Governo acerta ao incluir guardas municipais no policiamento, mas erra ao ampliar atribuições das forças federais, diz Bilynskyj
Novo presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara defende a análise da PEC do governo Lula no colegiado – que é dominado por deputados da oposição. O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), eleito para presidir a Comissão de Segurança Pública da Câmara Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados O novo presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Paulo Bilynskyj (PL-SP), afirmou nesta quinta-feira (20) que o governo Lula acerta ao incluir, na PEC da Segurança, o policiamento urbano por parte das guardas municipais. No entanto, Bilynskyj critica o que considera uma tentativa do governo de, com o texto, ampliar as atribuições das forças federais de segurança. O deputado do PL defende a análise da proposta do ministro Ricardo Lewandowski (Justiça) pela comissão que preside – que é dominada por deputados da oposição. Entenda a PEC da Segurança Pública que será enviada pelo governo ao Legislativo Em entrevista à GloboNews, o deputado disse que, se a PEC tratasse somente da ampliação da atuação das guardas municipais, o texto teria 100% de apoio da comissão que preside. “Quem faz segurança pública melhor é quem está na ponta. A Polícia Militar faz um patrulhamento excelente, mas a polícia militar é estadual. Então você não pode negar que a a Guarda Civil Metropolitana tem mais contato com a população”, afirmou. Entretanto, para o deputado, a proposta é "problemática" porque, na visão de Bilynskyj, possibilita a intromissão da União em tarefas dos governos estaduais. “A PEC peca no no espírito dela. Mas ela quer concentrar poderes e segurança pública na União, que não deve se intrometer nisso” conclui. O que é a PEC da Segurança Pública? O texto é a principal aposta legislativa do governo para enfrentar, principalmente, o crime organizado. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, vai para o Japão com o presidente Lula na próxima semana. A expectativa é que a definição da data de envio do texto aconteça durante a viagem. O governo diz que a PEC é uma forma de aumentar a participação da União na segurança pública do país, combater o crime organizado e integrar as polícias do país. Se o texto for aprovado, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) passará a fazer o policiamento ostensivo em rodovias, ferrovias e hidrovias federais. O governo afirma que parlamentares tem autonomia para alterar a proposta e sabe que terá dificuldades para preservar o texto que enviará ao Congresso. Disputa na Comissão de Segurança Pública A disputa pela Comissão de Segurança Pública quase rachou o PL. Dois deputados disputaram a indicação do partido para a presidência e quase decidiram, no voto, o comando do colegiado. Líder do PL tenta acordo entre deputados para definir presidência da Comissão de Segurança O deputado Paulo Bilynskyj echou um acordo com o então líder do PL Altineu Côrtes (PL-RJ) e abriu mão do comando da comissão em 2024 em favor de Alberto Fraga (PL-DF). Ele esperava assumir sem dificuldades a presidência da comissão em 2025, mas o deputado Coronel Meira (PL-PE) apresentou uma candidatura avulsa. Com perfil mais moderado, deputados da comissão disseram que Meira teria mais votos e acabaria eleito. Após apelo (veja no vídeo acima) do líder do PL, Sóstenes Cavalcante, e do líder da oposição, Zucco, Meira retirou a candidatura avulsa em favor do acordo fechado no ano passado. Assim, Bilynskyj foi o único a concorrer.


Novo presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara defende a análise da PEC do governo Lula no colegiado – que é dominado por deputados da oposição. O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), eleito para presidir a Comissão de Segurança Pública da Câmara Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados O novo presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Paulo Bilynskyj (PL-SP), afirmou nesta quinta-feira (20) que o governo Lula acerta ao incluir, na PEC da Segurança, o policiamento urbano por parte das guardas municipais. No entanto, Bilynskyj critica o que considera uma tentativa do governo de, com o texto, ampliar as atribuições das forças federais de segurança. O deputado do PL defende a análise da proposta do ministro Ricardo Lewandowski (Justiça) pela comissão que preside – que é dominada por deputados da oposição. Entenda a PEC da Segurança Pública que será enviada pelo governo ao Legislativo Em entrevista à GloboNews, o deputado disse que, se a PEC tratasse somente da ampliação da atuação das guardas municipais, o texto teria 100% de apoio da comissão que preside. “Quem faz segurança pública melhor é quem está na ponta. A Polícia Militar faz um patrulhamento excelente, mas a polícia militar é estadual. Então você não pode negar que a a Guarda Civil Metropolitana tem mais contato com a população”, afirmou. Entretanto, para o deputado, a proposta é "problemática" porque, na visão de Bilynskyj, possibilita a intromissão da União em tarefas dos governos estaduais. “A PEC peca no no espírito dela. Mas ela quer concentrar poderes e segurança pública na União, que não deve se intrometer nisso” conclui. O que é a PEC da Segurança Pública? O texto é a principal aposta legislativa do governo para enfrentar, principalmente, o crime organizado. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, vai para o Japão com o presidente Lula na próxima semana. A expectativa é que a definição da data de envio do texto aconteça durante a viagem. O governo diz que a PEC é uma forma de aumentar a participação da União na segurança pública do país, combater o crime organizado e integrar as polícias do país. Se o texto for aprovado, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) passará a fazer o policiamento ostensivo em rodovias, ferrovias e hidrovias federais. O governo afirma que parlamentares tem autonomia para alterar a proposta e sabe que terá dificuldades para preservar o texto que enviará ao Congresso. Disputa na Comissão de Segurança Pública A disputa pela Comissão de Segurança Pública quase rachou o PL. Dois deputados disputaram a indicação do partido para a presidência e quase decidiram, no voto, o comando do colegiado. Líder do PL tenta acordo entre deputados para definir presidência da Comissão de Segurança O deputado Paulo Bilynskyj echou um acordo com o então líder do PL Altineu Côrtes (PL-RJ) e abriu mão do comando da comissão em 2024 em favor de Alberto Fraga (PL-DF). Ele esperava assumir sem dificuldades a presidência da comissão em 2025, mas o deputado Coronel Meira (PL-PE) apresentou uma candidatura avulsa. Com perfil mais moderado, deputados da comissão disseram que Meira teria mais votos e acabaria eleito. Após apelo (veja no vídeo acima) do líder do PL, Sóstenes Cavalcante, e do líder da oposição, Zucco, Meira retirou a candidatura avulsa em favor do acordo fechado no ano passado. Assim, Bilynskyj foi o único a concorrer.