Fatos perturbadores sobre gêmeas que fizeram um pacto para que uma morresse e a outra pudesse viver uma vida normal
Na década de 1960, duas irmãs gêmeas chamadas June e Jennifer Gibbons desafiaram todas as expectativas ao criar um mundo… Esse Fatos perturbadores sobre gêmeas que fizeram um pacto para que uma morresse e a outra pudesse viver uma vida normal foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.


Na década de 1960, duas irmãs gêmeas chamadas June e Jennifer Gibbons desafiaram todas as expectativas ao criar um mundo próprio, fechado até para a própria família. Nascidas no País de Gales, filhas de pais originários de Barbados, as duas cresceram em um ambiente onde se sentiam constantemente incompreendidas. Desde a infância, desenvolveram um distúrbio de fala que as levou a uma decisão radical: comunicar-se apenas entre si, usando uma versão acelerada do crioulo bajan, língua falada em Barbados. Para os outros, elas permaneciam em silêncio absoluto.
A conexão entre as irmãs era tão intensa que se tornaram conhecidas como “as gêmeas silenciosas”. Enquanto o resto da família tentava, sem sucesso, quebrar a barreira linguística, June e Jennifer mergulharam em um universo paralelo. Escreviam histórias, encenavam peças e criaram personagens fictícios, tudo em total isolamento. Mas essa cumplicidade, que as protegia do mundo exterior, também as levou a um caminho sombrio.

June e Jennifer Gibbons na escola primária. (Foto da família)
Na adolescência, o comportamento das gêmeas começou a chamar a atenção por motivos preocupantes. Entre os 14 e os 19 anos, elas cometeram uma série de crimes: roubos, vandalismo e até incêndio criminoso. Os atos culminaram em uma sentença judicial que as enviou para o Broadmoor Hospital, uma unidade psiquiátrica de segurança máxima na Inglaterra. Lá, permaneceram por 11 anos, sem abandonar o hábito de só se comunicar uma com a outra.
Foi durante esse período que um pacto macabro teria sido firmado. De acordo com os diários das irmãs — cada uma escrevia cerca de 3 mil palavras por dia —, elas acreditavam que uma precisaria morrer para que a outra pudesse viver livre. Em 1993, durante a transferência para uma clínica menos restritiva, Jennifer, então com 29 anos, teve uma morte súbita. A causa foi uma inflamação no coração. O mais intrigante: após o falecimento da irmã, June rompeu o silêncio de quase três décadas e começou a falar normalmente.
A história ganhou visibilidade graças a Marjorie Wallace, uma jornalista investigativa que conheceu as gêmeas aos 18 anos e dedicou parte da vida a documentar seus segredos. Em 1986, cinco anos após o início da internação, Marjorie publicou o livro The Silent Twins, que revelava detalhes íntimos da relação das irmãs. Em 2022, a obra virou o filme The Silent Twins, um drama estrelado por Letitia Wright.
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Marjorie contou em entrevistas que, ao ler os diários, descobriu a complexidade do vínculo entre June e Jennifer: uma mistura de amor, dependência e rivalidade. “Elas decidiram que Jennifer seria a sacrificada para que June encontrasse liberdade”, explicou a jornalista à BBC Radio Wales. A morte da irmã deixou June em um estado de “luto e alívio”, segundo Marjorie, que mantém contato com ela até hoje.
Passados 32 anos da tragédia, June vive uma vida discreta, longe dos holofotes. Marjorie descreve-a como uma pessoa resiliente, com um senso de humor contagiante. Apesar das décadas de isolamento, June encontrou uma forma de se reconectar ao mundo — um destino que, de acordo com o pacto das gêmeas, só foi possível após o fim da relação simbiótica que as definiu por quase três décadas.
O legado de June e Jennifer continua a fascinar o público, não apenas pelo mistério em torno do pacto, mas pela reflexão sobre os limites da identidade e da conexão humana. A adaptação para o cinema trouxe nova atenção à história, garantindo que a saga das “gêmeas silenciosas” permaneça viva na cultura popular.
Esse Fatos perturbadores sobre gêmeas que fizeram um pacto para que uma morresse e a outra pudesse viver uma vida normal foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.