China intensifica testes com caças de sexta geração com alto poder de manobra e manda recado aos EUA

Duas aeronaves militares de sexta geração da China têm sido observadas em operações de voo nas últimas semanas, segundo registros divulgados em redes sociais e reportagens da imprensa especializada. As manobras foram registradas nas proximidades das sedes da Chengdu Aircraft Industry Corporation (CAIC), no sudoeste do país, e da Shenyang Aircraft Corporation (SAC), no nordeste. […] O post China intensifica testes com caças de sexta geração com alto poder de manobra e manda recado aos EUA apareceu primeiro em O Cafezinho.

Abr 21, 2025 - 15:54
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China intensifica testes com caças de sexta geração com alto poder de manobra e manda recado aos EUA

Duas aeronaves militares de sexta geração da China têm sido observadas em operações de voo nas últimas semanas, segundo registros divulgados em redes sociais e reportagens da imprensa especializada.

As manobras foram registradas nas proximidades das sedes da Chengdu Aircraft Industry Corporation (CAIC), no sudoeste do país, e da Shenyang Aircraft Corporation (SAC), no nordeste.

Os modelos, ainda não reconhecidos oficialmente pelas autoridades chinesas, têm sido identificados por analistas como J-36 e J-50, respectivamente.

Imagens divulgadas mais recentemente mostram o caça J-36 realizando curvas fechadas e outras manobras de alta complexidade no céu de Chengdu, na província de Sichuan.

Vídeos anteriores já indicavam testes da aeronave sobre rodovias próximas à base da CAIC, em altitudes consideradas baixas para operações militares convencionais.

Especialistas em defesa observam que o formato da aeronave remete a estruturas inspiradas na folha de ginkgo, associadas a um sistema computadorizado de controle de voo com capacidade de executar manobras avançadas.

“A aerodinâmica desses pequenos flaps aumenta significativamente a capacidade de movimentação lateral da aeronave. Para que isso funcione, a programação de controle de voo da China já deve estar em um nível de liderança mundial”, afirmou o comentarista militar Song Zhongping.

De acordo com ele, a versão final da aeronave deverá contar com propulsão vetorial, o que reforçaria sua capacidade de manobra.

Os registros mais recentes indicam a presença de uma cabine central elevada, entradas de ar dorsais e três escapamentos de motor, conforme observado em imagens capturadas por motoristas próximos à instalação.

Testes no nordeste da China

A SAC, com sede na província de Liaoning, também intensificou os testes de sua aeronave. O modelo, identificado informalmente como J-50, foi flagrado em imagens de alta definição no início de abril e em vídeos datados de 8 e 16 do mesmo mês.

Segundo o site militar norte-americano The War Zone, os novos registros do J-50 mostram uma asa em formato lambda e indicam a presença de motores com vetorização de empuxo.

As imagens também revelaram pontas de asas móveis e compartimentos de armamentos laterais, semelhantes aos do F-22 norte-americano e do J-20 chinês.

O desenho da entrada supersônica sem desvio (DSI) do J-50, integrada ao nariz da aeronave, também chamou atenção dos observadores internacionais.

A configuração trapezoidal em torno da protuberância da entrada de ar foi descrita como mais refinada do que a utilizada no F-22. Nenhum comentário oficial sobre o modelo foi emitido pelas autoridades chinesas até o momento.

Características e contexto

Ambos os modelos chineses compartilham características estruturais consideradas compatíveis com o que se espera de aeronaves de sexta geração, como design sem cauda e alto grau de furtividade.

Observadores indicam que os dois protótipos foram vistos publicamente pela primeira vez em 26 de dezembro, data que coincide com o aniversário do líder Mao Zedong, embora essa relação não tenha sido confirmada.

As autoridades chinesas ainda não anunciaram oficialmente os projetos nem divulgaram especificações técnicas.

No entanto, fontes do setor de defesa consideram que os protótipos sinalizam avanços no desenvolvimento tecnológico militar do país, especialmente em áreas como controle de voo automatizado, propulsão vetorial e baixa detectabilidade por radar.

Reação e desenvolvimento dos EUA

As movimentações chinesas ocorrem no mesmo período em que os Estados Unidos também avançam em projetos de aeronaves de próxima geração.

Em 21 de março, o ex-presidente Donald Trump declarou que a empresa Boeing está desenvolvendo o caça F-47, classificado como de sexta geração, com testes experimentais conduzidos de forma reservada nos últimos cinco anos.

A Marinha norte-americana também está envolvida em programas paralelos de desenvolvimento de novos caças. O governo dos EUA não divulgou detalhes técnicos do F-47, mas fontes ligadas ao setor de defesa afirmam que o projeto integra a iniciativa NGAD (Next Generation Air Dominance), voltada à manutenção da superioridade aérea em cenários de conflito de alta intensidade.

Implicações geopolíticas

Os testes com aeronaves de sexta geração ganham relevância no contexto de tensões estratégicas entre Pequim e Washington.

As duas potências têm mantido posições divergentes em temas como segurança no Indo-Pacífico, Taiwan, comércio internacional e armamentos avançados. O avanço paralelo nos programas de aviação militar é observado por analistas como parte da disputa por superioridade tecnológica e capacidade de dissuasão.

Os recentes avistamentos das aeronaves chinesas indicam uma intensificação nos ensaios de voo e podem representar uma nova fase nos programas de defesa do país.

As imagens amplamente divulgadas por redes sociais e veículos especializados sugerem que os protótipos entraram em estágio de validação aerodinâmica e de sistemas, embora ainda sem confirmação oficial de cronogramas para produção em série ou incorporação às forças armadas chinesas.

Enquanto isso, os programas ocidentais seguem em desenvolvimento, com a previsão de que os primeiros modelos operacionais norte-americanos sejam apresentados na próxima década.

O acompanhamento dos testes chineses deve continuar sendo realizado por agências de inteligência e observadores militares internacionais, em meio ao crescente foco global sobre as capacidades de combate aéreo de nova geração.

Com informações da SCMP

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