Sempre com Moscovo, nunca com Kiev
A bancada do PCP rompeu ontem uma praxe parlamentar recusando aplaudir uma delegação de deputados da Ucrânia em visita a Lisboa, acompanhada da embaixadora de Kiev no nosso país, Maryna Mykhailenko. Enquanto os representantes dos restantes partidos se levantaram para o habitual gesto de cortesia aos visitantes na galeria dos convidados da Assembleia da República, Alfredo Maia, António Filipe e Paula Santos permaneceram nos seus lugares, indiferentes à presença daqueles deputados, todos membros do Grupo de Amizade Portugal-Ucrânia. Atitude miserável, mas nada surpreendente. A 24 de Fevereiro, o PCP esteve igualmente isolado ao recusar participar num minuto de silêncio no hemiciclo em memória das vítimas da guerra, no terceiro aniversário da invasão da Ucrânia pelas forças bélicas da Federação Russa. A 28 de Fevereiro, rejeitou associar-se a um voto de solidariedade com o povo ucraniano apresentado também na sala de sessões do parlamento pelo presidente deste órgão. O documento redigido por Aguiar-Branco exprimia «o compromisso de Portugal para com a construção de uma paz justa, que preserve a ordem internacional baseada em regras, proteja a soberania e a integridade territorial dos Estados e assegure o respeito pelos direitos humanos, pela liberdade e pela democracia». No final da votação, todos os deputados aplaudiram de pé. Todos? Todos não: os comunistas permaneceram sentados. Solidários com Moscovo, jamais com Kiev. Comportam-se como vassalos de Putin, comungando da devoção beata de Álvaro Cunhal pela Rússia, que o histórico dirigente comunista venerava como «o sol da Terra». Leitura complementar: A "linguagem de rua" no blog

A bancada do PCP rompeu ontem uma praxe parlamentar recusando aplaudir uma delegação de deputados da Ucrânia em visita a Lisboa, acompanhada da embaixadora de Kiev no nosso país, Maryna Mykhailenko. Enquanto os representantes dos restantes partidos se levantaram para o habitual gesto de cortesia aos visitantes na galeria dos convidados da Assembleia da República, Alfredo Maia, António Filipe e Paula Santos permaneceram nos seus lugares, indiferentes à presença daqueles deputados, todos membros do Grupo de Amizade Portugal-Ucrânia.
Atitude miserável, mas nada surpreendente.
A 24 de Fevereiro, o PCP esteve igualmente isolado ao recusar participar num minuto de silêncio no hemiciclo em memória das vítimas da guerra, no terceiro aniversário da invasão da Ucrânia pelas forças bélicas da Federação Russa.
A 28 de Fevereiro, rejeitou associar-se a um voto de solidariedade com o povo ucraniano apresentado também na sala de sessões do parlamento pelo presidente deste órgão. O documento redigido por Aguiar-Branco exprimia «o compromisso de Portugal para com a construção de uma paz justa, que preserve a ordem internacional baseada em regras, proteja a soberania e a integridade territorial dos Estados e assegure o respeito pelos direitos humanos, pela liberdade e pela democracia».
No final da votação, todos os deputados aplaudiram de pé. Todos? Todos não: os comunistas permaneceram sentados. Solidários com Moscovo, jamais com Kiev.
Comportam-se como vassalos de Putin, comungando da devoção beata de Álvaro Cunhal pela Rússia, que o histórico dirigente comunista venerava como «o sol da Terra».
Leitura complementar: A "linguagem de rua" no blog