O que é rasterização em jogos?
Se você é PC gamer, já deve ter ouvido o termo "rasterização", principalmente depois da chegada da tecnologia de ray tracing. Ambas são técnicas de renderização de imagem 3D em jogos e são amplamente usadas atualmente. A primeira delas, no entanto, é mais antiga e está presente em uma infinidade de games. Entenda as principais configurações gráficas de um jogo de PC Você não deveria jogar games de PC no ultra; entenda por quê Não seria exagero dizer que todos os jogos das últimas décadas são feitos com a técnica de rasterização. Com a chegada do ray tracing em jogos, os desenvolvedores introduziram uma mescla das duas técnicas e até mesmo versões totalmente focadas na novidade, como Metro Exodus Enhanced. O que é rasterização? Todos os jogos são feitos de objetos 3D, criados pelos artistas gráficos nos softwares voltados para isso. Mas nós, jogadores, só conseguimos ver toda essa complexidade em duas dimensões através do monitor. É aí que a rasterização entra em ação. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- A técnica faz uma mistura (mesh) de diferentes formas geométricas, principalmente triângulos, para a criação de objetos 3D, os transformando na imagem em duas dimensões em nosso monitor através da conversão em pixels. A etapa seguinte envolve o processamento dos shaders, através de algoritmos, para adicionar cores e como ele receberá iluminação, gerando assim o resultado final da textura e cor de um pixel. Esse processo, que é muito mais complexo do que podemos explicar aqui, acontece com um ponto na tela e é elevado em milhões de pixels nas cenas mais complexas e resoluções altas como o 4K A explicação completa do funcionamento da técnica de rasterização em jogos envolve ainda diversos outros termos complexos que também são importantes, mas esse não é o objetivo deste artigo. Vantagens e desvantagens da rasterização em jogos Como a rasterização já se estabeleceu há muito tempo e é usada por quase todos os desenvolvedores atualmente, existe essa vantagem de algo consolidado, que ajuda na implementação facilitada em diferentes níveis de produção. Além disso, jogos em rasterização são mais leves para o PC do que aqueles com ray tracing e literalmente funcionam em qualquer CPU e GPU. A maior desvantagem ficou evidente com a chegada do ray tracing, que trouxe melhorias significativas em diferentes aspectos visuais dos jogos. Mesmo existindo jogos com excelente implementação da rasterização, como God of War Ragnarok e Red Dead Redemption 2, eles não oferecem iluminação, sombras e reflexos realistas, sendo essa a principal limitação da técnica. Rasterização e o futuro com ray tracing Desde 2019, com o lançamento das GPUs GeForce RTX 20 pela NVIDIA, existe uma ênfase crescente em ray tracing, que exige hardware dedicado para ser executado. Com o pioneirismo do Time Verde, a AMD veio atrás poucos anos depois com a arquitetura RDNA 2 e a Intel em sua estreia com as GPUs Arc em 2022. Com a necessidade de aceleradores para processamento de ray tracing, parte da popularização dessa tecnologia está nas mãos das gigantes da tecnologia e sua capacidade em viabilizar esse tipo de hardware para a grande massa de PC gamers, algo que ainda está engatinhando, já que as placas de vídeo aptas estão cada vez mais caras por diferentes motivos. As GPUs de hoje conseguem lidar com essa técnica de renderização, mas sempre é exigido chips mais potentes para o jogador ter uma margem de segurança nessa relação entre belos gráficos e desempenho. Ou seja, atualmente, isso é algo para quem consegue pagar pelas placas de vídeo mais caras. Já a rasterização está disponível para qualquer PC gamer, já que é algo que não apresenta mais desafios ao hardware atual, diferente de ray tracing. O que vemos hoje são jogos misturando as duas técnicas e alguns outros entregando excelente implementação, como Cyberpunk 2077, Alan Wake 2 e Indiana Jones, todos oferecendo a implementação completa, também chamada de path tracing. Mesmo com a evolução da AMD, a NVIDIA ainda oferece as melhores GPUs para ray tracing (Foto: Brenno Barreira / CanalTech) Conclusão Toda nova tecnologia precisa de tempo para amadurecer e se tornar popular, esse é o caso do ray tracing. Com a implementação cada vez melhor da rasterização, ainda é possível termos jogos bastante realistas, mas sem alguns dos efeitos complexos possíveis com o RT. É até possível afirmamos que a tradicional técnica de rasterização ainda permanecerá por um bom tempo na indústria de games e pode ser que ela ainda seja melhorada. Mas, por outro lado, é inegável que ray tracing veio para ficar, especialmente com hardware cada vez mais forte e auxílios via IA, como o NVIDIA DLSS e AMD FSR, que ajudam a eliminar a carga pesada do processamento dessa técnica. Veja mais do CTUP: Como surgiram as placas de vídeo? 5 Placas de vídeos históricas que você não lembra 4 empres

Se você é PC gamer, já deve ter ouvido o termo "rasterização", principalmente depois da chegada da tecnologia de ray tracing. Ambas são técnicas de renderização de imagem 3D em jogos e são amplamente usadas atualmente. A primeira delas, no entanto, é mais antiga e está presente em uma infinidade de games.
- Entenda as principais configurações gráficas de um jogo de PC
- Você não deveria jogar games de PC no ultra; entenda por quê
Não seria exagero dizer que todos os jogos das últimas décadas são feitos com a técnica de rasterização. Com a chegada do ray tracing em jogos, os desenvolvedores introduziram uma mescla das duas técnicas e até mesmo versões totalmente focadas na novidade, como Metro Exodus Enhanced.
O que é rasterização?
Todos os jogos são feitos de objetos 3D, criados pelos artistas gráficos nos softwares voltados para isso. Mas nós, jogadores, só conseguimos ver toda essa complexidade em duas dimensões através do monitor. É aí que a rasterização entra em ação.
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A técnica faz uma mistura (mesh) de diferentes formas geométricas, principalmente triângulos, para a criação de objetos 3D, os transformando na imagem em duas dimensões em nosso monitor através da conversão em pixels.
A etapa seguinte envolve o processamento dos shaders, através de algoritmos, para adicionar cores e como ele receberá iluminação, gerando assim o resultado final da textura e cor de um pixel. Esse processo, que é muito mais complexo do que podemos explicar aqui, acontece com um ponto na tela e é elevado em milhões de pixels nas cenas mais complexas e resoluções altas como o 4K
A explicação completa do funcionamento da técnica de rasterização em jogos envolve ainda diversos outros termos complexos que também são importantes, mas esse não é o objetivo deste artigo.
Vantagens e desvantagens da rasterização em jogos
Como a rasterização já se estabeleceu há muito tempo e é usada por quase todos os desenvolvedores atualmente, existe essa vantagem de algo consolidado, que ajuda na implementação facilitada em diferentes níveis de produção. Além disso, jogos em rasterização são mais leves para o PC do que aqueles com ray tracing e literalmente funcionam em qualquer CPU e GPU.
A maior desvantagem ficou evidente com a chegada do ray tracing, que trouxe melhorias significativas em diferentes aspectos visuais dos jogos. Mesmo existindo jogos com excelente implementação da rasterização, como God of War Ragnarok e Red Dead Redemption 2, eles não oferecem iluminação, sombras e reflexos realistas, sendo essa a principal limitação da técnica.
Rasterização e o futuro com ray tracing
Desde 2019, com o lançamento das GPUs GeForce RTX 20 pela NVIDIA, existe uma ênfase crescente em ray tracing, que exige hardware dedicado para ser executado. Com o pioneirismo do Time Verde, a AMD veio atrás poucos anos depois com a arquitetura RDNA 2 e a Intel em sua estreia com as GPUs Arc em 2022.
Com a necessidade de aceleradores para processamento de ray tracing, parte da popularização dessa tecnologia está nas mãos das gigantes da tecnologia e sua capacidade em viabilizar esse tipo de hardware para a grande massa de PC gamers, algo que ainda está engatinhando, já que as placas de vídeo aptas estão cada vez mais caras por diferentes motivos.
As GPUs de hoje conseguem lidar com essa técnica de renderização, mas sempre é exigido chips mais potentes para o jogador ter uma margem de segurança nessa relação entre belos gráficos e desempenho. Ou seja, atualmente, isso é algo para quem consegue pagar pelas placas de vídeo mais caras.
Já a rasterização está disponível para qualquer PC gamer, já que é algo que não apresenta mais desafios ao hardware atual, diferente de ray tracing. O que vemos hoje são jogos misturando as duas técnicas e alguns outros entregando excelente implementação, como Cyberpunk 2077, Alan Wake 2 e Indiana Jones, todos oferecendo a implementação completa, também chamada de path tracing.
Conclusão
Toda nova tecnologia precisa de tempo para amadurecer e se tornar popular, esse é o caso do ray tracing. Com a implementação cada vez melhor da rasterização, ainda é possível termos jogos bastante realistas, mas sem alguns dos efeitos complexos possíveis com o RT.
É até possível afirmamos que a tradicional técnica de rasterização ainda permanecerá por um bom tempo na indústria de games e pode ser que ela ainda seja melhorada. Mas, por outro lado, é inegável que ray tracing veio para ficar, especialmente com hardware cada vez mais forte e auxílios via IA, como o NVIDIA DLSS e AMD FSR, que ajudam a eliminar a carga pesada do processamento dessa técnica.
Veja mais do CTUP:
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