The Last of Us | 10 Fatos sobre Abby
O grande destaque da segunda temporada da série O post The Last of Us | 10 Fatos sobre Abby apareceu primeiro em O Vício.

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Abby Anderson é uma das personagens mais polêmicas e complexas de The Last of Us Part II. Introduzida inicialmente como a figura que representa a vingança de uma história marcada por perdas, ela logo se torna o centro de uma narrativa profunda sobre perdão, culpa e o ciclo interminável de violência. Agora, todo um novo público está conhecendo essa personagem através da adaptação da HBO.
No vídeo de hoje, vamos explorar 10 fatos sobre Abby, revelando desde os bastidores da criação do seu visual até os momentos mais impactantes de sua trajetória, que mexeu profundamente com a comunidade gamer.
O rosto por trás da vingança

O visual de Abby Anderson não foi criado do zero. Seu rosto foi modelado a partir de Jocelyn Mettler, uma artista de efeitos visuais que já trabalhou na Naughty Dog. Embora não seja uma atriz, Jocelyn acabou se tornando uma peça importante no design da personagem, emprestando suas feições para dar vida a uma das figuras mais polêmicas do universo de The Last of Us.
Já sobre sua intérprete, originalmente Neil Druckmann queria especificamente evitar escalar Laura Bailey devido à sua proliferação de papéis. Porém, ao revisar sua fita de audição, ele ficou impressionado com a forma como Bailey havia explorado a vulnerabilidade de Abby, enquanto outros atores enfatizaram sua raiva. Assim, ela ganhou o papel.
A construção física da personagem

O físico imponente de Abby em The Last of Us Part II foi inspirado na atleta de crossfit Colleen Fotsch, escolhida pela Naughty Dog para servir como base corporal da personagem. A decisão não foi estética, mas sim narrativa: Abby passou anos se preparando fisicamente para buscar vingança, e seu corpo precisava refletir isso. Desde jovem, ela treinava intensamente com os Vagalumes e, mais tarde, manteve esse ritmo como integrante da WLF.
Essa representação realista e fora dos padrões tradicionais causou polêmica na comunidade gamer. Enquanto muitos elogiaram a coragem da desenvolvedora em mostrar uma mulher musculosa como protagonista, outros questionaram a verossimilhança de uma mulher ter um corpo daqueles em um apocalipse.
A escolha do taco de golfe

A decisão de Abby usar um taco de golfe para matar Joel não foi aleatória. O diretor Neil Druckmann revelou que originalmente Joel seria morto com uma faca, mas essa arma estava muito associada a Ellie. Buscando uma alternativa, Druckmann lembrou de um acidente pessoal em que foi atingido por um taco de golfe na cabeça, resultando em 30 pontos de sutura. Esse evento inspirou a escolha da arma na história, adicionando um significado mais profundo à cena.
Mudança na motivação

Uma iteração inicial da história trazia uma jovem Abby jurando vingança após testemunhar um ataque ao seu grupo por Joel e Tommy, que eram caçadores na época (nos 20 anos não contados do primeiro jogo). Conforme a história e seu tema de violência se desenvolviam, os escritores acharam mais interessante que o pai de Abby tivesse sido morto pelo jogador no primeiro jogo e estivesse diretamente ligado às ações de Joel. Assim, a conexão entre os dois jogos seria maior, e também a imersão do jogador, que afinal, cometeu aquele ato na pele de Joel.
Mudança na série

Em The Last of Us Part II, a identidade e as motivações de Abby permanecem um mistério durante as primeiras horas de jogo. Os jogadores a conhecem inicialmente como uma figura enigmática, e só mais tarde descobrem que ela é filha do cirurgião dos Vaga-lumes morto por Joel no final do primeiro jogo. Essa revelação tardia é uma escolha narrativa deliberada, projetada para provocar uma reavaliação das ações de Joel e das consequências de suas decisões.
No entanto, a adaptação televisiva da HBO optou por uma abordagem diferente. Na segunda temporada da série, as motivações de Abby são reveladas logo no segundo episódio. A série apresenta flashbacks do ponto de vista de Abby, mostrando sua dor pela perda do pai e sua busca por vingança contra Joel. Essa mudança narrativa visa fornecer ao público uma compreensão imediata das razões por trás das ações de Abby, promovendo empatia e aprofundando a complexidade moral da história desde o início.
Um medo que te paralisa
Apesar de sua aparência forte e seu treinamento militar, Abby sofre de acrofobia — o medo de altura. E não é um simples desconforto: a condição dela é severa, a ponto de provocar vertigem. Durante o gameplay de The Last of Us Part II, essa fobia se torna um elemento narrativo integrado à jogabilidade.
Os desenvolvedores criaram um sistema visual específico para representar o medo de Abby. Sempre que o jogador se aproxima de uma saliência em grandes altitudes, a câmera se afasta e o campo de visão se altera, simulando a vertigem que ela sente.
O final que (quase) foi

O destino de Abby quase foi outro. Durante os rascunhos iniciais do roteiro, Neil Druckmann e Halley Gross consideraram seriamente que Ellie matasse Abby na luta final. A cena, que já é carregada de tensão e simbolismo, poderia ter se encerrado com um desfecho fatal, entregando ao público uma vingança completa — mas também um vazio brutal.
Essa decisão foi repensada justamente porque quebrava um dos temas centrais do jogo: o ciclo interminável de ódio. Ao deixar Abby viver, The Last of Us Part II reforça a ideia de que a violência nunca traz real fechamento. Ellie abdica da vingança num gesto de resignação, e o que sobra é o silêncio — mais poderoso do que qualquer golpe final. É um dos momentos mais controversos e, ao mesmo tempo, mais comentados da história dos videogames.
O sacrifício que une Ellie e Abby
Durante um dos flashbacks mais significativos de Abby no jogo, ela tem uma conversa com seu pai, Jerry Anderson, o cirurgião dos Vaga-lumes. É nesse momento que ele admite estar prestes a sacrificar a vida de Ellie para desenvolver uma possível cura para o Cordyceps. O diálogo, sutil e rápido, pode passar despercebido por muitos jogadores — especialmente por aqueles que não se conectaram com a personagem. Mas é ali que Abby diz algo impactante: que ela aceitaria morrer se estivesse no lugar de Ellie.
Curiosamente, essa fala estabelece um paralelo inesperado entre Abby e Ellie. Afinal, descobrimos que Ellie também queria ser sacrificada — ela acreditava que sua morte teria significado se pudesse salvar o mundo. Isso mostra que, apesar de estarem em lados opostos do conflito, as duas compartilham uma mesma disposição para se doar em nome de algo maior.
Abby provavelmente encontrará os vaga-lumes

A conversa de rádio de Abby é facilmente ofuscada pelo sequestro dela no final do jogo; no entanto, os fãs devem ter cuidado para não se esquecerem desse ponto da trama, pois ele pode ser aprofundado em um futuro título de The Last of Us .
Antes de Abby e Lev serem capturados, eles têm uma breve conversa por rádio com alguns Vaga-lumes restantes, o que pode levar Abby a encontrá-los em algum momento no futuro. Isso seria um ponto interessante na trama, especialmente se Ellie também encontrasse esses Vaga-lumes e eles tivessem a chance de se encontrar em condições menos hostis.
A controvérsia
Laura Bailey, responsável pela voz e captura de movimentos de Abby, tornou-se alvo de ameaças de morte e mensagens de ódio após o lançamento do jogo. A Naughty Dog condenou publicamente essas ameaças, e Bailey recebeu apoio de colegas como James Gunn, Ashley Johnson e Craig Mazin.
Além disso, Jocelyn Mettler, cujo rosto serviu de modelo para a personagem, também enfrentou assédio online. Embora não seja atriz, Mettler foi associada à personagem por sua aparência, tornando-se alvo de críticas e mensagens negativas por parte de alguns fãs. Jocelyn, no entanto, fez uma limonada com esses limões, e até aparecia fazendo cosplay de Abby.
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