Die Rise Remastered: um ótimo exemplo de como a comunidade mantém Black Ops III Zombies vivo
Dizem que a história se repete; sobre isso, não posso afirmar muita coisa, mas certamente é o que acontece no caso de Call of Duty: Black Ops III, lançado em 2015, mas ainda extremamente popular entre a comunidade do modo Zombies do game. Suporte a modificações, acesso livre ao kit de desenvolvimento oficial do jogo, servidores privados e um constante fluxo de mapas feitos por fãs são os principais motivos por trás do apoio que os jogadores ainda oferecem ao game.Recentemente, um novo lançamento de um conhecido antigo mapa da série, remasterizado na engine de Black Ops III, balançou a comunidade e trouxe de volta o brilho nos olhos de novatos e veteranos no modo. Die Rise Remastered é mais um exemplo do quão acertada foi a decisão da Treyarch e da Activision — desenvolvedora e publicadora do game — de oferecer as ferramentas e o suporte do Steam Workshop aos jogadores.Diversão guiada pela comunidadeOs Custom Zombies, como são chamados os mapas feitos por fãs, são mapas e modificações feitas para o PC que, embora hoje tenha seu primor nos motores gráficos de Black Ops III, começou em uma situação parecida sob a base do Call of Duty: World at War, jogo que também possuía suporte a mods.Mesmo com o lançamento de versões mais novas do modo Zombies, muitos fãs da liberdade trazida pelo suporte a modificações se viam passando mais tempo no antigo WaW do que em jogos mais novos, que então eram Black Ops e Black Ops II. Sendo alguém que viveu essa época, posso afirmar o quão divertido era jogar mapas como Cheese Cube Unlimited, Town 23, ou até o excelente Leviathan.Com o lançamento de Black Ops III e suas ferramentas de mods, entretanto, a comunidade pôde graciosamente fazer a transição para uma engine muito mais moderna na qual não precisavam mais depender de um jogo lançado há tanto tempo como World at War. Além disso, a distribuição centralizada dos mapas na Steam Workshop facilitava a popularização dos mods entre iniciantes, tornando Custom Zombies mais popular do que nunca.A experiência originalDie Rise é um mapa de Call of Duty: Black Ops II Zombies lançado em fevereiro de 2013, parte do DLC Revolution, o primeiro pacote de mapas de expansão do game. O vertical mapa se passa em duas localizações ao mesmo tempo. Xangai, na timeline do jogo, acabou colidindo com a província 22, conhecida como Jilin, após os eventos da história do Zombies que acabaram resultando em uma Terra completamente fraturada. Tomando a verticalidade como aspecto central do level design, o jogador precisa andar entre dois prédios em ruínas, no qual parte de um deles está completamente de cabeça para baixo.Para facilitar a locomoção, Die Rise conta com diversos elevadores onde não somente o jogador pode subir em cima deles para acessar os andares do mapa como também, caso os acesse diretamente pela frente, encontrará as famosas máquinas de perks conhecidas do modo Zombies. Seguindo a lógica do mapa anterior, TranZit, os sobreviventes podem achar peças espalhadas pelo mapa para construir itens bastante úteis, como o trampolim — que não só facilita a locomoção entre os prédios, mas que pode ser usado para matar zumbis — e uma fortíssima arma especial chamada Sliquifier, que transforma zumbis em uma gosma roxa escorregadia.Apesar de ser uma excelente fase, Die Rise, no entanto, sofreu grandes críticas entre jogadores e fãs do modo por conta do mapa ser bastante punitivo. Isto se deu pelo fato da verticalidade, que, por mais que fosse um conceito interessante, muitas vezes acabava agindo contra a diversão dos sobreviventes. Cuidados tinham que ser tomados em todos os momentos para evitar uma indesejada queda para o precipício. Além disso, Die Rise conta com uma série de pulos intencionais que são bastante arriscados, mas sem uma proteção adequada para os jogadores, fazendo, assim, com que o menor dos desvios ao pular, ou até flutuações no FPS do game, causem um inesperado game over, como podemos ver no vídeo que segue, com o perdão da linguagem.Solução definitivaPara a felicidade da comunidade, exatamente 12 anos após o lançamento da fase original, em fevereiro de 2025 — curiosamente o ano no qual Black Ops II se passa —, o altamente esperado remaster do clássico mapa foi lançado para o público, fato que chegou a causar um pico notável de jogadores em Black Ops III. Ainda, o mapa rapidamente recebeu muitos elogios por ser uma recriação tão fiel, além de consertar muitos problemas que existiam no original. Utilizando o belo motor gráfico do BOIII, Die Rise Remastered se tornou possível graças ao importantíssimo apoio financeiro da comunidade, sendo então concebida por dois grandes modders da cena, Xela e Dobby.O mapa, todavia, não conta apenas com gráficos melhorados. Recursos antigos foram portados do jogo antigo, como o easter egg, sistema de níveis e perma-perks; bem como diversas mudanças de qualidade de vida foram implementadas, e entre elas estão: sistema de carregar de peças refeito, possibilitando um jogador a carregar quantas quiser em

Dizem que a história se repete; sobre isso, não posso afirmar muita coisa, mas certamente é o que acontece no caso de Call of Duty: Black Ops III, lançado em 2015, mas ainda extremamente popular entre a comunidade do modo Zombies do game. Suporte a modificações, acesso livre ao kit de desenvolvimento oficial do jogo, servidores privados e um constante fluxo de mapas feitos por fãs são os principais motivos por trás do apoio que os jogadores ainda oferecem ao game.
Recentemente, um novo lançamento de um conhecido antigo mapa da série, remasterizado na engine de Black Ops III, balançou a comunidade e trouxe de volta o brilho nos olhos de novatos e veteranos no modo. Die Rise Remastered é mais um exemplo do quão acertada foi a decisão da Treyarch e da Activision — desenvolvedora e publicadora do game — de oferecer as ferramentas e o suporte do Steam Workshop aos jogadores.
Diversão guiada pela comunidade
Os Custom Zombies, como são chamados os mapas feitos por fãs, são mapas e modificações feitas para o PC que, embora hoje tenha seu primor nos motores gráficos de Black Ops III, começou em uma situação parecida sob a base do Call of Duty: World at War, jogo que também possuía suporte a mods.
Mesmo com o lançamento de versões mais novas do modo Zombies, muitos fãs da liberdade trazida pelo suporte a modificações se viam passando mais tempo no antigo WaW do que em jogos mais novos, que então eram Black Ops e Black Ops II. Sendo alguém que viveu essa época, posso afirmar o quão divertido era jogar mapas como Cheese Cube Unlimited, Town 23, ou até o excelente Leviathan.
Com o lançamento de Black Ops III e suas ferramentas de mods, entretanto, a comunidade pôde graciosamente fazer a transição para uma engine muito mais moderna na qual não precisavam mais depender de um jogo lançado há tanto tempo como World at War. Além disso, a distribuição centralizada dos mapas na Steam Workshop facilitava a popularização dos mods entre iniciantes, tornando Custom Zombies mais popular do que nunca.
A experiência original
Die Rise é um mapa de Call of Duty: Black Ops II Zombies lançado em fevereiro de 2013, parte do DLC Revolution, o primeiro pacote de mapas de expansão do game. O vertical mapa se passa em duas localizações ao mesmo tempo. Xangai, na timeline do jogo, acabou colidindo com a província 22, conhecida como Jilin, após os eventos da história do Zombies que acabaram resultando em uma Terra completamente fraturada. Tomando a verticalidade como aspecto central do level design, o jogador precisa andar entre dois prédios em ruínas, no qual parte de um deles está completamente de cabeça para baixo.
Para facilitar a locomoção, Die Rise conta com diversos elevadores onde não somente o jogador pode subir em cima deles para acessar os andares do mapa como também, caso os acesse diretamente pela frente, encontrará as famosas máquinas de perks conhecidas do modo Zombies. Seguindo a lógica do mapa anterior, TranZit, os sobreviventes podem achar peças espalhadas pelo mapa para construir itens bastante úteis, como o trampolim — que não só facilita a locomoção entre os prédios, mas que pode ser usado para matar zumbis — e uma fortíssima arma especial chamada Sliquifier, que transforma zumbis em uma gosma roxa escorregadia.
Apesar de ser uma excelente fase, Die Rise, no entanto, sofreu grandes críticas entre jogadores e fãs do modo por conta do mapa ser bastante punitivo. Isto se deu pelo fato da verticalidade, que, por mais que fosse um conceito interessante, muitas vezes acabava agindo contra a diversão dos sobreviventes. Cuidados tinham que ser tomados em todos os momentos para evitar uma indesejada queda para o precipício. Além disso, Die Rise conta com uma série de pulos intencionais que são bastante arriscados, mas sem uma proteção adequada para os jogadores, fazendo, assim, com que o menor dos desvios ao pular, ou até flutuações no FPS do game, causem um inesperado game over, como podemos ver no vídeo que segue, com o perdão da linguagem.
Solução definitiva
Para a felicidade da comunidade, exatamente 12 anos após o lançamento da fase original, em fevereiro de 2025 — curiosamente o ano no qual Black Ops II se passa —, o altamente esperado remaster do clássico mapa foi lançado para o público, fato que chegou a causar um pico notável de jogadores em Black Ops III. Ainda, o mapa rapidamente recebeu muitos elogios por ser uma recriação tão fiel, além de consertar muitos problemas que existiam no original. Utilizando o belo motor gráfico do BOIII, Die Rise Remastered se tornou possível graças ao importantíssimo apoio financeiro da comunidade, sendo então concebida por dois grandes modders da cena, Xela e Dobby.
O mapa, todavia, não conta apenas com gráficos melhorados. Recursos antigos foram portados do jogo antigo, como o easter egg, sistema de níveis e perma-perks; bem como diversas mudanças de qualidade de vida foram implementadas, e entre elas estão: sistema de carregar de peças refeito, possibilitando um jogador a carregar quantas quiser em seu inventário; chave do elevador infinita, tornando possível usá-la para chamar elevadores quantas vezes for necessário; marcações fixas para o trampolim, setas que indicam locais apropriados no mapa para garantir que os jogadores não terão seu triste fim fazendo uso incorreto da ferramenta, entre muitas outras.
Ademais, aumentando significativamente o apelo do mapa, recursos completamente novos foram adicionados a Die Rise Remastered. Destes, meus preferidos com certeza são a chave dourada, item que permite os jogadores a travar elevadores em certos andares, bem como trocar o perk que neles estão; e, provavelmente, um dos recursos mais solicitados pela comunidade, a correção de uma “trollada” feita pela Treyarch no mapa original, a verdadeira inclusão do perk PHD Flopper.
Veja, a desenvolvedora, quando lançou o mapa em 2013, fez questão de provocar os jogadores dando a eles uma breve esperança de que poderiam adquirir o PHD Flopper no mapa. Seria uma inclusão totalmente lúcida, posto que uma das funções adquiridas com ele era a anulação do dano de queda. A Treyarch, entretanto, só deu o gostinho do PHD para os jogadores, tornando possível apenas enxergar de longe a máquina do perk enquanto os sobreviventes estavam em uma queda de elevador, logo no início do jogo. O acesso a ela, por consequência, era completamente barrado.
A história se repete
Em suma, devo dizer que Die Rise Remastered foi uma refrescante atualização para um clássico mapa. As melhorias de qualidade de vida indubitavelmente facilitam a adesão de novos jogadores ao estilo vertical da fase, tornando uma experiência que já era boa em um verdadeiro suco de Call of Duty Zombies. O mapa nos mostra o quão importante é o suporte da desenvolvedora às modificações, elemento essencial no que diz respeito à sobrevida do jogo, não esquecendo do apoio da comunidade que possibilitou o desenvolvimento.
Caso tenhas interesse em Die Rise Remastered, lembro que é necessário ter Call of Duty: Black Ops III na sua biblioteca do Steam. Mods não são disponíveis nos consoles, infelizmente. Quero também acrescentar que BOIII, por se tratar de um jogo com uma certa idade, possui diversas falhas de segurança completamente ignoradas pela Treyarch e Activision, fato que até hoje causa inconveniências para os jogadores. É, portanto, recomendado utilizar alguma ferramenta de proteção criada pela comunidade, como o T7patch, ou BO3 Enhanced. Dito isto, Die Rise Remastered é completamente gratuito e se encontra disponível no Steam Workshop.