Questionado pelos EUA, governo brasileiro diz que não classifica facções criminosas do país como terroristas

Segundo o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sabburro, as facções não se encaixam na definição de terrorismo, nos termos da Constituição do Brasil. O governo brasileiro disse ao chefe interino de coordenação do Departamento de Sanções dos Estados Unidos, David Gamble, que as organizações criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho não são classificadas como terroristas. A fala foi feita nesta terça-feira (7), em uma reunião no Ministério da Justiça, após questionamento da comitiva americana. Segundo o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sabburro, as facções não se encaixam na definição de terrorismo, nos termos da Constituição Brasileira. “O conceito de terrorismo é diverso, na medida em que estas organizações criminosas não têm qualquer viés ideológico, não têm qualquer viés político, religioso, não querem mudar o sistema, muito pelo contrário, que elas pretendem a prática de infrações penais, lavagem de dinheiro. O Brasil hoje padece, como de fato vários países do mundo padecem, com esse problema das organizações criminosas”, afirmou o secretário. Assim, de acordo com o direito brasileiro, não seria adequado classificar essas organizações como organizações terroristas. Atualmente, o Brasil se ampara em duas leis federais que tratam especificamente de crime organizado e de facções criminosas. Elas definem o conceito de organização criminosa e estabelece penas para quem integra, promove ou financia essas estruturas. Além de abordar a prevenção e repressão de ações praticadas por essas organizações. Como PEC da Segurança propõe combater facções, roubo de celulares, 'cangaço' e feminicídio Comitiva dos EUA no Brasil A delegação do governo Donald Trump desembarcou em Brasília, na segunda-feira (5) para uma série de reuniões bilaterais com autoridades brasileiras sobre combate a organizações criminosas transnacionais. A comitiva é liderada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções do governo norte-americano, e vai discutir programas voltados ao enfrentamento do terrorismo e do tráfico de drogas.

Mai 8, 2025 - 02:36
 0
Questionado pelos EUA, governo brasileiro diz que não classifica facções criminosas do país como terroristas
Segundo o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sabburro, as facções não se encaixam na definição de terrorismo, nos termos da Constituição do Brasil. O governo brasileiro disse ao chefe interino de coordenação do Departamento de Sanções dos Estados Unidos, David Gamble, que as organizações criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho não são classificadas como terroristas. A fala foi feita nesta terça-feira (7), em uma reunião no Ministério da Justiça, após questionamento da comitiva americana. Segundo o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sabburro, as facções não se encaixam na definição de terrorismo, nos termos da Constituição Brasileira. “O conceito de terrorismo é diverso, na medida em que estas organizações criminosas não têm qualquer viés ideológico, não têm qualquer viés político, religioso, não querem mudar o sistema, muito pelo contrário, que elas pretendem a prática de infrações penais, lavagem de dinheiro. O Brasil hoje padece, como de fato vários países do mundo padecem, com esse problema das organizações criminosas”, afirmou o secretário. Assim, de acordo com o direito brasileiro, não seria adequado classificar essas organizações como organizações terroristas. Atualmente, o Brasil se ampara em duas leis federais que tratam especificamente de crime organizado e de facções criminosas. Elas definem o conceito de organização criminosa e estabelece penas para quem integra, promove ou financia essas estruturas. Além de abordar a prevenção e repressão de ações praticadas por essas organizações. Como PEC da Segurança propõe combater facções, roubo de celulares, 'cangaço' e feminicídio Comitiva dos EUA no Brasil A delegação do governo Donald Trump desembarcou em Brasília, na segunda-feira (5) para uma série de reuniões bilaterais com autoridades brasileiras sobre combate a organizações criminosas transnacionais. A comitiva é liderada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções do governo norte-americano, e vai discutir programas voltados ao enfrentamento do terrorismo e do tráfico de drogas.