Grupo Corpo faz 50 anos e reflete sobre sucessão

Há exatos cinquenta anos, seis irmãos recém-saídos da adolescência e apaixo­nados por balé se juntaram em Belo Horizonte a um grupo de amigos para criar o Grupo Corpo, que mudou a história da dança brasileira, projetan­do-a internacionalmente. Os irmãos eram José Luiz, Paulo, Pedro, Rodrigo, Miriam e Marisa Pederneiras. Hoje, somente dois deles seguem na ativa no Corpo: Paulo, de 73 anos, diretor-geral e cenógrafo, e Rodrigo, de 69 anos, o coreógrafo. Meio século depois da criação do grupo, tanto um quanto outro têm pensado muito no futuro – e no processo de sucessão na companhia de dança. Como bons mineiros, porém, eles não têm pressa. “Eu nunca vou me aposentar, mas quero diminuir as viagens”, afirma Rodrigo. “Fico pensando em mais de uma pessoa para nos substituir, para que pudessem dividir funções. Mas é difícil. O futuro me funde a cabeça”, diz Paulo. The post Grupo Corpo faz 50 anos e reflete sobre sucessão first appeared on revista piauí.

Mar 21, 2025 - 21:45
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Grupo Corpo faz 50 anos e reflete sobre sucessão

Há exatos cinquenta anos, seis irmãos recém-saídos da adolescência e apaixo­nados por balé se juntaram em Belo Horizonte a um grupo de amigos para criar o Grupo Corpo, que mudou a história da dança brasileira, projetan­do-a internacionalmente. Os irmãos eram José Luiz, Paulo, Pedro, Rodrigo, Miriam e Marisa Pederneiras.

Hoje, somente dois deles seguem na ativa no Corpo: Paulo, de 73 anos, diretor-geral e cenógrafo, e Rodrigo, de 69 anos, o coreógrafo. Meio século depois da criação do grupo, tanto um quanto outro têm pensado muito no futuro – e no processo de sucessão na companhia de dança. Como bons mineiros, porém, eles não têm pressa. “Eu nunca vou me aposentar, mas quero diminuir as viagens”, afirma Rodrigo. “Fico pensando em mais de uma pessoa para nos substituir, para que pudessem dividir funções. Mas é difícil. O futuro me funde a cabeça”, diz Paulo.

Dois nomes saltam nas especulações sobre a linha sucessória, conta Karla Madeira, na edição deste mês da piauí. Um deles é o da coreógra­fa paulistana Cassi Abranches, de 50 anos. O outro é de seu marido, o diretor técni­co do Grupo Corpo, Gabriel Pedernei­ras, de 43 anos, filho de Rodrigo e de Cristina Castilho, ex-bailarina e sócia da companhia, hoje diretora de comu­nicação. “Dancei treze anos no Cor­po e, depois que parei de dançar, rodei muito para entender que milhões de coisas podem acontecer”, diz Abranches. “Acredito que tudo toma forma. Rodrigo ainda tem muita longevidade como coreógrafo.”

 

Desde 2024, ela é parceira de criação de Rodrigo Pederneiras. Pela primeira vez em cinquenta anos, ele decidiu dividir a coreografia. Juntos, sogro e nora estão criando juntos dois espetáculos.

Um deles é Revolución diamantina, que está sendo feito a convite de Gustavo Dudamel, regente titular da Orquestra Filarmônica de Los Angeles. O balé com composições da mexicana Gabriela Ortiz tem estreia prevista para 2026. Entre as novidades, os coreógrafos colocarão os bailarinos dividindo o palco com a orquestra, que normalmente ficaria no fosso.

O outro espetáculo é o que vai celebrar os cinquenta anos da companhia e terá, pela primeira vez, a tri­lha sonora composta por uma mulher, a compositora carioca Clarice Assad. A es­treia acontece no fim do ano.

 

Assinantes da revista podem ler a íntegra da reportagem neste link.

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