Vacina da gripe: quem pode tomar no posto? Quanto custa na rede privada? Tire dúvidas

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Abr 9, 2025 - 02:27
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Vacina da gripe: quem pode tomar no posto? Quanto custa na rede privada? Tire dúvidas

O Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira, 7, a campanha nacional de vacinação contra a gripe. A pasta adquiriu 73,6 milhões de doses da vacina e tem a meta de imunizar 90% dos integrantes dos grupos prioritários.

A campanha de vacinação será dividida em duas etapas: no primeiro semestre, a imunização ocorrerá nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste; já no segundo semestre, a vacinação será realizada na região Norte, durante o chamado “Inverno Amazônico”, período de maior circulação do vírus. Não há uma data prevista para o fim da ação.

O imunizante é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e óbitos, e também é oferecido na rede particular. Veja a seguir quem pode ser vacinado nas unidades básicas de saúde (UBSs), quais os efeitos adversos e qual o valor da dose em clínicas e farmácias.

Quem pode tomar a vacina no posto de saúde?

O grupo prioritário é formado por crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos a partir de 60 anos, devido à maior vulnerabilidade desses grupos a complicações decorrentes da infecção pelo vírus influenza.

Além deles, o público-alvo da campanha inclui:

– trabalhadores da Saúde

– puérperas

– professores dos ensinos básico e superior

– indígenas

– pessoas em situação de rua

– profissionais das forças de segurança e de salvamento

– profissionais das Forças Armadas;

– pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade)

– pessoas com deficiência permanente

– caminhoneiros;

– trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso)

– trabalhadores portuários

– funcionários do sistema de privação de liberdade

– população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos)

Existem restrições?

Não há restrições para a aplicação do imunizante. A única exceção, segundo Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), é para pessoas com alergia anafilática a algum dos componentes da fórmula.

A gripe pode ser uma doença grave?

“A gripe é uma doença que mata milhares de pessoas todos os anos. Uma característica da gripe é a mutação dos vírus. Você pode ter gripe da hora que nasce até a hora que morre. Pode acontecer até duas vezes no mesmo ano. Não é uma doença que dá uma imunidade definitiva, por isso há tantos casos todos os anos”, destaca Mônica.

Além dos óbitos, o influenza pode causar uma série de complicações, de acordo com a médica. Inúmeros estudos mostram o aumento do risco de complicações cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), além de problemas pulmonares. A gripe também descompensa doenças de base. “Em uma pessoa que tem diabetes controlada e tem a infecção, a doença crônica pode ficar irregular de novo”, diz.

É verdade que a vacina da gripe pode causar a doença?

Não. Segundo Rosana Richtmann, infectologista e consultora de vacinas da Dasa, é impossível que a vacina cause a doença, do ponto de vista biológico. “A vacina é feita com o vírus morto, inativado”.

“Mas, como na mesma época em que a gente toma a vacina existem outros vírus respiratórios em circulação, como o metapneumovírus não é incomum a coincidência temporal, tomar uma vacina de influenza e, eventualmente, ter alguma outra infecção por outro vírus respiratório”, acrescenta.

A vacina causa efeitos adversos?

A vacina pode ocasionar alguns efeitos adversos, como dor, vermelhidão e desconforto no local da aplicação. Os sintomas, normalmente, duram entre 24h e 48h. Eventos sistêmicos, como dor de cabeça, dor no corpo ou algum tipo de mal-estar são muito menos comuns, afirma Rosana.

É realmente necessário se vacinar todo ano?

Sim. “Levando em consideração que os vírus mutam e que podemos pegar gripe mais de uma vez ao ano, é importante que se faça a vacinação anualmente, de acordo com a atualização das cepas feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, pontua Mônica.

Ela alerta que muitas pessoas costumam deixar a vacinação para o fim do ano – entre setembro e novembro -, quando se preparam para viajar ao hemisfério norte, onde é inverno nesse período.

“A proteção da vacina dura, em média, seis meses. E você não está recebendo um reforço anual, está recebendo a vacina do ano (com as cepas atualizadas). Por isso, quem se imunizou no segundo semestre do ano passado já deve tomar a nova dose agora – não é necessário esperar completar um ano. O ideal é se vacinar antes do aumento da circulação dos vírus, e esse aumento já começou. Não há por que adiar. Não precisa ficar esperando completar um ano”, orienta Mônica.

A vacina do posto é a mesma encontrada na rede particular?

Não. Existem três imunizantes disponíveis no mercado brasileiro: a trivalente, a quadrivalente e a Efluelda. O ministério oferta a vacina trivalente, que protege contra os vírus Influenza A (H1N1 e H3N2) e Influenza B. A versão quadrivalente, além de proteger contra os mesmos vírus, também imuniza contra a linhagem B/Yamagata.

Mônica, no entanto, afirma que as duas versões quase não possuem diferenças práticas. “O Yamagata sumiu do mapa. Desde 2020 ele não vem sendo detectado. Neste momento, não há diferenças em termos de abrangência entre a vacina trivalente e a quadrivalente”, explica.

Já a Efluelda é destinada exclusivamente ao público idoso. “É uma vacina de alta dosagem. Pessoas com mais de 60 anos são mais vulneráveis a infecções mais graves e precisam de uma proteção melhor. Então, desenvolveram uma vacina específica para esse público, para dar uma proteção mais robusta”, detalha Rosana.

Qual o preço da dose na rede privada?

Em clínicas particulares, as vacinas trivalente e quadrivalente custam entre R$ 100 e R$ 150. A dose da Efluelda fica em torno de R$ 300.

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