KARMA: The Dark World – Review | Análise

A China vem se destacando no mercado de games para consoles e PC, e Black Myth: Wukong foi o grande responsável por iniciar essa mudança. Após o sucesso desse título, novos estúdios passaram a investir no segmento, como é o caso da Pollard Studio, com KARMA: The Dark World. Com lançamento marcado para 27 de […] O post KARMA: The Dark World – Review | Análise apareceu primeiro em Combo Infinito.

Mar 27, 2025 - 16:54
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KARMA: The Dark World – Review | Análise

A China vem se destacando no mercado de games para consoles e PC, e Black Myth: Wukong foi o grande responsável por iniciar essa mudança. Após o sucesso desse título, novos estúdios passaram a investir no segmento, como é o caso da Pollard Studio, com KARMA: The Dark World. Com lançamento marcado para 27 de março de 2025 no PS5 (com aprimoramento para o PS5 Pro) e PC, recebemos uma cópia da versão de PC da Wired Productions para review.

Com uma proposta de terror psicológico no estilo de Layers of Fear, da Bloober Team, será que KARMA consegue se destacar em sua estreia? Confira abaixo o que achei da experiência.

Uma Alemanha alternativa

KARMA

KARMA apresenta uma narrativa ambientada em uma linha do tempo alternativa, na Alemanha Oriental de 1984. Nesse universo, uma corporação chamada Leviathan Corporation governa com mão de ferro, promovendo vigilância em massa, divisão de classes, uso de drogas que alteram a mente e a promessa de que os portões para a utopia serão abertos àqueles que servirem fielmente.

Assumimos o controle de Daniel McGovern, um Agente Livre da Agência do Pensamento da Leviathan, que utiliza tecnologia avançada para invadir a mente dos acusados. O jogador investiga cenas de crime, interroga suspeitos e relata suas descobertas à corporação.

Em um dia aparentemente comum, Daniel se depara com um incidente em um laboratório, onde um suspeito o envolve em uma investigação que mudará sua vida. Cercado por mistério, KARMA: The Dark World acerta ao mergulhar o jogador em tramas sem respostas fáceis. Além disso, a ambientação colabora fortemente para a construção narrativa.

O ponto mais interessante da estrutura do jogo são as camadas de narrativa. Ao invadir memórias de suspeitos, vemos os acontecimentos por diferentes perspectivas. O jogo também mergulha nos conflitos internos de Daniel, enriquecendo ainda mais a trama. Essa dualidade entre a mente dos outros e a do protagonista torna a experiência mais envolvente.

Uma ambientação incrível

KARMA

Ambientado nessa versão distorcida da Alemanha Oriental, o jogo constrói muito bem sua mitologia. O universo é cativante e entrega um nível de imersão impressionante. Os cenários escuros e o terror psicológico são destaques — a sensação de medo do desconhecido é constante, e a atmosfera opressiva é parte essencial do horror.

Embora alguns sustos sejam previsíveis e o uso do som às vezes seja em excesso, os ambientes macabros e a estética marcante são pontos altos da experiência. Vale destacar que os cenários conseguem ser mais assustadores que as criaturas em si – e isso não é um problema, mas sim uma prova do excelente trabalho visual e de direção de arte.

Apesar da ambientação rica, a interatividade é minima. A jogabilidade se resume, basicamente, à leitura de documentos, abertura de armários e coleta de itens. Para quem gosta de experiências narrativas com pouca ação e foco total na imersão, como em Layers of Fear, KARMA é uma ótima pedida. No entanto, se você busca mais controle da ação, essa não é a proposta do jogo.

Desempenho

Durante minha experiência, não enfrentei problemas de performance, como engasgos ou quedas de FPS – o que é excelente, considerando que o jogo foi desenvolvido na Unreal Engine 5. Utilizando uma RTX 4070 Super, os visuais estavam incríveis: iluminação refinada, ótima movimentação e estética impressionante.

Contudo, enfrentei um problema com o sistema de save: após uma atualização, perdi meu progresso. Felizmente, eu já estava próximo do final, então isso não comprometeu minha análise. Mas vale ficar atento a possíveis falhas do tipo.

Afinal, KARMA: The Dark World é tudo isso mesmo?

Seguindo os moldes de Layers of Fear, KARMA: The Dark World brilha na narrativa e na ambientação. Se você busca uma experiência onde o foco é ser conduzido por uma história profunda, com visual imersivo e atmosfera intensa, este jogo é para você.

A estreia da Pollard Studio é promissora. O estúdio mostrou que entende bem o gênero de terror, mas poderia ter se esforçado mais para tornar o jogador parte ativa da experiência.

Por fim, comente o que você achou da movimentação da Rocksteady, compartilhe com os amigos e não deixe de acompanhar nossas últimas notícias e análises de séries e jogos.

Veredito: KARMA: The Dark World é eficiente em entregar uma narrativa intrigante e uma ambientação tensa. Contudo, seu papel como jogador se resume a uma limitada interação nos cenários. João Antônio

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von 10
2025-03-27T11:07:22-0300

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