3 abordagens para enfiar IA em um produto, da pior à melhor
Existem três maneiras de lançar novidades em um aplicativo ou sistema web que… digamos, são do tipo que “os usuários nem sabiam que precisavam”, como as baseadas em inteligência artificial generativa.

Existem três maneiras de lançar novidades em um aplicativo ou sistema web que… digamos, são do tipo que “os usuários nem sabiam que precisavam”, como as baseadas em inteligência artificial generativa. Da pior para a melhor:
- Enfie goela abaixo, doa a quem doer. No final de fevereiro, o Discord lançou alguns “apps” de imagens com IA que não podem ser desativados e têm carta branca para vandalizar, digo, editar qualquer imagem em um servidor. Péssimo.
- Ops, ativamos sem querer. A Apple Intelligence é, por padrão, opcional. A princípio, era “opt-in”, ou seja, vinha desativada por padrão, ativava quem quisesse. Isso mudou no iOS 18.3, quando passou a ser “opt-out” (vem ativada, desative se quiser) e, em alguns casos, atualizações menores do sistema como a desta semana (18.3.2) reativam a IA nos dispositivos de quem optou por não usá-la. Péssimo.
- Opcional de verdade. Goste ou não de IA, estamos num momento em que a experimentação com a tecnologia por parte das empresas parece irresistível. O DuckDuckGo não foge à regra, mas está fazendo do melhor jeito possível. (Ou do menos pior.) As respostas de IA aparecem, por padrão, em ~20% das consultas (em inglês) e o chatbot é opcional e jamais aparece sem ser chamado. Para completar, nas configurações dá para desativar por completo ambos os recursos.
O DuckDuckGo define sua abordagem em relação à IA de “privada, útil e opcional”, e faz jus ao significado de cada uma dessas três palavras.