Papa Francisco trabalhou muito para aumentar a participação das mulheres na Igreja
Pontífice costumava dizer que a mulher trazia um olhar mais cuidadoso. Em Roma, César Tralli encontrou muitas brasileiras que conviveram diretamente com o papa. Papa Francisco trabalhou muito para aumentar a participação das mulheres na Igreja Reprodução/TV Globo O Papa Francisco trabalhou muito para aumentar a participação das mulheres na Igreja. Costumava dizer que a mulher trazia um olhar mais cuidadoso. Em Roma, César Tralli encontrou muitas brasileiras que conviveram diretamente com ele. A Itália tem dessas coisas: em frente ao castelo de pedra de mais de 2 mil anos, um grupo de brasileiros trabalha para as redes sociais do Vaticano. Um projeto de Francisco para se aproximar especialmente dos mais jovens. "Ele inclusive que dava autorização para as mensagens que vão em algumas redes. Ele sabia em primeira pessoa do que estava acontecendo”, conta Bianca Fraccalvieri, coordenadora das redes sociais do Vaticano para língua portuguesa. Do que morreu o papa Francisco? Como será o funeral? E o conclave? Confira perguntas e respostas No ministério responsável pelas comunicações da Santa Sé: foi de lá também que saiu a notícia devastadora da morte do Santo Padre. " Papa Francisco, todos os dias, era o motivo do nosso trabalho. Foi aquele aperto no coração preparar aquela carta que nós tivemos que publicar com a data de nascimento e a data de falecimento”, diz o jornalista do Vaticano Thulio Fonseca. Uma parte considerável do mundo cabe em um prédio que fica a 700 m da Praça São Pedro. É de lá que o Vaticano transmite informações para os cinco continentes em mais de 50 línguas. Em cada andar é fácil reconhecer com qual idioma você está se comunicando. Bianca Fraccalvieri está à frente de uma equipe de brasileiros agora totalmente dedicada aos detalhes finais do funeral do papa. Bianca conviveu por muitos anos com Francisco. Foi convidada por ele para fazer leituras religiosas nos encontros semanais do papa com funcionários do Vaticano. "Teve uma vez que tinha um vento como esse que a gente está agora e as folhas voaram. E eu estava assim desesperada porque eu queria que pelo menos tivesse ficado a folha que eu ia ler na sequência. E estava. Mas na hora que eu olhei para ele, ele assim, tipo, acontece”, lembra Bianca Fraccalvieri. Dia 31 de outubro de 2024. Um dia muito especial para os brasileiros do Vaticano. O papa foi recebendo um a um, em um encontro privado, e ainda tirou foto com a bandeira do Brasil. Foi da jornalista do Vaticano Andressa Collet a iniciativa de levar a bandeira. Ela, aliás, coleciona recordações emocionantes: "Foi um papa como um pai, que acolheu, que abraçou. Ele abençoou o meu filho Leonardo quando ele tinha um ano de idade. Hoje, ele tem 7. E, depois, o meu filho Lorenzo, que estava na minha barriga. O Papa deu essa abertura extraordinária para as mulheres. Eu, como mãe, me sinto muito mais ligada nele, nestes termos, por ter dado esse passo maior”. "A governadora do Vaticano é uma mulher. A diretora dos museus vaticanos é uma mulher. Inclusive, ele disse isso na semana passada, antes de morrer. Ele disse: ‘Onde estão as mulheres, as coisas funcionam’”, conta Bianca Fraccalvieri. Bianca vai voltar para a Basílica de São Pedro no sábado (26). Ela recebeu a missão toda especial de fazer a leitura de uma mensagem, em português, na última missa antes do enterro do papa na Igreja de Santa Maria Maior. "Papa Francisco, eu posso dizer só que eu amei imensamente, intensamente do primeiro até o último dia do seu pontificado”, diz Bianca Fraccalvieri. LEIA TAMBÉM Vestes vermelhas, terço nas mãos, guarda suíça: a simbologia da primeira foto divulgada do corpo do Papa Francisco Batina branca, caixão simples, pano sobre o rosto: as etapas do funeral e do sepultamento do Papa Francisco Saiba quem é Massimiliano Strappetti, o enfermeiro de quem o Papa Francisco se despediu pouco antes de morrer Especialista em Igreja Católica prevê que próximo papa será europeu e mais 'agregador' que Francisco


Pontífice costumava dizer que a mulher trazia um olhar mais cuidadoso. Em Roma, César Tralli encontrou muitas brasileiras que conviveram diretamente com o papa. Papa Francisco trabalhou muito para aumentar a participação das mulheres na Igreja Reprodução/TV Globo O Papa Francisco trabalhou muito para aumentar a participação das mulheres na Igreja. Costumava dizer que a mulher trazia um olhar mais cuidadoso. Em Roma, César Tralli encontrou muitas brasileiras que conviveram diretamente com ele. A Itália tem dessas coisas: em frente ao castelo de pedra de mais de 2 mil anos, um grupo de brasileiros trabalha para as redes sociais do Vaticano. Um projeto de Francisco para se aproximar especialmente dos mais jovens. "Ele inclusive que dava autorização para as mensagens que vão em algumas redes. Ele sabia em primeira pessoa do que estava acontecendo”, conta Bianca Fraccalvieri, coordenadora das redes sociais do Vaticano para língua portuguesa. Do que morreu o papa Francisco? Como será o funeral? E o conclave? Confira perguntas e respostas No ministério responsável pelas comunicações da Santa Sé: foi de lá também que saiu a notícia devastadora da morte do Santo Padre. " Papa Francisco, todos os dias, era o motivo do nosso trabalho. Foi aquele aperto no coração preparar aquela carta que nós tivemos que publicar com a data de nascimento e a data de falecimento”, diz o jornalista do Vaticano Thulio Fonseca. Uma parte considerável do mundo cabe em um prédio que fica a 700 m da Praça São Pedro. É de lá que o Vaticano transmite informações para os cinco continentes em mais de 50 línguas. Em cada andar é fácil reconhecer com qual idioma você está se comunicando. Bianca Fraccalvieri está à frente de uma equipe de brasileiros agora totalmente dedicada aos detalhes finais do funeral do papa. Bianca conviveu por muitos anos com Francisco. Foi convidada por ele para fazer leituras religiosas nos encontros semanais do papa com funcionários do Vaticano. "Teve uma vez que tinha um vento como esse que a gente está agora e as folhas voaram. E eu estava assim desesperada porque eu queria que pelo menos tivesse ficado a folha que eu ia ler na sequência. E estava. Mas na hora que eu olhei para ele, ele assim, tipo, acontece”, lembra Bianca Fraccalvieri. Dia 31 de outubro de 2024. Um dia muito especial para os brasileiros do Vaticano. O papa foi recebendo um a um, em um encontro privado, e ainda tirou foto com a bandeira do Brasil. Foi da jornalista do Vaticano Andressa Collet a iniciativa de levar a bandeira. Ela, aliás, coleciona recordações emocionantes: "Foi um papa como um pai, que acolheu, que abraçou. Ele abençoou o meu filho Leonardo quando ele tinha um ano de idade. Hoje, ele tem 7. E, depois, o meu filho Lorenzo, que estava na minha barriga. O Papa deu essa abertura extraordinária para as mulheres. Eu, como mãe, me sinto muito mais ligada nele, nestes termos, por ter dado esse passo maior”. "A governadora do Vaticano é uma mulher. A diretora dos museus vaticanos é uma mulher. Inclusive, ele disse isso na semana passada, antes de morrer. Ele disse: ‘Onde estão as mulheres, as coisas funcionam’”, conta Bianca Fraccalvieri. Bianca vai voltar para a Basílica de São Pedro no sábado (26). Ela recebeu a missão toda especial de fazer a leitura de uma mensagem, em português, na última missa antes do enterro do papa na Igreja de Santa Maria Maior. "Papa Francisco, eu posso dizer só que eu amei imensamente, intensamente do primeiro até o último dia do seu pontificado”, diz Bianca Fraccalvieri. LEIA TAMBÉM Vestes vermelhas, terço nas mãos, guarda suíça: a simbologia da primeira foto divulgada do corpo do Papa Francisco Batina branca, caixão simples, pano sobre o rosto: as etapas do funeral e do sepultamento do Papa Francisco Saiba quem é Massimiliano Strappetti, o enfermeiro de quem o Papa Francisco se despediu pouco antes de morrer Especialista em Igreja Católica prevê que próximo papa será europeu e mais 'agregador' que Francisco