A exuberância americana continua: para gestores, empresas mais valiosas do mundo são dos EUA e valem o investimento

Especialistas afirmam durante o TAG Summit que as empresas americanas podem sair fortalecidas da guerra comercial travada pelo presidente norte-americano The post A exuberância americana continua: para gestores, empresas mais valiosas do mundo são dos EUA e valem o investimento appeared first on Seu Dinheiro.

Mai 7, 2025 - 00:55
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A exuberância americana continua: para gestores, empresas mais valiosas do mundo são dos EUA e valem o investimento

O efeito da guerra de tarifas de Donald Trump tem sido pesada sobre os mercados. O dólar enfraqueceu, os títulos do Tesouro americano perderam valor com os investidores exigindo mais prêmio para investir nos EUA e a bolsa de Nova York está ainda mais volátil. 

Entretanto, isso não derruba a tese do excepcionalismo norte-americano para os gestores que participaram do painel de investimento internacional da TAG Summit, realizado nesta terça-feira (6). 

Tito Ávila, sócio-fundador da LIS Capital, argumenta que a força dos Estados Unidos como uma grande potência no mercado de capitais e financeiro global não se construiu da noite para o dia e não será destruída da noite para o dia também. 

“Os EUA continuam sendo um país privilegiado para geração de negócios e geração de valor para o acionista”, disse ele ao citar questões regulatórias e jurídicas que favorecem o empreendedorismo no país. 

“No nosso trabalho ficamos olhando para telas o tempo todo e mudamos de opinião muito rapidamente. Mas nada disso é duradouro”, afirmou Ávila. 

Ações dos EUA ou ações globais? 

Palestrantes durante painel internacional na TAG Summit 2025. Foto: Reprodução

Para Bruno Waga, sócio e co-gestor da estratégia de ações globais da Opportunity, não se trata de investir nos Estados Unidos ou em empresas americanas, mas em ações globais. 

“Por convenção, chamamos de empresas americanas porque foram fundadas no país e estão listadas lá, mas não são empresas americanas. A maior parte delas são empresas globais, com pelo menos 50% de suas receitas fora dos EUA”, disse Waga. 

O gestor citou exemplos como Netflix (NFLX34), Amazon (AMZN34) e Apple (AAPL34) para exemplificar que são companhias que operam globalmente e não só: são líderes em seus setores em países fora dos EUA. 

Para ele, é natural que a política comercial de Donald Trump tenha surpreendido e cause incertezas, mas a tese dessas empresas não se resume aos Estados Unidos. 

“Existem empresas que tombam no primeiro momento, com a aversão a risco global, mas saem fortalecidas. O Booking (BKNG34), por exemplo, é uma empresa global com grande capacidade de ganhar market share em momentos de crise, porque negócios de turismo locais fecham e migram para o Booking”, disse. 

Trump 2.0 tem mais planos 

Ávila, da LIS Capital, destacou que as tarifas de Donald Trump são apenas a fase 1 do plano do republicano para as mudanças estruturais nos EUA. 

Ao fim desta etapa devem vir os cortes de regulamentações e a reavaliação de déficits fiscais. 

“As tarifas estão dentro de um plano maior e vieram primeiro porque precisam de mais capital político para fazer valer. É a parte mais problemática do plano, enquanto as regulamentações e cortes fiscais devem ser mais bem avaliados pelo mercado”, diz. 

Waga, da Opportunity, também pondera que o republicano já recuou  nas medidas mais drásticas e que as instituições norte-americanas têm pesos e contrapesos para fazer as coisas “voltarem aos eixos” relativamente rápido. 

“Não temos uma previsão de que tudo estará resolvido, as tarifas negociadas, e o mundo volta ao eixo em duas semanas ou três meses. Mas nossa visão para o futuro é construtiva para as ações globais “, afirma. 

Segundo ele, mesmo o dólar mais fraco pode ser uma vantagem competitiva para algumas das empresas americanas com operações transnacionais.

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