Defesa de Collor pede prisão domiciliar enquanto espera julgamento

Advogados argumentam que ex-presidente já tem 75 anos e comorbidades, como Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar

Abr 25, 2025 - 18:29
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Defesa de Collor pede prisão domiciliar enquanto espera julgamento

A defesa do ex-presidente Fernando Collor, 75 anos, pediu nesta 6ª feira (25.abr.2025) ao STF (Supremo Tribunal Federal) a concessão de prisão domiciliar, enquanto aguarda julgamento para referendar a ordem de prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.

O caso estava no plenário virtual, mas foi transferido para o plenário físico depois do pedido de destaque do ministro Gilmar Mendes. O julgamento ainda não tem data marcada, mas os ministros podem antecipar seus votos até às 23h59.

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“Nesse cenário de pendência de enfrentamento de questões de primeira ordem absolutamente prejudiciais ao cumprimento imediato da pena de prisão em regime fechado, o peticionante requer a imediata concessão de prisão domiciliar”, afirmou a defesa.

Os advogados de Collor argumentam que o ex-presidente é idoso e tem comorbidades graves, como Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar, “necessitando de uso diário de medicações, uso de CPAP [equipamento usado para tratar distúrbios respiratórios de sono] e de visitas médicas especializadas periódicas”. Leia a íntegra do pedido (PDF – 372 kB).

Collor foi preso na madrugada desta 6ª feira (25.abr), em Maceió (AL), enquanto se dirigia a Brasília para se entregar à PF (Polícia Federal). Depois de rejeitar os recursos do ex-presidente para rever a dosimetria da sua pena, Moraes determinou o cumprimento imediato da prisão. A audiência de custódia por videoconferência é realizada desde às 11h30.

O ex-presidente foi condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa em 2023. A Justiça comprovou que Collor recebeu R$ 20 milhões para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis, enquanto era senador.