Taxa de desemprego nos Estados Unidos manteve-se nos 4,2% em março

O emprego total, não agrícola, aumentou em 228 mil nos Estados Unidos, em março.

Abr 4, 2025 - 17:40
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Taxa de desemprego nos Estados Unidos manteve-se nos 4,2% em março

O emprego total, não agrícola, aumentou em 228 mil, em março, nos Estados Unidos, enquanto que a taxa de desemprego ficou em 4,2%, permanecendo praticamente inalterada, de acordo com instituto de estatística de trabalho norte-americano.

“Ocorreram ganhos de emprego na saúde, na assistência social e no transporte e armazenagem, comércio a retalho, refletindo em parte o regresso dos trabalhadores da greve. O emprego público federal desceu”, referiu o mesmo instituto.

O número de desempregados, em março, manteve-se em 7,1 milhões, permanecendo inalterado, enquanto que a taxa de desemprego tem variado entre os 4% e os 4,2% desde maio.

“Entre os principais grupos de trabalhadores, as taxas de desemprego para homens adultos (3,8%), mulheres adultas
(3,7%), adolescentes (13,7%), brancos (3,7%), negros (6,2%), asiáticos (3,5%) e os hispânicos (5,1%) apresentaram pouca ou nenhuma alteração em Março”, referiu o instituto de estatística de trabalho dos Estados Unidos.

O número de desempregados de longa duração (pessoas sem emprego há 27 ou mais semanas), atingiu os 1,5 milhões, mantendo-se inalterado. “Os desempregados de longa duração representavam 21,3% do total de desempregados”, avançou o instituto.

A taxa de participação da força de trabalho ficou nos 62,5%, registando poucas alterações ao longo do mês e do ano. “A relação emprego-população situou-se em 59,9% em março”, salientou o instituto.

“O número de pessoas empregadas a tempo parcial por razões económicas, situou-se nos 4,8 milhões, e sofreu poucas alterações em março”, acrescentou o mesmo instituto. Aqui inclui-se os indivíduos que teriam preferido um emprego a tempo inteiro, mas que estavam a trabalhar a tempo parcial porque tiveram as suas horas reduzidas ou não conseguiram encontrar empregos a tempo inteiro.

O número de pessoas que não estão na força de trabalho e que atualmente desejam um emprego ficou em 5,9 milhões, em março, ficando praticamente inalterado. “Estes indivíduos não foram contabilizados como desempregados porque não procuraram ativamente trabalho durante as quatro semanas anteriores ao inquérito ou não estavam disponíveis para arranjar um emprego”, explica o instituto.

O instituto diz ainda que entre os indivíduos que não estavam na força de trabalho e queriam um emprego mas que estavam marginalmente ligadas à força de trabalho, fixaram-se em 1,7 milhões de pessoas, e permaneceram praticamente inalterados. “Estes indivíduos queriam e estavam disponíveis para trabalhar e tinha procurado emprego em algum momento nos 12 meses anteriores mas não procuraram trabalho nas quatro semanas anteriores ao inquérito. O número de trabalhadores que se encontravam desencorajados, que é um subconjunto dos marginalmente vinculados [à força de trabalho] que acreditavam que não haviam empregos disponíveis, pouco se alterou ficando nos 509 mil em março”, disse o instituto.

O emprego total não agrícola nos Estados Unidos aumentou 228 mil, em março, e ficou acima da média mensal de ganhos que ficou em 158 mil nos 12 meses anteriores.

Na saúde foram criados 54 mil empregos, em março, ficando em linha com o ganho médio mensal de 52 mil, face ao ano anterior. “Ao longo do mês, o emprego continuou a aumentar nos serviços de assistência na área da saúde ambulatória (+20.000), hospitais (+17.000) e instalações de enfermagem e cuidados residenciais (+17.000).

O emprego na assistência social subiu em 24 mil pessoas ficando acima da média mensal de 19 mil nos 12 meses anteriores. “Ao longo de março foram acrescentados nos serviços individuais e familiares 22 mil empregos”, diz o instituto.

O comércio a retalho acrescentou 24 mil postos de trabalho em março. O setor do retalho de bebidas e comida teve um ganho de 21 mil empregos, influenciado pelo regresso dos trabalhadores de greve. “Os retalhistas de mercadorias perderam cinco mil pessoas”, salienta o instituto.

O emprego nos transportes e armazenagem subiu 23 mil, quando nos últimos 12 meses a média tinha sido de 12 mil.
“Em março, o aumento de empregos nos correios e mensageiros (+16.000) e transporte de camiões (+10.000) foram parcialmente compensados ​​pela perda de postos de trabalho na armazenagem e depósito (-9.000)”, explica o instituto.

O emprego no governo federal norte-americano teve uma queda de quatro mil, depois das perdas de 11 mil, em fevereiro.

Existiram poucas alterações no emprego em setores como a mineração, extração de pedreiras e de petróleo e gás; construção; manufatura; comércio; Informação; atividades financeiras; serviços profissionais e empresariais; lazer e hospitalidade.

Os rendimentos médios por hora nos empregos não agrícolas subiram 0,3%, ou 0,09 dólares, para os 36 dólares.
“Nos últimos 12 meses, os ganhos médios por hora aumentaram 3,8%. Em março, os rendimentos horários médios da produção e do trabalho do setor privado não supervisionado subiu 0,05 dólares, ou 0,2%, para os 30,96 dólares”, referiu o instituto.

A semana média de trabalho no emprego não agrícola manteve-se inalterada, em março, nas 34,2 horas. “Na indústria, a semana de trabalho média pouco se alterou, situando-se nas 40,2 horas, e as horas extraordinárias mantiveram-se inalteradas em 2,9 horas. A semana de trabalho média para a produção e o setor privado não supervisionado não agrícola aumentou 0,2 horas para as 33,8 horas em março”, referiu o instituto.