Como falar com as crianças sobre sexualidade? Psicóloga comenta caso de menino que encontrou revista com nudez e explica o que fazer
Especialista afirmou que tema precisa ser tratado com naturalidade e não banalizado. Pai afirmou que o filho encontrou a revista com fotos de mulheres nuas em uma policlínica de Santos (SP). Criança encontra revista com mulheres nuas dentro de unidade de saúde em Santos (SP) Arquivo pessoal e Divulgação/Prefeitura de Santos O caso do menino de 11 anos que encontrou uma revista com fotos de mulheres nuas dentro de uma unidade de saúde em Santos, no litoral de São Paulo, acende um alerta à importância sobre a pauta da sexualidade entre pais e filhos. Ao g1, a psicóloga Thalita Lacerda Nobre afirmou que é nesta idade, apontada em estudos como pré-adolescência, que algumas mudanças corporais vão acontecendo. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp. O caso aconteceu na Policlínica da Aparecida. O pai da criança contou que o filho estava no local com a mãe para acompanhar um exame da avó. O menor, inclusive, aproveitou para tomar uma vacina na unidade de saúde. Por meio de nota, a prefeitura informou que a revista foi retirada da policlínica após a reclamação da mãe da criança. Ainda de acordo com a administração municipal, a unidade de saúde recebe doações de livros dos munícipes (veja o posicionamento completo abaixo). De acordo com a psicóloga, é comum o interesse sobre a sexualidade durante essa idade, mas, por serem imaturos e inseguros sobre as mudanças corporais. "De alguma forma, isso, às vezes, pode assustar um pouco os pais". De acordo com Thalita, é comum o interesse sobre a sexualidade durante essa idade, mas as crianças ainda são imaturas e inseguras sobre as mudanças corporais nesta fase. Para ela, talvez os pais tenham se assustado mais ao ver o filho tendo contato com esse tipo de material na policlínica e tenham transmitido para o menino essa ansiedade. "Isso talvez não acontecesse se os pais tratassem a questão da sexualidade com naturalidade". Os responsáveis, segundo ela, agiram corretamente ao questionar porque uma policlínica não tem que oferecer esse tipo de material. "A gente sabe que isso está completamente inadequado". A questão, para a psicóloga, está na proibição do assunto. "Talvez a questão da sexualidade naquela família seja algo muito proibido, então falar de desejo sexual, nudez seja algo, assim, muito tabu e ele nunca tenha visto. Então, eu não consigo pensar num trauma a partir de um fato isolado como esse". E como agir?


Especialista afirmou que tema precisa ser tratado com naturalidade e não banalizado. Pai afirmou que o filho encontrou a revista com fotos de mulheres nuas em uma policlínica de Santos (SP). Criança encontra revista com mulheres nuas dentro de unidade de saúde em Santos (SP) Arquivo pessoal e Divulgação/Prefeitura de Santos O caso do menino de 11 anos que encontrou uma revista com fotos de mulheres nuas dentro de uma unidade de saúde em Santos, no litoral de São Paulo, acende um alerta à importância sobre a pauta da sexualidade entre pais e filhos. Ao g1, a psicóloga Thalita Lacerda Nobre afirmou que é nesta idade, apontada em estudos como pré-adolescência, que algumas mudanças corporais vão acontecendo. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp. O caso aconteceu na Policlínica da Aparecida. O pai da criança contou que o filho estava no local com a mãe para acompanhar um exame da avó. O menor, inclusive, aproveitou para tomar uma vacina na unidade de saúde. Por meio de nota, a prefeitura informou que a revista foi retirada da policlínica após a reclamação da mãe da criança. Ainda de acordo com a administração municipal, a unidade de saúde recebe doações de livros dos munícipes (veja o posicionamento completo abaixo). De acordo com a psicóloga, é comum o interesse sobre a sexualidade durante essa idade, mas, por serem imaturos e inseguros sobre as mudanças corporais. "De alguma forma, isso, às vezes, pode assustar um pouco os pais". De acordo com Thalita, é comum o interesse sobre a sexualidade durante essa idade, mas as crianças ainda são imaturas e inseguras sobre as mudanças corporais nesta fase. Para ela, talvez os pais tenham se assustado mais ao ver o filho tendo contato com esse tipo de material na policlínica e tenham transmitido para o menino essa ansiedade. "Isso talvez não acontecesse se os pais tratassem a questão da sexualidade com naturalidade". Os responsáveis, segundo ela, agiram corretamente ao questionar porque uma policlínica não tem que oferecer esse tipo de material. "A gente sabe que isso está completamente inadequado". A questão, para a psicóloga, está na proibição do assunto. "Talvez a questão da sexualidade naquela família seja algo muito proibido, então falar de desejo sexual, nudez seja algo, assim, muito tabu e ele nunca tenha visto. Então, eu não consigo pensar num trauma a partir de um fato isolado como esse". E como agir?