‘Tá limpando o salão?’ Cutucar o nariz pode aumentar risco de você ter doença mental

Um estudo recente realizado por cientistas australianos apontou que um hábito aparentemente comum, mas realizado frequentemente de forma secreta, pode aumentar as chances de desenvolvimento da doença de Alzheimer. A pesquisa, conduzida por especialistas da Universidade Griffith, sugere que o ato de cutucar o nariz pode estar relacionado ao acúmulo de proteínas prejudiciais no cérebro, […]

Abr 2, 2025 - 11:03
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‘Tá limpando o salão?’ Cutucar o nariz pode aumentar risco de você ter doença mental

Limpar nariz com o dedo pode aumentar chances de Alzheimer

Um estudo recente realizado por cientistas australianos apontou que um hábito aparentemente comum, mas realizado frequentemente de forma secreta, pode aumentar as chances de desenvolvimento da doença de Alzheimer. A pesquisa, conduzida por especialistas da Universidade Griffith, sugere que o ato de cutucar o nariz pode estar relacionado ao acúmulo de proteínas prejudiciais no cérebro, o que pode desencadear a doença neurodegenerativa.

Impacto no cérebro: o que acontece ao cutucar o nariz?

Os cientistas descobriram que o ato de cutucar o nariz pode danificar a proteção natural dos tecidos internos, facilitando a entrada de bactérias nocivas no cérebro. Esse processo desencadeia uma resposta cerebral semelhante àquela observada em pessoas com Alzheimer, uma doença que prejudica a memória e a função cognitiva com o passar dos anos.

A pesquisa usou camundongos para analisar a ação da bactéria Chlamydia pneumoniae, um germe que, além de provocar pneumonia, foi encontrado em cérebros de pessoas com demência de início tardio. Esse microorganismo, ao entrar pelo nariz, pode percorrer o nervo responsável pela conexão entre a cavidade nasal e o cérebro, gerando danos ao sistema nervoso central.

Alzheimer e o risco de infecção bacteriana no cérebro

A infecção causada por essa bactéria no cérebro leva à deposição de proteínas beta-amiloides, substâncias associadas à formação de placas características da doença de Alzheimer. “Fomos os primeiros a demonstrar que a Chlamydia pneumoniae pode entrar diretamente no cérebro pelo nariz e desencadear patologias semelhantes ao Alzheimer”, explicou o co-autor do estudo, professor James St John.

Ele destacou que, apesar de os testes terem sido feitos com camundongos, é possível que o mesmo mecanismo ocorra em humanos. Os pesquisadores alertam que a invasão da bactéria no sistema nervoso central dos roedores ocorreu de maneira alarmante, entre 24 a 72 horas após a infecção.