Petrobras e BNDES firmam acordo para compra de créditos de carbono e lançam Programa de Restauração Florestal na Amazônia
A Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinam nesta segunda-feira, 31, um Protocolo de Intenções voltado à aquisição de créditos de carbono. A cerimônia, que contará com a presença dos presidentes das duas instituições, Magda Chambriard e Aloizio Mercadante, marca também o lançamento do programa ProFloresta+, voltado à restauração florestal […] O post Petrobras e BNDES firmam acordo para compra de créditos de carbono e lançam Programa de Restauração Florestal na Amazônia apareceu primeiro em O Cafezinho.

A Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinam nesta segunda-feira, 31, um Protocolo de Intenções voltado à aquisição de créditos de carbono.
A cerimônia, que contará com a presença dos presidentes das duas instituições, Magda Chambriard e Aloizio Mercadante, marca também o lançamento do programa ProFloresta+, voltado à restauração florestal na região amazônica.
O acordo tem como objetivo estruturar ações conjuntas para estimular o mercado de carbono e apoiar financeiramente iniciativas relacionadas à compensação de emissões por meio de soluções baseadas na natureza. A iniciativa integra estratégias das duas instituições: a política de transição energética da Petrobras e a agenda de financiamento sustentável do BNDES.
O ProFloresta+ busca fomentar a contratação de créditos de carbono gerados por projetos de restauração florestal em áreas da Amazônia.
A proposta é desenvolver uma cadeia de fornecimento de créditos ambientais certificados, que poderá atrair recursos privados para a conservação ambiental e, ao mesmo tempo, gerar benefícios econômicos para comunidades locais.
De acordo com as instituições, a formalização do protocolo estabelece diretrizes para cooperação técnica e operacional entre Petrobras e BNDES no desenvolvimento de instrumentos financeiros voltados à ampliação do mercado de carbono.
A iniciativa considera como prioridade os projetos que promovam a recuperação de florestas nativas e a preservação da biodiversidade em áreas previamente degradadas.
O programa está alinhado com os compromissos assumidos pelo Brasil em fóruns internacionais sobre mudanças climáticas e com a meta de alcançar a neutralidade de emissões líquidas de carbono até 2050.
A proposta considera o uso de créditos de carbono certificados como um instrumento de compensação para emissões residuais de gases de efeito estufa de empresas ou setores econômicos.
A Petrobras tem adotado medidas para diversificar sua atuação no campo energético e cumprir metas de redução de emissões. A participação em mercados voluntários de carbono é considerada parte da estratégia de transição energética da companhia.
A empresa também tem avaliado projetos de baixo carbono em setores como biocombustíveis, captura e armazenamento de carbono, hidrogênio e energia renovável.
O BNDES, por sua vez, atua no financiamento de projetos com foco ambiental e vem desenvolvendo linhas de crédito e programas de apoio a ações de sustentabilidade.
A instituição financeira também participa de iniciativas de estruturação de mercado de carbono no Brasil, com atuação em parceria com entes públicos e privados.
Segundo informações divulgadas pelas instituições, o ProFloresta+ será desenvolvido em etapas. A primeira fase envolverá a identificação e seleção de projetos aptos a gerar créditos de carbono verificados, com foco em áreas prioritárias da floresta amazônica.
A iniciativa também prevê a elaboração de mecanismos de governança, critérios de elegibilidade e processos de verificação técnica e ambiental.
A segunda etapa será voltada à estruturação de operações financeiras, incluindo instrumentos de aquisição de créditos e eventual apoio a projetos por meio de fundos públicos ou parcerias com investidores privados.
A Petrobras poderá atuar como compradora direta dos créditos gerados, enquanto o BNDES poderá oferecer apoio técnico e financeiro às iniciativas selecionadas.
O acordo também busca garantir que os projetos apoiados promovam benefícios sociais às populações locais, como geração de renda, inclusão produtiva e valorização de práticas tradicionais associadas ao uso sustentável da terra.
Para isso, será considerada a atuação de comunidades, cooperativas, organizações sociais e empresas de impacto na estruturação dos projetos.
A formalização do protocolo ocorre em meio ao avanço das discussões sobre o mercado regulado de carbono no Congresso Nacional e à expectativa de regulamentação do setor no Brasil.
A criação de um sistema nacional de comércio de emissões é apontada por especialistas como uma etapa necessária para atrair investimentos e consolidar o país como fornecedor relevante de créditos de carbono no cenário internacional.
As instituições não divulgaram, até o momento, metas específicas de volume financeiro ou de créditos que serão adquiridos por meio do programa. No entanto, a assinatura do protocolo sinaliza a intenção de consolidar uma atuação conjunta voltada à ampliação da economia de baixo carbono no país.
Com o lançamento do ProFloresta+, Petrobras e BNDES pretendem contribuir para o fortalecimento do mercado voluntário de carbono e ampliar o impacto de iniciativas de restauração florestal. A expectativa é de que o programa estimule novos modelos de parceria entre setor público e privado no campo da sustentabilidade ambiental e climática.
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