Gerar vida e lutar pela própria: a história da mãe de um recém-nascido contra o câncer de intestino

Poliana Silva de Oliveira Leite, 38 anos, nasceu entre o sol e o mar de Ilhéus, na Bahia, e construiu sua vida em Feira de Santana. Com uma carreira consolidada como gerente de negócios em uma multinacional de cosméticos, seu maior sonho sempre foi ser mãe. Depois de duas perdas gestacionais, apostou na fertilização in […]

Mar 22, 2025 - 03:14
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Gerar vida e lutar pela própria: a história da mãe de um recém-nascido contra o câncer de intestino

Poliana Silva de Oliveira Leite, 38 anos, nasceu entre o sol e o mar de Ilhéus, na Bahia, e construiu sua vida em Feira de Santana. Com uma carreira consolidada como gerente de negócios em uma multinacional de cosméticos, seu maior sonho sempre foi ser mãe.

Depois de duas perdas gestacionais, apostou na fertilização in vitro. E ali, no último embrião congelado, encontrou a esperança de um novo começo. Seu filho nasceu, trazendo luz. Mas quando ele tinha apenas dois meses, um novo desafio bateu à porta: um diagnóstico de câncer de intestino.

“Passei por um turbilhão de emoções. A alegria de ter meu filho nos braços e, ao mesmo tempo, o medo de não estar aqui para vê-lo crescer. Era um paradoxo cruel.”

Em entrevista exclusiva à Catraca Livre, para série especial do Março Azul, em conscientização do câncer colorretal, Poliana abre o coração e conta como está sendo o processo de luta contra a doença e todas adversidades que teve que enfrentar até o momento. 

Gerar vida e lutar pela própria: a história de uma mãe contra o câncer de intestino

Sinais de um corpo que gritava

O corpo sussurrava alertas, depois gritava. Sangue nas fezes, cansaço que pesava como um fardo invisível, perda de peso sem explicação. Mas as respostas que vinham eram desencontradas. “É psicológico”, diziam. “É só uma pedra no rim.” Foram mais de dez idas ao pronto-socorro, cada uma levando Poliana de volta para casa com uma nova explicação errada. E a doença avançava, silenciosa, disfarçada de pequenos desconfortos.

Na madrugada em que uma hemorragia a encontrou enquanto embalava o filho, o tempo parou. Dessa vez, não havia mais como ignorar. Era preciso enfrentar o desconhecido.