Citroën Basalt é SUV sob medida para motoristas de app; veja porquê

Além de ser o SUV mais barato do mercado brasileiro atualmente, Citroën Basalt oferece muito espaço, boa lista de equipamentos e motor turbo O post Citroën Basalt é SUV sob medida para motoristas de app; veja porquê apareceu primeiro em Jornal do Carro - Estadão.

Fev 12, 2025 - 00:40
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Citroën Basalt é SUV sob medida para motoristas de app; veja porquê
Citroën Basalt Shine Turbo 200

O mercado de SUVs compactos cresceu tanto nos últimos 10 anos, que o jeito foi criar subsegmentos. Um deles é o de SUVs-cupês. O conceito estreou em marcas premium, com o BMW X6, e se popularizou recentemente com o lançamento de modelos nacionais. Por exemplo, o Fiat Fastback e, dentro da mesma Stellantis, o – também inédito – Citroën Basalt.

O Jornal do Carro avaliou a versão de topo de linha Shine. E o SUV-cupê da marca francesa surpreendeu pela praticidade, economia de combustível e outros predicados, como, por exemplo, o espaço a bordo. Aliás, o Citroën Basalt chamou bastante a atenção de motoristas de aplicativo, como Uber e 99. O motivo é simples: o modelo tem tudo o que esses profissionais mais valorizam: farto espaço interno, boa lista de equipamentos e preço acessível.

Tabela subiu, mas SUV continua o mais barato

O Basalt é atualmente o SUV mais acessível do País. O modelo – que já subiu quase R$ 10 mil desde o lançamento – parte de R$ 99.490 na versão Feel, com motor aspirado e câmbio manual. O portfólio ainda tem as versões com motor turbo – Feel, por R$ 115.700, e Shine, com tabela de R$ 117.100. Além de mais barato que alguns hatches compactos, o Citroën Basalt pode atuar em categorias superiores nos apps de corridas, como Uber Black e Comfort, por exemplo. Já a 99Plus não aceita o modelo.


Vagner Aquino/Estadão

Em relação ao posicionamento de mercado, o Citroën Basalt tem Fiat Pulse e Renault Kardian como principais concorrentes, mas também disputa vendas com versões de entrada de Chevrolet Tracker, Nissan Kicks e VW T-Cross. Já em estilo, o modelo lançado no começo de outubro de 2024 também briga dentro de casa com o Fiat Fastback e com o recém-renovado VW Nivus. Porém, o modelo da marca italiana é bem mais caro, embora tenha o mesmo conjunto mecânico nas versões de acesso.

Espaço e bom comportamento

Com o entre-eixos de 2,67 metros, o Basalt surpreende positivamente na cabine. Como a caída do teto não é tão acentuada, mesmo os mais altos se livram de raspar a cabeça no teto quando acessam o banco traseiro. Além disso, o SUV-cupê tem um generoso porta-malas de 490 litros de volume. Ou seja, é maior até que o do Toyota Corolla, que é referência (e até um sonho de consumo) para motoristas de aplicativo. O estepe é de uso temporário.


Vagner Aquino/Estadão

Em relação ao conforto, a suspensão do Basalt promete agradar que busca conforto. A Stellantis fez um ajuste semelhante aos modelos da Fiat, e isso não é ruim. Afinal, tem como resultado um acerto mais macio, sem batidas secas de amortecedor. Na prática, o SUV-cupê da Citroën entrega ótimo equilíbrio dinâmico e oferece alta precisão em manobras. Já a direção elétrica é bem leve mesmo em alta velocidade, o que pode incomodar quem gosta de um ajuste mais firme.

Citroën Basalt Shine Turbo 200
Vagner Aquino/Estadão

Motor tem fôlego e bebe pouco

A versão avaliada, Shine Turbo 200, traz o motor 1.0 turboflex de três cilindros e até 130 cv, já disponível em outros modelos da Stellantis – como Peugeot 208 e Fiat Strada, por exemplo. Ao volante, o torque de 20,4 mkgf agrada, já que fica disponível a breves 1.750 rpm, entregando agilidade. Aliás, o motor “mil” rende desempenho surpreendente no SUV, mesmo com o porte robusto. São 4,34 metros de comprimento, 1,82 m de largura e 1,59 m de altura, com 1.191 kg em ordem de marcha.

Sobre o câmbio automático do tipo CVT que simula sete marchas, em determinados momentos acontece um certo atraso nas respostas. A transmissão parece não acompanhar o ritmo do motor. Mas, em ambiente urbano (onde circulam a maioria dos motoristas de aplicativo), não deixa a desejar. Na estrada, em ultrapassagens, o CVT embala. Contudo, o isolamento acústico nessas horas não é um primor. E o ronco do motor invade a cabine.

Nada de raspar o nariz

Nas ruas, ponto para a boa altura em relação ao solo. Os 18 centímetros de vão livre não permitem que o carro ‘raspe o nariz’ em valetas, lombadas, rampas, nem nos incontáveis buracos das ruas da cidade de São Paulo – onde permanecemos praticamente 100% do tempo durante a avaliação. Ângulos de ataque e saída: 20,5 graus e 28 graus, respectivamente.


Em relação ao consumo, durante os testes, o carro chegou a cravar 10,1 km/l em consumo combinado (cerca de 80% em ambiente urbano), com etanol no tanque. Cabe lembrar que, de acordo com dados do Inmetro, o modelo faz as seguintes médias: 8,3 km/l (etanol/cidade) e 9,6 km/l (etanol/estrada), e 11,9 km/l (gasolina/cidade) e 13,7 km/l (gasolina/estrada).

Estética é polêmica, mas agradou

O Basalt continua chamando a atenção por onde passa. Duramente criticado antes do lançamento, o modelo foi bem recebido nas ruas. Muito disso se deve ao visual traseiro, que ficou harmônico. Inegavelmente melhor do que o Fiat Fastback – por não ter aquele balanço traseiro exagerado. “As rodas de liga leve diamantadas de 16 polegadas até parecem maiores”, “Essas lanternas ficaram bem bonitas”, “Gostei mais do carro pessoalmente do que nas fotos”, foram alguns dos comentários que o carro recebeu durante esta avaliação.

Citroën Basalt Shine Turbo 200
Vagner Aquino/Estadão

O Basalt tem as colunas traseiras largas, lanternas quadradas e, na versão de topo, vem com o teto pintado de preto. A dianteira é a mesma do Aircross e poderia ter iluminação de LEDs. Ficaria mais interessante, afinal, a combinação de luzes DRL e conjunto halógeno passa a ideia de falta de tecnologia, de solução mal acabada.

Citroën Basalt Shine Turbo 200
Vagner Aquino/Estadão

Para motorista e passageiros

Das portas para dentro, quem já entrou na família C3 se sente em casa. O Basalt oferece a central multimídia com tela de 10″ e conexão para Apple CarPlay e Android Auto sem o uso de fios. O volante é multifuncional, mas não tem sequer regulagem de altura. Gafe para um carro que supera os R$ 100 mil. Seja como for, em relação à segurança, carrega quatro airbags, freios ABS, controle de estabilidade e ganchos Isofix para fixação de cadeirinhas infantis.


Citroën Basalt Shine Turbo 200
Vagner Aquino/Estadão

Além do espaço para quem vai atrás, o Basalt oferece alguns mimos para os passageiros. Todo motorista de app já deve ter ouvido: “Moço, tem entrada para recarga?”. No Basalt, nem precisa perguntar. Afinal, tem duas na parte de trás, ao alcance das mãos (e tem uma na frente). Mas o ar-condicionado (digital) poderia ter saídas traseiras e não há descansa braço central ou porta-copos. Para fechar, os comandos dos vidros de trás ficam no console central. Por um lado, não é acionado involuntariamente pelo cotovelo do passageiro, mas exige mais elasticidade de quem está a bordo.

Vagner Aquino/Estadão

Para o motorista que passa o dia todo ao volante (que aliás, tem comando satélite e revestimento de couro), o SUV-cupê conta com controlador (não adaptativo) e limitador de velocidade, assistente de partida em rampa e direção elétrica. Uma mão na roda durante as manobras de estacionamento. Nesse momento, aliás, ajudam a câmera de ré e os sensores traseiros.

Abuso de plástico é problema?

Tem, por fim, quadro de instrumentos digital e a forração interna quase toda de plástico, o que, apesar da simplicidade, entrega robustez. Afinal, limpar plástico é muito mais fácil quando se anda com diferentes tipos de passageiros a bordo.

Citroën Basalt Shine Turbo 200
Vagner Aquino/Estadão

PRÓS

Além do porta-malas maior que o do Toyota Corolla, Basalt tem espaço generoso e é o SUV mais barato do Brasil. Motor turbo e câmbio CVT entregam ótimo desempenho e a lista de equipamentos é honesta;

CONTRAS

Ausência de regulagem de altura no volante é ruim e isolamento acústico é pobre; excesso de plástico na cabine pode não agradar alguns motoristas;

FICHA TÉCNICA

Citroën Basalt Shine Turbo 200
Motor
: 1.0, três cilindros, injeção direta, turboflex
Potência: 125/130 cv (G/E) a 5.750 rpm
Torque: 20,4 mkgf (G/E) a 1.750 rpm
Câmbio: Automático CVT com 7 marchas virtuais
Tração: Dianteira
Tanque de combustível: 47 litros
Suspensões: Independente do tipo McPherson (dianteira) e eido de torção (traseira)
Freios: Disco ventilado com pinça flutuante (dianteira) e tambor (traseira)
Comprimento: 4,34 m
Largura: 1,82 m
Altura: 1,59 m
Entre-eixos: 2,64 m
Altura do solo: 18 centímetros
Ângulo de entrada: 20,5 graus
Ângulo de saída: 28 graus
Porta-malas: 490 litros
Peso (ordem de marcha): 1.191 kg
Preço: R$ 117.100


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No lançamento, em outubro, Citroën Basalt custava a partir de R$ 89.990

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