Putin recusa pressão e pede acordo direto com a Ucrânia

Líder russo rejeita ultimato europeu por cessar-fogo e propõe conversas diretas com Kiev, mantendo postura firme contra sanções O presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou um ultimato de líderes europeus para aceitar um cessar-fogo com a Ucrânia ou enfrentar novas sanções, mas propôs negociações diretas com Kiev ainda nesta semana, informou o jornal britânico The Guardian […] O post Putin recusa pressão e pede acordo direto com a Ucrânia apareceu primeiro em O Cafezinho.

Mai 11, 2025 - 20:06
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Putin recusa pressão e pede acordo direto com a Ucrânia

Líder russo rejeita ultimato europeu por cessar-fogo e propõe conversas diretas com Kiev, mantendo postura firme contra sanções


O presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou um ultimato de líderes europeus para aceitar um cessar-fogo com a Ucrânia ou enfrentar novas sanções, mas propôs negociações diretas com Kiev ainda nesta semana, informou o jornal britânico The Guardian neste sábado (11).

Putin afirmou que a possibilidade de um acordo de trégua pode ser discutida durante as conversas, segundo a agência Xinhua. Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou neste domingo que a Ucrânia espera que a Rússia confirme um cessar-fogo “total e duradouro” a partir de 12 de maio e está pronta para iniciar diálogos, de acordo com The Kyiv Independent.

Zelensky classificou a proposta russa de retomar as negociações como um “sinal positivo”, reportou a Xinhua.

Líderes do Reino Unido, França, Alemanha e Polônia teriam dado a Putin até esta segunda-feira para aceitar um cessar-fogo incondicional de 30 dias, sob ameaça de mais sanções e envio de armas à Ucrânia, em uma medida descrita pela mídia como um “ultimato”, segundo The Guardian.

“Estamos propondo que Kiev retome negociações diretas, sem pré-condições”, disse Putin a jornalistas, sugerindo que os diálogos ocorram já nesta quinta-feira em Istambul, conforme relatado pela Al Jazeera. O líder russo afirmou ainda que conversaria com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, no domingo para articular as negociações.

Nos EUA, o ex-presidente Donald Trump comentou a proposta, dizendo que continuará trabalhando “com ambos os lados” para encerrar o conflito. “Um dia potencialmente grande para Rússia e Ucrânia!”, escreveu em sua plataforma Truth Social, segundo o Barrons.

Rússia retoma iniciativa diplomática após celebrações históricas

Após as comemorações do 80º aniversário da vitória na Grande Guerra Patriótica (Segunda Guerra Mundial), a Rússia voltou sua atenção para o conflito na Ucrânia, explicou Cui Heng, especialista do China National Institute for SCO International Exchange and Judicial Cooperation, ao Global Times.

Anteriormente, Moscou buscava negociações com os EUA, sem sucesso. Agora, com a criação do Fundo de Reconstrução EUA-Ucrânia, a Rússia sinaliza disposição para dialogar diretamente com Kiev, assumindo a iniciativa nas tratativas, analisou Cui.

Apesar da abertura de ambos os lados, o principal obstáculo são as condições prévias: a Rússia insiste em negociações sem exigências, enquanto a Ucrânia exige que nenhum território adicional seja cedido, incluindo as regiões parcialmente ocupadas, segundo relatos da mídia.

França sinaliza possível envio de tropas, mas impasse territorial persiste

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou no sábado que Paris discute com aliados formas de apoiar militarmente a Ucrânia, incluindo o possível envio de tropas, sem detalhar o escopo da operação, de acordo com a Reuters.

“Estamos trabalhando na presença e na estratégia dos países parceiros. Há coordenação entre os chefes de Estado-Maior francês, britânico e ucraniano”, disse Macron ao Le Parisien, acrescentando que “o essencial é ter tropas na Ucrânia”.

Para Cui Heng, uma trégua temporária poderia abrir espaço para preparar novas rodadas de negociação e aliviar pressões internas. No entanto, o impasse central permanece: as demandas de segurança da Rússia versus a integridade territorial ucraniana.

Enquanto isso, o mundo aguarda para ver se o diálogo direto em Istambul pode pavimentar um caminho para a paz — ou se será mais um capítulo em um conflito que já se arrasta por mais de dois anos.

Com informações de Global Times*

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