Polícia aponta novo rumo na investigação do caso Vitória com ação de stalker
Perícia feita no celular do principal suspeito do crime indica que ele monitorava os passos da vítima desde 2024

As investigações da Polícia Civil de São Paulo apontam que a adolescente Vitória Regina de Souza, 17 anos, pode ter sido vítima de um perseguidor, também conhecido como stalker. Perícia feita no celular do principal suspeito do crime indica que ele monitorava os passos da vítima desde 2024 e pode ter cometido o crime sozinho.
Segundo informações do programa Fantástico, da TV Globo, Maicol Sales dos Santos — único suspeito preso — viu a postagem de Vitória no ponto de ônibus às 0h06 do dia 27 de fevereiro, cerca de 20 minutos antes de Vitória descer do ônibus no bairro em que morava. Além disso, também foram encontradas diversas fotos da vítima e imagens de facas e revólver no celular dele.
Ao Correio, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que segue com diligências contínuas para identificar e prender todos os envolvidos no crime. Peritos do Instituto de Criminalística estiveram na residência do suspeito preso, utilizando um scanner para identificar possíveis vestígios de sangue.
Além disso, os nove celulares apreendidos foram encaminhados para extração de dados. Os laudos periciais solicitados ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal estão em andamento e, assim que concluídos, serão analisados pela autoridade policial.
Vitória estava desaparecida desde 26 de fevereiro. O corpo dela foi encontrado em 5 de março com sinais de violência em uma área de mata de Cajamar (SP).
O que é stalking?
O crime de perseguição, conhecido popularmente por stalking, entrou no Código Penal por meio da Lei nº 14.132/21. A punição para o crime varia de seis meses a dois anos de reclusão, além de multa, para quem “perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade”.
Como denunciar violência contra mulher?
Diversas instituições atuam no enfrentamento e na prevenção da violência contra a mulher. Além do trabalho da Polícia Militar e da Polícia Civil, há a atuação do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, do Ministério das Mulheres, e também serviços da rede de atendimento e proteção.
- Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher: unidades especializadas da Polícia Civil, que realizam ações de prevenção, proteção e investigação dos crimes de violência doméstica e violência sexual contra as mulheres, entre outros. Acesse os contatos das Delegacias Especializada de Atendimento à Mulher;
- Governo Federal: ligue 180 para denúncias e informações sobre violência doméstica;
- Polícia Militar: ligue 190;
- Ouvidoria Nacional da Mulher do Conselho Nacional de Justiça: (61) 2326-4615;
- Ouvidoria das Mulheres do Conselho Nacional do Ministério Público: (61) 3315-9476 (WhatsApp).
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