Collor está em sala especial na PF em Alagoas e não apresentou resistência à prisão
O ex-presidente Fernando Collor de Mello está preso em uma sala especial da Polícia Federal em Alagoas, segundo informações da PF. A sala fica distante da carceragem da polícia.
Collor foi detido na madrugada desta sexta-feira (25) no aeroporto de Maceió. E, segundo o blog apurou com interlocutores, não apresentou resistência à prisão.
"Está bem, tranquilo", disse uma fonte. "Não ofereceu resistência na hora da prisão", completou.
Collor está em sala especial na PF em Alagoas e não apresentou resistência à prisão
Ainda segundo pessoas ouvidas pelo blog, Collor afirmou que estava indo para Brasília se entregar, mas a PF achou prudente realizar a prisão logo.
A medida foi tomada, ainda segundo fontes, porque não houve manifestação oficial, por parte da defesa, junto à PF ou ao STF sobre essa decisão de se entregar.
Antes da prisão, nesta quinta (24), a defesa de Collor afirmou que recebeu a decisão de Alexandre de Moraes com "surpresa" e "preocupação". Em seguida, disse que ele se apresentaria para o cumprimento da decisão.
Compra de passagens
A Policia Federal tinha conhecimento da compra de uma passagem por parte do ex-presidente para São Paulo na data desta sexta, comprada antes da decisão de Moraes.
Depois, os policiais, tomaram conhecimento da compra de passagem para Brasília. Essa comprada após a decisão do ministro do STF.
O processo e a condenação
Collor foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF em agosto de 2015 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e obstrução de Justiça.
➡️ Ao torná-lo réu em 2017, no entanto, o STF "descartou" as acusações de peculato e obstrução de Justiça.
➡️ E ao condenar, em 2023, considerou que o crime de organização criminosa já tinha prescrevido – ou seja, não cabia mais punição.
➡️ Para os ministros do STF, a propina devidamente comprovada foi de R$ 20 milhões, valor menor que os R$ 29,9 milhões apontados pela PGR na denúncia.
O caso foi julgado no STF porque, na época da denúncia, o político era senador pelo PTB de Alagoas. Quatro pessoas ligadas a ele também foram denunciadas.
Segundo a PGR, Fernando Collor recebeu R$ 26 milhões entre 2010 e 2014 como propina por ter "intermediado" contratos firmados pela BR Distribuidora, à época vinculada à Petrobras.
A BR Distribuidora, inclusive, tinha dois diretores indicados por Collor.
Os contratos envolviam revenda de combustíveis, construção de bases para distribuição e gestão de pagamentos e programas de milhagem.
Segundo a denúncia, Collor usava sua influência na BR Distribuidora para favorecer determinadas empresas – e, em troca, recebia uma "comissão" sobre os contratos firmados.
Collor apareceu nos relatos de pelo menos três delatores da Lava Jato:
o doleiro Alberto Youssef disse que o ex-presidente recebeu R$ 3 milhões;
o dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, citou R$ 20 milhões em propina;
auxiliar de Youssef, Rafael Ângulo disse que entregou pessoalmente a Collor R$ 60 mil em notas de R$ 100 em um apartamento em São Paulo – dinheiro de corrupção.
Durante as investigações, a PF apreendeu três veículos em uma casa de Collor em Brasília: uma Ferrari, um Porsche e uma Lamborghini. Todos, em nome de empresas de fachada.
Segundo as investigações, a compra de carros luxuosos, imóveis e obras de arte era uma estratégia para lavar o dinheiro da corrupção.
O ex-presidente Fernando Collor de Mello está preso em uma sala especial da Polícia Federal em Alagoas, segundo informações da PF. A sala fica distante da carceragem da polícia.
Collor foi detido na madrugada desta sexta-feira (25) no aeroporto de Maceió. E, segundo o blog apurou com interlocutores, não apresentou resistência à prisão.
"Está bem, tranquilo", disse uma fonte. "Não ofereceu resistência na hora da prisão", completou.
Collor está em sala especial na PF em Alagoas e não apresentou resistência à prisão
Ainda segundo pessoas ouvidas pelo blog, Collor afirmou que estava indo para Brasília se entregar, mas a PF achou prudente realizar a prisão logo.
A medida foi tomada, ainda segundo fontes, porque não houve manifestação oficial, por parte da defesa, junto à PF ou ao STF sobre essa decisão de se entregar.
Antes da prisão, nesta quinta (24), a defesa de Collor afirmou que recebeu a decisão de Alexandre de Moraes com "surpresa" e "preocupação". Em seguida, disse que ele se apresentaria para o cumprimento da decisão.
Compra de passagens
A Policia Federal tinha conhecimento da compra de uma passagem por parte do ex-presidente para São Paulo na data desta sexta, comprada antes da decisão de Moraes.
Depois, os policiais, tomaram conhecimento da compra de passagem para Brasília. Essa comprada após a decisão do ministro do STF.
O processo e a condenação
Collor foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF em agosto de 2015 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e obstrução de Justiça.
➡️ Ao torná-lo réu em 2017, no entanto, o STF "descartou" as acusações de peculato e obstrução de Justiça.
➡️ E ao condenar, em 2023, considerou que o crime de organização criminosa já tinha prescrevido – ou seja, não cabia mais punição.
➡️ Para os ministros do STF, a propina devidamente comprovada foi de R$ 20 milhões, valor menor que os R$ 29,9 milhões apontados pela PGR na denúncia.
O caso foi julgado no STF porque, na época da denúncia, o político era senador pelo PTB de Alagoas. Quatro pessoas ligadas a ele também foram denunciadas.
Segundo a PGR, Fernando Collor recebeu R$ 26 milhões entre 2010 e 2014 como propina por ter "intermediado" contratos firmados pela BR Distribuidora, à época vinculada à Petrobras.
A BR Distribuidora, inclusive, tinha dois diretores indicados por Collor.
Os contratos envolviam revenda de combustíveis, construção de bases para distribuição e gestão de pagamentos e programas de milhagem.
Segundo a denúncia, Collor usava sua influência na BR Distribuidora para favorecer determinadas empresas – e, em troca, recebia uma "comissão" sobre os contratos firmados.
Collor apareceu nos relatos de pelo menos três delatores da Lava Jato:
o doleiro Alberto Youssef disse que o ex-presidente recebeu R$ 3 milhões;
o dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, citou R$ 20 milhões em propina;
auxiliar de Youssef, Rafael Ângulo disse que entregou pessoalmente a Collor R$ 60 mil em notas de R$ 100 em um apartamento em São Paulo – dinheiro de corrupção.
Durante as investigações, a PF apreendeu três veículos em uma casa de Collor em Brasília: uma Ferrari, um Porsche e uma Lamborghini. Todos, em nome de empresas de fachada.
Segundo as investigações, a compra de carros luxuosos, imóveis e obras de arte era uma estratégia para lavar o dinheiro da corrupção.