Hora de comprar bolsa americana ‘na baixa’? Felipe Miranda diz que não: ‘Para ser ao som dos canhões, o S&P 500 precisaria chegar aos 4.800 pontos’
CIO da Empiricus Research comenta sobre os assuntos mais relevantes da última semana em mais um episódio do Blink!. Veja as opiniões do analista. O post Hora de comprar bolsa americana ‘na baixa’? Felipe Miranda diz que não: ‘Para ser ao som dos canhões, o S&P 500 precisaria chegar aos 4.800 pontos’ apareceu primeiro em Empiricus.

Chegou a hora de comprar bolsa americana? Uma possível recessão nos EUA acabaria com o “Trade Tarcísio”? O acordo UE-Mercosul pode trazer uma nova era de dinamismo econômico para o Brasil?
Essas foram algumas das perguntas de assinantes ao CIO da Empiricus, Felipe Miranda, em mais um episódio do programa Blink!. Confira abaixo algumas respostas do analista:
Se o lema é ‘compre aos sons dos canhões’, chegou a hora de comprar bolsa americana e em vez da brasileira?
Felipe Miranda: “Discordo, esse pensamento vem de uma influência das últimas notícia. A bolsa americana tem subido há 5 anos seguidos e não é por conta de uma pequena queda que já é para comprar.
O Brasil está mal desde 2010, mais uma década perdida, um ciclo muito ruim de mercados emergentes desde 2011.
Então, eu acho que não, tem canhão sendo tocado no Brasil há muito tempo. A renda per capita só agora voltou ao patamar de 2013.
Os EUA vêm de um ciclo formidável de 15 anos e agora passam por um ajuste. Acho que para ser ao som dos canhões, o S&P 500 precisa chegar aos 4.800 pontos. Aí é crise.”
Se viesse uma recessão nos EUA, acha que ‘azedaria’ o rali do ‘Trade Tarcísio’?
Felipe Miranda: “Depende. Se for uma recessão profunda e extensa nos EUA, nós somos dragados e acredito que os ativos de risco brasileiros sofreriam.
Agora, se for um movimento moderado, pode até ser bom para esses ativos de risco brasileiros, porque você convive com juros menores e o Brasil não seria tão afetado por toda essa história de tarifa.
Então, o relativo no Brasil é bom e sobra liquidamente um juro mais baixo, tanto aqui quanto nos EUA. O dinheiro vai para mercados emergentes, sobretudo para aqueles países que não estão sendo tão afetados.
Mesmo se tiver uma recessão americana e o Brasil não for tão bem, a sensação de bem-estar na sociedade diminui e você poderia aumentar a hipótese do Tarcísio, portanto.
Então eu não acho que seja tão óbvia essa relação. O Brasil está muito bem posicionado. Mesmo se vier uma recessão, acho que sairíamos bastante bem. Não acho que uma recessão nos EUA afetaria esse rali do trade Tarcísio, porque não mexe com as probabilidades em relação a uma eventual troca do ciclo de economia política e, se mexe, é pró-mudança.”
O acordo Mercosul-UE aliado às reformas pode trazer uma nova era de dinamismo econômico para o Brasil?
Felipe Miranda: “Principalmente se vierem as reformas, acho que isso é mais relevante que o acordo Mercosul e União Europeia. Infelizmente, não estamos no debate de reformas, ao contrário, estamos em um período de contrarreforma, um período restauracionista brasileiro – o que eu acho bastante ruim.
Quem sabe daqui a 18 meses possamos estar numa era de reformas e dinamismo econômico.”
Para conferir o programa completo com todas as perguntas dos assinantes e respostas do CIO da Empiricus, basta clicar no bloco abaixo:
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