Investimento estrangeiro direto no Brasil cai para US$ 6 bilhões em março, diz BC

O Banco Central informou nesta segunda-feira, 28, que o ingresso líquido de Investimento Direto no País (IDP) em março de 2025 somou US$ 6 bilhões. O resultado representa redução em relação ao mesmo período de 2024, quando o volume havia alcançado US$ 10,2 bilhões. Do total registrado em março, US$ 3,8 bilhões foram destinados à […] O post Investimento estrangeiro direto no Brasil cai para US$ 6 bilhões em março, diz BC apareceu primeiro em O Cafezinho.

Abr 28, 2025 - 14:46
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Investimento estrangeiro direto no Brasil cai para US$ 6 bilhões em março, diz BC

O Banco Central informou nesta segunda-feira, 28, que o ingresso líquido de Investimento Direto no País (IDP) em março de 2025 somou US$ 6 bilhões. O resultado representa redução em relação ao mesmo período de 2024, quando o volume havia alcançado US$ 10,2 bilhões.

Do total registrado em março, US$ 3,8 bilhões foram destinados à participação no capital, enquanto US$ 2,1 bilhões referem-se a operações intercompanhia. Os dados integram o balanço das transações externas divulgado pela autoridade monetária.

Apesar da queda no fluxo mensal, o saldo acumulado de IDP em 12 meses totalizou US$ 68,2 bilhões, o equivalente a 3,19% do Produto Interno Bruto (PIB). A informação foi divulgada pela CNN Brasil, com base nos números apresentados pelo Banco Central.

O IDP engloba os investimentos estrangeiros direcionados à aquisição de participação em empresas nacionais ou à realização de operações financeiras entre empresas vinculadas, como remessas de lucros, empréstimos e aportes de capital.

Em relação aos investimentos em carteira, o mês de março registrou saída líquida de US$ 1,8 bilhão, revertendo o ingresso líquido de US$ 1,1 bilhão observado em fevereiro. A maior parte dessa saída foi registrada em ações, fundos de investimento e títulos do mercado doméstico.

O relatório do Banco Central detalha que as retiradas em ações e fundos de investimento concentraram a maior parcela das saídas de recursos do país no segmento de investimentos em carteira. Já os títulos de dívida do mercado interno também apresentaram redução no volume aplicado por estrangeiros.

Os investimentos em carteira representam os aportes estrangeiros em instrumentos financeiros negociados em bolsa ou no mercado de renda fixa, como ações, fundos e títulos públicos. Esse tipo de aplicação é considerado mais volátil por responder a mudanças de cenário econômico, expectativas de juros e variações cambiais.

Segundo o Banco Central, o resultado de março reflete o comportamento dos investidores diante das condições do mercado doméstico e internacional. O ambiente de juros, a política monetária de economias desenvolvidas e as perspectivas para a economia brasileira influenciam as decisões de alocação de capital.

O relatório de estatísticas externas divulgado pela instituição inclui ainda os dados da balança de pagamentos, que reúne informações sobre transações comerciais, financeiras e de serviços entre o Brasil e o exterior.

De acordo com o levantamento, o resultado das contas externas tem sido impactado pela oscilação dos fluxos de investimentos e pela dinâmica do comércio exterior. O saldo das transações correntes, outro indicador do setor externo, também compõe o conjunto de informações monitoradas pela autoridade monetária.

O Banco Central realiza a divulgação periódica desses números com o objetivo de fornecer transparência sobre o movimento de capitais e a situação das contas externas do país. As informações são utilizadas por analistas de mercado, economistas e formuladores de políticas públicas para avaliar o desempenho da economia brasileira no cenário internacional.

A próxima divulgação sobre o IDP e os investimentos em carteira está prevista para o fim de maio, quando a instituição apresentará os dados consolidados de abril.

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