A visão de Kirsty Coventry, nova presidente do COI
Ex-nadadora olímpica do Zimbábue, a profissional traz uma visão focada em uma abordagem mais inclusiva e sustentável para o futuro dos Jogos Olímpicos O post A visão de Kirsty Coventry, nova presidente do COI apareceu primeiro em MKT Esportivo.

Kirsty Coventry fez história ao se tornar a primeira mulher e africana eleita presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ela defende a importância da união e do diálogo entre diferentes perspectivas, especialmente em um momento global marcado por divisões crescentes. A eleição contou com sete candidatos disputando a liderança da entidade.
Ex-nadadora olímpica do Zimbábue, a profissional traz consigo uma visão focada em uma abordagem mais inclusiva e sustentável para o futuro dos Jogos Olímpicos e do esporte mundial.
Sua eleição está sendo vista como um marco importante na tentativa de modernizar o movimento olímpico.
Direitos de transmissão
Kirsty defende uma gestão equilibrada das transmissões de mídia. Ela acredita que, apesar do crescimento das plataformas digitais, a TV linear ainda é crucial, principalmente em países em desenvolvimento.
“O futuro da mídia é incerto, mas a televisão continua sendo uma base sólida de engajamento”, explicou.
A presidente eleita aposta em explorar novas formas de conteúdo, como streaming, para adaptar-se às mudanças rápidas na forma como o público consome informações e entretenimento.
Inclusão e diversidade
Coventry tem demonstrado um forte compromisso com a promoção da inclusão e diversidade no esporte. Durante sua campanha, ela destacou a importância de fortalecer as conexões com os Comitês Olímpicos Nacionais (CONs) e reforçar a representatividade global. Isso inclui uma ênfase na igualdade de gênero, um tópico que ela já demonstrou apoio ao longo de sua carreira, especialmente com as mudanças implementadas para garantir a paridade de gênero nos Jogos Olímpicos, como foi o caso dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Coventry reconhece que ainda há muito a fazer, mas considera que os avanços nesta área são cruciais para garantir uma competição justa e igualitária, onde todos os atletas, independentemente de gênero, possam ter as mesmas oportunidades.
Transparência e descentralização
Uma das propostas de Coventry é tornar o COI mais transparente em suas decisões e no compartilhamento de informações com a mídia mundial. Ela reconhece que isso pode resultar em críticas mais intensas, mas se sente preparada para lidar com os desafios que surgirem.
“Enfrentar o escrutínio público ao longo dos anos me fortaleceu, e estou pronta para assumir total responsabilidade pelas decisões do COI”, disse.
Além disso, a nova presidente pretende descentralizar as decisões, dando mais poder e influência às comissões do COI. A ideia é permitir que essas instâncias contribuam de maneira mais significativa para os resultados do movimento olímpico.
Sustentabilidade e desafios ambientais
Outro ponto-chave em seu plano de liderança é o compromisso com a sustentabilidade. Coventry entende que o movimento olímpico não pode mais ignorar os desafios ambientais, especialmente diante da crescente ameaça das mudanças climáticas. Ela se mostrou determinada a implementar políticas mais robustas para que os Jogos Olímpicos se tornem eventos mais ambientalmente responsáveis. Sua visão inclui não apenas a redução da pegada de carbono dos Jogos, mas também o incentivo a práticas que promovam a preservação do meio ambiente e a utilização de infraestruturas sustentáveis nas cidades-sede.
A questão da sustentabilidade comercial dos Jogos também foi levantada por Coventry. Ela reconhece que, para garantir o futuro da Olimpíada, é essencial que os Jogos Olímpicos se adaptem à realidade econômica moderna, sendo mais eficientes e menos dispendiosos, ao mesmo tempo que mantêm sua relevância e impacto global.
Saúde mental dos atletas
Coventry tem dado atenção especial à saúde mental dos atletas, um tema que ganhou maior visibilidade nos últimos anos, especialmente com os casos de atletas de elite que enfrentam sérias dificuldades psicológicas.
Ela planeja continuar e expandir as iniciativas para apoiar o bem-estar emocional e psicológico dos competidores, garantindo que eles tenham os recursos necessários para lidar com as pressões que surgem durante grandes competições como os Jogos Olímpicos. Isso inclui aumentar o acesso a suporte psicológico e promover um ambiente que valorize o bem-estar integral do atleta, não apenas seu desempenho físico.
Promover o esporte e acessibilidade global
Coventry também vê sua presidência como uma oportunidade para fortalecer o esporte em todo o mundo, especialmente em regiões subrepresentadas, como o continente africano. Ela acredita que a presença de mais atletas e nações diversas no palco olímpico vai enriquecer a competição e proporcionar um ambiente mais globalizado e interconectado.
Ela já demonstrou seu desejo de trabalhar para aumentar a participação africana nos Jogos Olímpicos, um reflexo da crescente influência de países africanos no cenário esportivo global.
Modernização dos Jogos Olímpicos
Em termos de organização e gestão, Coventry defende a necessidade de uma modernização do processo de escolha das cidades-sede dos Jogos Olímpicos. A ideia é tornar o processo mais transparente, eficiente e acessível, incentivando cidades menores e mais diversas a se candidatarem para sediar o evento.
Além disso, ela considera fundamental repensar o modelo econômico que rege os Jogos, buscando formas de garantir que o evento se torne mais sustentável e acessível a longo prazo.
Por fim, a tecnologia, segundo Coventry, pode também criar conexões únicas com torcedores de diferentes realidades, permitindo que escolham suas próprias formas de vivenciar os Jogos.
O post A visão de Kirsty Coventry, nova presidente do COI apareceu primeiro em MKT Esportivo.