Operação Picoas: ex-CEO da Altice é suspeito de corrupção
Sobre Alexandre Fonseca recaem suspeitas de ter recebido meio milhão de euros e uma casa para beneficiar um dos principais arguidos da investigação, Hernâni Vaz Antunes, em negócios da empresa.


Alexandre Ferreira, ex-administrador executivo da Altice, foi constituído arguido no âmbito da ‘Operação Picoas’. Em causa estão suspeitas de que o próprio terá recebido dinheiro e uma casa para beneficiar negócios de Hernâni Vaz Antunes, um dos principais arguidos no caso.
De acordo com a informação avançada nesta segunda-feira pelo “Correio da Manhã”, Alexandre Fonseca terá recebido cerca de meio milhão de euros sem aparente justificação, assim como uma casa, em Carnaxide (concelho de Oeiras). Recorde-se que, em julho de 2023, o processo conduziu a detenções pelo crime de corrupção passiva no setor privado. Na sequência, Alexandre Fonseca abandonou a empresa.
No entendimento do procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Alexandre Fonseca colaborou com Hernâni Vaz Antunes numa operação de venda de património da antiga PT. O magistrado do Ministério Público disse mesmo que a influência de Vaz Antunes sobre Vaz Antunes sobre Alexandre Fonseca esteve na origem da “realização da venda de imóveis em condições prejudiciais” ao grupo.