O que muda para a mulher no relatório do Futuro dos Empregos 2025
No Dia Internacional da Mulher, especialistas opinam sobre futuro feminino no trabalho; relatório prevê destaque da tecnologia, flexibilidade e soft skills The post O que muda para a mulher no relatório do Futuro dos Empregos 2025 appeared first on Giz Brasil.

A expansão da tecnologia é uma tendência para o futuro do mercado de trabalho. Mas com as mulheres subrepresentadas na área, como serão os próximos anos para elas? Segundo o Relatório Futuro dos Empregos do Fórum Econômico Mundial 2025, iniciativas para alcançar a equidade estarão em ascensão no mercado de trabalho este ano. Neste Dia Internacional da Mulher, saiba mais sobre o tema com o Giz Brasil:
Lançado em janeiro, o documento revelou que as mulheres são o grupo de maior prioridade para programas de inclusão em todo o mundo, com o foco de 76% dos entrevistados. Em meio às diferenças geográficas, a América Latina e o Caribe se destacam devido à inclinação a implementar protocolos antiassédio (54%).
Também nesses países, é esperado que 66% dos empregadores invistam no treinamento de diversidade até 2030. Para isso, são previstas revisões de equidade salarial e auditorias salariais (36%); apoio a trabalhadores com responsabilidades de cuidado (30%); entre outras medidas.
O relatório prevê ainda uma queda no desemprego para as mulheres, atualmente de 5,2% globalmente, contra 4,8% para os homens. Quanto a aumentos salariais e benefícios, o texto ressalta a disparidade salarial, mesmo com qualificação. Isso porque homens tendem a ter acréscimos de 44% em transições de cargos ou promoções, com as mulheres recebendo somente 30% a mais.
Como melhorar o futuro das mulheres no mercado de trabalho?
A pedido da reportagem do Giz Brasil, três especialistas opinaram sobre o relatório do Fórum Econômico.
Luciana Lancerotti, ex-CMO da Microsoft e consultora e palestrante de marketing com práticas sustentáveis para o mundo corporativo, ressalta a importância da “abertura para discutir equidade, diversidade e inclusão de maneira mais transparente e direta”.
“Esse avanço na visibilidade e na prioridade desses temas é, sem dúvida, um dos maiores diferenciais que vemos hoje”, opina. “O importante é que, apesar dos desafios, o foco crescente nessas questões traz esperança para um futuro mais igualitário e inclusivo no ambiente corporativo.”
Quanto ao crescimento da tecnologia no mercado de trabalho, Luciana Gama Penteado, CMO da startup Myhood, defende a adoção de “políticas ativas de inclusão, programas de capacitação em habilidades digitais e estratégias” a fim de promover a ascensão das mulheres a posições executivas, garantindo uma liderança mais diversa.
Vantagens prifissionais da mulher nos empregos
Considerando o relatório, Thais Requito, especialista em desenvolvimento humano e produtividade sustentável, aponta a familiaridade das mulheres com as soft skills como uma vantagem profissional. Ou seja, habilidades comportamentais e interpessoais, como inteligência emocional, pensamento crítico, resiliência e colaboração.
“As mulheres já são geralmente apontadas como proficientes nessas habilidades, o que as posiciona de forma mais estratégica no futuro do trabalho, considerando essas competências comportamentais”, explica. “Algumas pesquisas sugerem que as mulheres em posições de liderança gerenciam melhor os conflitos, pois têm maior capacidade de gerir suas próprias emoções e também de exercer empatia, estabelecer conexões e se comunicar de forma mais eficaz.”
Por outro lado, ela alerta sobre a tendência da flexibilidade no mercado de trabalho, que inclui o trabalho remoto, como uma possível fonte de sobrecarga para mulheres.
“Sabemos que, culturalmente, elas assumem outras jornadas de trabalho além da jornada formal, como o cuidado com os familiares, a casa e os filhos”, diz. “[…] Por isso, é importante que, junto com a flexibilidade, venha também uma mudança nas métricas de produtividade, na forma como medimos e avaliamos o desempenho, não apenas com base nas horas trabalhadas ou no quanto estamos ocupados, mas na capacidade de resolver problemas, gerar inovação e gerar impacto.”
Enfim, ela chama atenção para a necessidade de uma mudança estrutural para combater problemas que atingem as trabalhadoras. Algumas formas para atingir esse objetivo seriam políticas públicas que assegurem a licença maternidade sem risco de demissão posterior, por exemplo.
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