Débora Bloch pede bênção a Beatriz Segall para estreia como Odete Roitman no remake de “Vale Tudo”

Atriz lembra ligação antiga com a primeira Odete, que foi sua avó em "Sol de Verão"

Abr 26, 2025 - 22:06
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Débora Bloch pede bênção a Beatriz Segall para estreia como Odete Roitman no remake de “Vale Tudo”

Débora Bloch homenageia Beatriz Segall no dia da estreia

Débora Bloch pediu a bênção de Beatriz Segall, que morreu em 2018, para estrear como Odete Roitman no remake de “Vale Tudo”. O episódio de sua chegada está marcado para este sábado (26/4).

“É hoje! Peço a bênção a quem um dia foi minha avó em cena – e que hoje, de forma simbólica, reencontro em mim”, escreveu Débora, publicando fotos em homenagem à intérprete original da vilã. As imagens são da época em que as duas atuaram como avó e neta na novela “Sol de Verão”, exibida em 1982 pela TV Globo.

“Agora, somos a mesma mulher, em tempos e gestos diferentes. Que eu consiga honrar, com delicadeza e força, tudo o que aprendi ao seu lado”, completou.

Trajetória de Beatriz Segall e papel emblemático

Odete Roitman é considerada a vilã mais emblemática da teledramaturgia brasileira e o papel mais marcante da carreira de Beatriz Segall (1926-2018). Apesar da projeção conquistada, a atriz lamentava o fato de nunca ter tido contrato de longo prazo com a Globo, trabalhando sempre por obra.

“A Globo nunca me deu importância. Nunca fui contratada [pela Globo]. Sempre trabalhei por obra. Por quê? Eles nunca me ofereceram, e eu não procurei”, explicou Beatriz em entrevista.

A atriz iniciou sua carreira na televisão nos anos 1950, na TV Tupi, e estreou na Globo em 1978, em “Dancin’ Days”, escrita por Gilberto Braga (1945-2021). Nos anos seguintes, atuou em tramas marcantes como “Pai Herói” (1979) e “Água Viva” (1980).

Foi em “Vale Tudo”, porém, que alcançou enorme sucesso ao interpretar a arrogante e preconceituosa Odete Roitman, assassinada na reta final da história, o que gerou um dos maiores mistérios da teledramaturgia: quem matou Odete Roitman.

Últimos trabalhos e críticas à nova geração

Após o sucesso, Beatriz Segall recusou outros papéis de vilã e criticou a qualidade das novelas contemporâneas. “Os elencos de antigamente eram melhores. Hoje seria difícil fazer ‘Água Viva’ e ‘Vale Tudo’, por exemplo. Vejo só o noticiário em geral. As novelas do meu tempo eram muito boas. As de agora são mais fraquinhas. Ai, agora é que não me chamam mesmo [para trabalhar em novela], depois de eu dizer isso”, brincou.

Seu último trabalho na Globo foi uma participação na série “Os Experientes” (2015), interpretando uma senhora que surpreendia um bandido durante um assalto a banco. Beatriz Segall morreu aos 92 anos, vítima de problemas respiratórios e complicações da doença de Alzheimer.

Novo “Vale Tudo” celebra os 60 anos da Globo

O remake de “Vale Tudo” celebra os 60 anos da Globo. A nova versão da novela tem autoria de Manuela Dias e direção artística de Paulo Silvestrini.