China proíbe exportação para 12 empresas que atendem defesa dos EUA
Companhias afetadas são produtoras de equipamentos usados pelo Exército norte-americano; a medida é mais uma resposta ao tarifaço de Trump

Em mais uma medida em resposta à taxação de importações imposta pelos Estados Unidos, o Ministério do Comércio da China incluiu nesta 4ª feira (9.abr.2025) 12 empresas norte-americanas em uma lista de restrição de exportações. As companhias são fabricantes de produtos de tecnologia e tem como clientes empresas de defesa e o Exército dos EUA.
Com isso, as empresas chinesas estão proibidas de vender produtos para essas companhias. A medida tem efeito imediato. O argumento é que a decisão visa assegurar os interesses nacionais e cumprir obrigações internacionais como a não proliferação de artigos militares.
“A exportação de itens de dupla utilização [uso civil e militar] para essas entidades é proibida. Essas entidades podem se envolver em atividades que possam colocar em risco a segurança e os interesses nacionais da China, e nenhum operador exportador poderá violar as disposições acima”, disse o porta-voz do Ministério do Comércio da China. Eis a íntegra da declaração (PDF – 36 kB, em inglês).
Segundo o governo de Xi Jinping, casos especiais, em que a exportação é necessária, devem ser apresentados às autoridades chinesas e aguardar a aprovação.
Leia abaixo a lista de empresas incluídas na lista:
- American Photonics – fabricante de lasers;
- Novotech – fabricante de fármacos;
- Echodyne – fabricante de radares;
- Marvin Engeering Company – fabricante de equipamentos de defesa aérea;
- Exovera – empresa de cibersegurança;
- Teledyne Brown Engineering – fabricante de equipamentos de segurança aerospacial;
- Brinc Drones – fabricante de drones;
- Synexxus – fabricante de sensores militares;
- Firestorm Labs – fabricante de drones
- Kratos Unmanned Aerial Systems – fabricante de drones;
- Domo Tactical Communications – fabricante de equipamentos de comunicação;
- Insitu – fabricante de drones.
TARIFAÇO DOS EUA
As tensões entre a China e o governo dos EUA começaram com o tarifaço do presidente Donald Trump (Partido Republicano) sobre o país asiático em 34%. Somados aos 20% anteriores, resultavam em 54% de tarifas.
O governo do presidente da China, Xi Jinping, no entanto, retaliou com tributos de 34%. Os norte-americanos ameaçaram devolver com mais 50% de taxas caso os chineses não recuassem, o que elevou a tarifa a 104%.
Já nesta 4ª feira (9.abr), Trump ajustou para o valor para 125% depois que a China respondeu ao governo norte-americano com os mesmos 50%, o que deixou a tarifa chinesa em 84%.