Abstartups aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Cecília Ferraz

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“Aceitei este desafio porque acredito profundamente no poder transformador das startups”, diz Claudia Schulz sobre se tornar CEO da Abstartups
A alta da taxa Selic e as guerras comerciais no cenário global demonstram um período desencorajador para as startups, principalmente aquelas em early stage e buscando investimentos. A desilusão do setor requer lideranças que estejam dispostas a enxergar o copo meio cheio. Claudia Schulz é uma delas. A executiva, que recém assumiu o cargo de CEO na Associação Brasileira de Startups (Abstartups), demonstra uma postura otimista para o relacionamento com as empresas e a expansão do setor – e assume a missão de posicionar o Brasil como o “país das startups”.
Claudia tem uma trajetória marcada pelo compromisso com empreendedorismo, inovação e a cultura. É mestre em Artes Visuais pela UFSM, possui MBA em Gestão Estratégica de Processos pela Anhembi Morumbi e experiência em liderar iniciativas de participação social no setor público, como na Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura e na Secretaria de Cultura de Maricá (RJ).
Para Schulz, assumir como CEO da Associação neste momento tão desafiador é “um chamado de responsabilidade e de construção de futuro, porém eu encaro isso como uma atuação coletiva e colaborativa junto ao ecossistema de startups”, explica a executiva em entrevista ao STARTUPI.
Abstartups quer fortalecer a base das startups associadas, assegurar investidores e articular pactos regionais
De acordo com a CEO, a Abstartups deve focar em algumas frentes para remar contra o cenário econômico atual e contornar os resultados do setor, que há 4 anos não vê IPOs e só teve 2 unicórnios nos últimos dois anos. Entre as principais ações que a Associação vai tomar estão o fortalecimento da base de startups associadas, de maneira a atuar estrategicamente em seus interesses – como o apoio ao Projeto de Lei nº 252/2023, que regulamenta o Contrato de Investimento Conversível em Capital Social (CICC).
“Essa medida é fundamental para dar mais segurança jurídica aos investimentos em startups, especialmente em estágios iniciais, e para estimular a criação de novos negócios inovadores”, explica.
De acordo com a executiva, a Associação também quer atuar na articulação e no desenvolvimento de pactos regionais de inovação em áreas estratégicas do Brasil, como Amazônia, Nordeste e Centro-Oeste.
Claudia acredita no potencial da Abstartups de conectar ecossistemas locais, governos municipais e estaduais para firmar compromissos conjuntos de fomento à inovação e ao empreendedorismo. “Com esses pactos, buscamos criar ambientes mais férteis e sustentáveis para o surgimento, crescimento e consolidação de novas startups em todo o país”, afirma.
Além desses aspectos, a executiva reforça a expectativa de fortalecer a narrativa do ecossistema brasileiro como uma potência global, evidenciando que, mesmo em momentos de retração, a inovação, a criatividade e a resiliência, que Claudia categoriza como marcas do povo brasileiro, são ativos essenciais para impulsionar a reconstrução e o crescimento econômico.
Dificuldade no acesso ao crédito deve ser combatida com conexões e educação financeira
O aumento da taxa Selic para 14,25% diminui as expectativas das startups para a aquisição de crédito bancário, e a tendência é que as financeiras privadas elevem suas taxas para acompanhar o mercado. Da mesma forma, outros tipos de crédito e investimento do governo, como o BNDES, também devem fechar as portas ou diminuir o fluxo de capital alocável. Quando questionada sobre esse cenário, Claudia reforçou que a Abstartups deve agir de forma a fomentar os relacionamentos das startups entre si e a grandes empresas em busca de inovação aberta.
A Associação também deve atuar na educação dos empreendedores, para que eles saibam captar, gerir e alocar recursos com mais inteligência. Schulz afirma que eles devem “capacitar empreendedores e empreendedoras para acessar novas fontes de financiamento, apoiando a estruturação de projetos que possam se beneficiar de fundos públicos, multilaterais e programas internacionais de fomento”.
Para a CEO, mais do que ajudar as startups a se manterem nesse cenário, é preciso ajudá-las a ter sucesso. “Nosso compromisso é atuar como facilitadora para que o ecossistema brasileiro não apenas resista a este momento, mas também encontre novas rotas de crescimento. Vivemos um momento que exige adaptação inteligente. É verdade que o ambiente pede racionalização de custos e eficiência operacional, mas eu acredito que é também um tempo de educação, resiliência e oportunidade para quem souber se posicionar”, afirma Schulz ao ser questionada sobre possíveis layoffs e cortes de custo no ecossistema.
Claudia Schulz quer incentivar inovação aberta e conquistar novos parceiros estratégicos para o ecossistema
A Abstartups deve se conectar de forma estratégica com grandes empresas interessadas em inovação aberta, atuando como ponte para que essas corporações acelerem seus processos de transformação ao colaborar com startups. De acordo com a executiva, também é fundamental estabelecer parcerias com fundos de investimento, ampliando o acesso ao capital em diferentes estágios de crescimento.
Para Claudia, a associação pode ainda fortalecer sua atuação ao se aliar a plataformas tecnológicas, contribuindo para o desenvolvimento, escalabilidade e competitividade das startups. A aproximação com órgãos de fomento e agências internacionais também é um dos objetivos da Associação, porque deve permitir a diversificação das fontes de apoio financeiro e institucional, ampliando o impacto do ecossistema empreendedor.
“Nosso objetivo é gerar mais oportunidades reais de crescimento para as startups, seja por meio de novos contratos, parcerias estratégicas, acesso a investimento, expansão de mercado ou programas de capacitação e internacionalização”, explica.
Claudia acredita que, ao fazer parte da liderança da Abstartups, ela também assume o compromisso da Associação de advogar, apoiar, representar e fortalecer o ecossistema, principalmente nos momentos difíceis: “Aceitei este desafio porque acredito profundamente no poder transformador das startups. A inovação não é apenas uma opção para o Brasil — é uma necessidade estratégica para o nosso desenvolvimento econômico e social”.
Para a executiva, “momentos de crise são também momentos de formação e novas oportunidades — é neles que surgem os líderes mais preparados e as empresas mais resilientes”. E para prosperar é preciso que as startups “preservem o espírito empreendedor, sejam estratégicas e realistas. Sejam incansáveis na busca por entender e atender seus clientes, cuidem da saúde financeira dos seus negócios e mantenham-se conectados a novos mercados e outras pessoas empreendedoras e investidoras”, finaliza Schulz.
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