CPR 2025: Duelo de Titãs e Pequenos Gigantes

Rali Serras de Fafe dá o tiro de partida para uma época que se espera escaldante no Campeonato de Portugal de Ralis.

No Campeonato de Portugal de Ralis 2025, a competição promete emoções fortes, com um verdadeiro Duelo de Titãs no topo: Dani Sordo e Kris Meeke chegam com o favoritismo incontestável, prontos para travar batalhas épicas ao longo das oito provas da temporada.

No entanto, atrás deles, um grupo de Pequenos Gigantes está determinado a desafiar as expetativas. Pilotos como Armindo Araújo, Ricardo Teodósio, José Pedro Fontes e Rúben Rodrigues mostram que têm talento e velocidade para se intrometer na luta pelos pódios. Entre veteranos experientes e jovens promessas, esta temporada promete ser uma das mais disputadas de sempre! E não tem somente pontos de interesse na frente…

Amanhã será dado o arranque oficial da edição de 2025 do Campeonato de Portugal de Ralis, com o Rali Serras de Fafe, Felgueiras, Boticas e Cabeceiras de Basto. Tal como tem sucedido nos últimos anos, cabe ao Demoporto a organização da primeira de oito provas que compõem o calendário, uma vez mais dividido por pisos de terra e asfalto, com quatro provas cada, num evento que servirá, como noutros anos, para medir o pulso às ambições dos principais candidatos, num confronto que este ano surge bem mais apimentado, já o plantel do CPR 2025 promete ser o melhor de sempre em termos de nível de participantes e de competitividade, depois de Dani Sordo (Hyundai i20 N Rally2) reforçar o Team Hyundai Portugal, ocupando a vaga deixada em aberto por Kris Meeke (Toyota Yaris Rally2) que se mudou para a Toyota Gazoo Racing Caetano Portugal.

Kris Meeke-Stuart Loudon (Toyota GR Yaris Rally2) e Dani Sordo-Cándido Carrera (Hyundai i20 N Rally2) são claramente os favoritos a lutar pelos triunfos em todas as provas, num confronto com ‘sabor’ a Mundial de Ralis. Não há a menor dúvida que em termos de performance pura estas duas duplas estarão acima de todos os restantes, mas não só há quem esteja perto, como também é perfeitamente possível tirar partido da luta dos dois titãs. É que nas lutas que irão ter um com o outro, não vão poder tirar pé e quem vem mais atrás pode aproveitar…

Logicamenter, preparados para morder os calcanhares aos dois protagonistas com melhor ‘cartel’ estão um conjunto de grandes duplas lusas, com Armindo Araújo-Luís Ramalho (Škoda Fabia RS Rally2) à cabeça, eles que no ano passado levaram a luta pelo título até aos derradeiros metros da última prova do campeonato, tendo tudo para voltar a “andar na sombra”.

Também a querer andar no mesmo encalço estarão Ricardo Teodósio-José Teixeira (Toyota GR Yaris Rally2), que se estão a adaptar muito bem à nova montada e com muita vontade de mostrar serviço. E talvez também Rúben Rodrigues-Hugo Magalhães (Toyota GR Yaris Rally2) que já no ano passado em Fafe terminaram no Top 4 do CPR.

O campeão açoriano surge esta época empenhado em disputar as oito provas e trocou o Skoda Fabia RS Rally2 pelo Toyota Yaris Rally2, e pelo andamento que já mostrou, é bem capaz de muito rapidamente lutar pelos pódios do CPR.

‘Tubarões’ dos WRC incluídos…

José Pedro Fontes-Inês Ponte (Citroën C3 Rally2) podem, certamente, também andar por perto, embora se espere bem mais deles no asfalto.

De referir que em Fafe estarão também Mārtiņš Sesks-Ralfs Igavenš (Ford Fiesta Rally2) que já conhece a prova, pois este cá em 2022 e 2023 aquando do Europeu de Ralis, já com um Skoda Fabia RS Rally2, na segunda vez, portanto terá certamente de se contar com ele quanto às lutas na frente nesta prova.

Entre os restantes grupo dos RC2 do CPR estarão Pedro Almeida-António Costa, este ano com um novo Škoda Fabia RS Rally2 o que significa que podem melhorar os resultados de 2024.

De quem se espera um bom crescimento nas três provas que vão fazer, estão Hugo Lopes-Magda Oliveira (Hyundai i20 N Rally2), a segunda dupla do Team Hyundai Portugal.

Pedro Meireles-Mário Castro (Škoda Fabia RS Rally2) reeditam a dupla campeã de 2014, com o piloto a não competir na terra desde abril passado, sendo que o vai fazer com uma nova máquina, que já testou.

Em Fafe marcam igualmente presença Lucas Simões-Gonçalo Cunha, que trocaram o Ford Fiesta Rally2 pelo Škoda Fabia Rally2 evo, Ernesto Cunha (SkodaFabia Rally2 Evo), que este ano querem subir degraus em termos de resultados, Paulo Neto (SkodaFabia Rally2 Evo), que pretende voltar a vencer o Masters e Ricardo Filipe (Skoda Fabia R5) que pretende continuar a aumentar a sua competitividade.

Um parêntese para destacar um facto sem precedentes e muito relevante na história do CPR, que é o apoio a jovens pilotos por parte da Hyundai Portugal e da FPAK, traduzido no Hyundai Júnior Team FPAK que esta época vai permitir a Gonçalo Henriques e a Hugo Lopes fazer a sua estreia com um Rally2, disputando três ralis cada.

Ambos têm a particularidade de ter a seu lado mulheres como co-pilotos e se a dupla Hugo Lopes/Magda Oliveira inicia a época em Fafe, Gonçalo Henriques/Inês Veiga entrará em ação no Algarve.

No CPR 2RM (duas rodas motrizes) espera-se, também, uma época de grandes disputas, sendo de salientar a estreia de Danny Carreira, o vencedor do Crio Trophy Portugal em 2024, que se junta ao pelotão dos Peugeot 208 Rally4, entre os quais figuram pilotos como Ricardo Sousa, Guilherme Meireles, Pedro Silva, Rafael Cardeira, Diogo Marujo ou Anton Korzun.

Quando o pó – ou muito provavelmente a lama – assentar nas classificativas de Fafe, Felgueiras, Boticas e Cabeceiras de Basto, as primeiras respostas começarão a surgir. Quem confirmou o favoritismo? Quem surpreendeu? E quem ainda tem trabalho pela frente? O Campeonato de Portugal de Ralis de 2025 promete ser uma montanha-russa de emoções, onde em cada curva se pode mudar o rumo da história.

Os Titãs já afinam as máquinas para um duelo épico, mas os Pequenos Gigantes estão prontos para desafiar a hierarquia e escrever os seus próprios capítulos de glória. O palco está montado, os motores já rugem amanhã e a temporada apenas terá começado…