Depressão Martinho. Duas estradas continuam cortadas após noite “muito mais calma”

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou entre as 00:00 e as 06:00 desta sexta-feira 23 ocorrências relacionadas com a passagem da depressão Martinho, que contrasta com a noite anterior, com milhares de ocorrências. No entanto, as estradas nacionais 120, que liga Alcácer do Sal a Lagos, e a 396, que serve […]

Mar 21, 2025 - 10:28
 0
Depressão Martinho. Duas estradas continuam cortadas após noite “muito mais calma”

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou entre as 00:00 e as 06:00 desta sexta-feira 23 ocorrências relacionadas com a passagem da depressão Martinho, que contrasta com a noite anterior, com milhares de ocorrências.

No entanto, as estradas nacionais 120, que liga Alcácer do Sal a Lagos, e a 396, que serve a zona industrial de Loulé (Algarve), mantinham-se cortadas ao início da manhã devido ao mau tempo, informou a GNR.

Segundo a mesma fonte, estas são as duas únicas estradas nacionais que ainda se mantêm cortadas por causa do mau tempo, depois de uma noite “mais calma”.

Na quinta-feira, a Infraestruturas de Portugal (IP) informou sobre o corte da EN 120 no concelho de Aljezur, distrito de Faro, devido ao risco de deslizamento causado pelo mau tempo.

Enquanto a EN 120 liga Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, a Lagos, no distrito de Faro, a EN 396 serve a zona industrial de Loulé e é paralela à variante que liga Loulé a Quarteira (Algarve).

Mobilizados dezenas de operacionais e meios terrestres

Numa informação publicada na rede social Facebook, a ANEPC indica que foram registadas 23 ocorrências relacionadas com a situação meteorológica adversa, que envolveram 29 operacionais e 27 meios terrestres.

Contactada pela agência Lusa, fonte da ANEPC disse que “a noite foi muito mais calma comparativamente ao dia anterior”.

A Proteção Civil contabilizou 8.600 ocorrências em Portugal continental, entre as 00:00 de quarta-feira e as 22:00 de quinta-feira, devido à passagem da depressão, em que a região mais afetada foi a de Lisboa e Vale do Tejo.

Segundo a ANEPC, a tipologia de ocorrências com maior incidência foi a queda de árvores, a totalizar 4.751 ocorrências, seguido de queda de estruturas, 2.251 e limpezas de via com 1.389.

Das 8.600 ocorrências registadas pela Proteção Civil, as áreas mais afetadas foram as regiões de Lisboa e Vale do Tejo, com 5.250 e a região Centro com um total de 1.722.

A passagem da depressão provocou milhares de ocorrências no continente português, na maioria quedas de árvores e estruturas, sobretudo na madrugada de quinta-feira, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.

Estradas, portos, linhas ferroviárias, espaços públicos, habitações, equipamentos desportivos, viaturas e serviços de energia e água foram afetados, em especial nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Sul, registando-se um ferido grave e perto de uma dezena de feridos ligeiros.

Na noite de quarta para quinta-feira, os ventos fortes ajudaram a propagar cerca de meia centena de incêndios rurais no Minho, sem registo de vítimas ou danos em habitações, numa época pouco propícia a fogos.

O cenário de chuva e vento fortes vai manter-se até sábado, segundo as autoridades.

DD (TAB)// SB

Lusa/Fim