Esses são os hábitos que indicam que você pode ser uma pessoa autista, segundo psicóloga
Você já se perguntou por que algumas pessoas têm hábitos repetitivos, como balançar as pernas ou brincar com um colar?… Esse Esses são os hábitos que indicam que você pode ser uma pessoa autista, segundo psicóloga foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.


Você já se perguntou por que algumas pessoas têm hábitos repetitivos, como balançar as pernas ou brincar com um colar? Esses comportamentos, muitas vezes discretos, podem ser mais significativos do que imaginamos. A psicóloga Kim Sage, de 56 anos, da Califórnia, compartilhou recentemente suas descobertas sobre um tema ainda pouco discutido: o autismo não diagnosticado em adultos. Ela mesma só percebeu que provavelmente está no espectro há alguns anos, revelando como o transtorno pode passar despercebido por décadas.
Nos Estados Unidos, mais de 5,4 milhões de adultos (2,21% da população) têm Transtorno do Espectro Autista (TEA), segundo dados recentes. Apesar do aumento nos diagnósticos entre jovens, muitos adultos continuam sem identificação. Um estudo da Universidade Rutgers aponta que 25% dos adolescentes com autismo não são diagnosticados e chegam à fase adulta sem saber que estão no espectro.
Um dos sinais mais intrigantes, segundo a Dra. Sage, é o stimming — comportamentos repetitivos que ajudam a regular emoções. Embora muitas pessoas associem o stimming a movimentos intensos, como balançar o corpo ou bater a cabeça, ele pode se manifestar de formas sutis. Em um vídeo no TikTok, a psicóloga exemplifica: enrolar o cabelo constantemente, mexer em uma corrente de pingente ou passar os dedos em um tecido macio são práticas comuns. Outros hábitos incluem clicar a tampa de uma caneta repetidamente, fazer sons com a boca, bater as unhas ou ouvir a mesma música inúmeras vezes.

A Dra. Sage destaca que todos nós fazemos exercícios de estimulação em algum grau e que “fazer isso não faz de você autista”.
É importante ressaltar que o stimming não é exclusivo do autismo. Todos nós temos pequenos rituais para aliviar o estresse ou a ansiedade. A diferença está na intensidade e na função: para autistas, esses movimentos são ferramentas essenciais para lidar com sensações de sobrecarga sensorial, tédio ou excitação. O Drake Institute of Neurophysical Medicine, também na Califórnia, explica que o stimming ajuda a gerenciar emoções intensas, seja acalmando a mente ou reduzindo a dor.
No entanto, nem todos os casos são iguais. Algumas pessoas no espectro podem não apresentar stimming, enquanto outras desenvolvem comportamentos que chamam atenção. Atividades como bater a cabeça na parede ou beliscar a pele excessivamente podem causar danos físicos e, por vezes, são interpretadas de forma equivocada como agressividade. Nesses casos, intervenções como terapia comportamental, adaptações no ambiente e até medicamentos são recomendados para minimizar riscos.
Além do stimming, a Dra. Sage lista outros indícios de autismo em adultos não diagnosticados. Um deles é a sensação constante de “não pertencer” — como se fosse um “alienígena” em situações sociais. Muitos relatam que interações em grupo são exaustivas, exigindo longos períodos de recuperação. A dificuldade em decifrar linguagem corporal, ironia ou expressões faciais contribui para essa sobrecarga, tornando conversas cotidianas um desafio.
Outro ponto destacado pela psicóloga é a relação entre autismo e saúde física. Pesquisas mostram que pessoas no espectro têm maior propensão a desenvolver doenças autoimunes, como alergias crônicas, distúrbios de tecido conjuntivo e problemas gastrointestinais. Para adultos que sempre enfrentaram questões de saúde sem explicação clara, essa conexão pode ser uma pista importante.
O diagnóstico incorreto também é um obstáculo. Condições como transtorno bipolar, depressão e TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) frequentemente são confundidas com autismo, já que sintomas como ansiedade intensa ou rigidez de pensamento podem se sobrepor. Antes da criação do termo Transtorno do Espectro Autista (TEA), em 2013, havia classificações separadas, como Síndrome de Asperger e autismo atípico. Hoje, todas foram unificadas sob o guarda-chuva do TEA, facilitando a compreensão de que o autismo se manifesta em diferentes graus.
Para adultos que suspeitam estar no espectro, existem opções de apoio. Terapias como a cognitivo-comportamental (TCC) ajudam a lidar com desafios emocionais, enquanto o treinamento de habilidades sociais auxilia na comunicação. A terapia ocupacional é outra ferramenta valiosa, adaptando rotinas para reduzir estímulos excessivos.
O relato da Dra. Sage reforça a importância de olhar além dos estereótipos. Autismo em adultos pode se esconder em detalhes cotidianos: uma playlist repetida por horas, um objeto preferido que sempre está nas mãos ou a necessidade de isolamento após um dia cheio. Reconhecer esses sinais não só promove autoconhecimento, mas também abre portas para estratégias que melhoram a qualidade de vida.
Enquanto a sociedade avança na compreensão do TEA, histórias como a da psicóloga mostram que nunca é tarde para se descobrir. E para quem convive com autistas, entender que um movimento repetitivo ou uma preferência por solitude não são “manias”, mas formas de navegar em um mundo que muitas vezes parece caótico, é um passo essencial para a inclusão.
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