Grupo invade contas Gov.br para vender veículos clonados
A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira, 7, uma operação contra um grupo suspeito de praticar estelionatos envolvendo a venda e transferência de veículos clonados a partir de dados de contas invadidas do Gov.br. Segundo a Zero Hora, a organização...
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A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira, 7, uma operação contra um grupo suspeito de praticar estelionatos envolvendo a venda e transferência de veículos clonados a partir de dados de contas invadidas do Gov.br.
Segundo a Zero Hora, a organização tem atuação em pelo menos três estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
Até o momento, 17 pessoas já foram presas, das quais seis já constavam no sistema prisional. Ao todo, serão cumpridos 22 mandados de prisão preventiva, 25 de busca e apreensão e três de sequestro de bens.
O grupo é acusado de se especializar, ainda, em falsificação de documentos, invasão de dispositivos informáticos, adulteração de sinal identificador de veículos automotores e lavagem de dinheiro.
A polícia tem conhecimento de ao menos quatro fraudes realizadas em menos de um ano, deixando prejuízos na faixa dos R$ 100 mil cada.
A investigação teve início em julho do ano passado a partir de um registro de ocorrência. No caso, a vítima sofreu um golpe ao adquirir um veículo nas redes sociais em Gravataí, na Região metropolitana de Porto Alegre.
Conforme revela o site, a pessoa lesada realizou o pagamento no valor de R$ 80 mil e recebeu normalmente o documento de Autorização para Transferência de Propriedade de Veículo (ATPV-e).
Depois, a vítima foi comunicada pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de que o veículo foi clonado.
Segundo a investigação, o líder da organização adquiria veículos roubados e furtados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina mesmo estando dentro da cadeia.
Os integrantes de fora do sistema prisional realizavam a clonagem e falsificação dos sinais identificadores dos carros para, então, vendê-los nas plataformas digitais.
Depois que o carro era clonado, os criminosos passavam os dados da nova placa para um indivíduo do Rio de Janeiro, que, supostamente, seria estudante de tecnologia e programação de dados e atuaria profissionalmente na área.
Ele, por sua vez, invadia a conta Gov.br do proprietário original do veículo para ter acesso à documentação veicular.
Com os documentos, o grupo anunciava a venda do veículo na internet por um valor abaixo do mercado.